A primeira vez a gente nunca esquece.

Há quem diga que séries adolescentes não podem fazer episódios que abordem o tema sexualidade de maneira tão incisiva. “Glee” mostrou que pode entrar com tudo, penetrar, ir à fundo (com proteção, é claro) e fazer um episódio bom, realmente bom, como não se faz há um longo período.

Se fosse classificá-lo de acordo com a temática, eu diria que “The First Time” foi um episódio comportado. Ele sequer apresentou mamilos, pele, ou coisa do tipo. Nada. Mas a julgar pela ingenuidade dos personagens e um roteiro, eu diria, bonitinho, toda a temática foi bem desenvolvida do início ao fim. Ainda sem deixar de chocar a sociedade cristã e, é claro, a associação de pais de todo o mundo.

Definitivamente, gostei do episódio. O tema surgiu de maneira sucinta e quando menos esperávamos todos queriam tirar o atraso, abafar o microfone, remover as teias de aranha, adentrar a Mata Atlântica... enfim. Adorei como o tema fez um ótimo paralelo ao West Boring Side Story que rendeu mais performances musicais divertidas do que sonolentas, como vinham acontecendo com a maioria das musicas referentes a musicais na série. Dou crédito, principalmente, a performance de América da diva espanhola Santanão. “A Boy Like That” só confirma que os produtores musicais da série entregaram os números a Blaine e Rachel.

Ainda mais entregue que as performances da série à dupla, Tina foi quem realmente surpreendeu à todos ao revelar que dá mais que chuchu em cerca. Esta foi uma real sambada na cara de Rachel em seu diálogo: “amiga, desculpa, mas eu já dei pro Japa”. Porém e apesar de esta e outras tantas piadas com virgens, os dramas foram o real destaque pois se encaixaram perfeitamente no contexto inserido.

Diante disto, fazia algum tempo que um personagem não me emocionava na série e quem veio para quebrar paradigmas, foi Beiste. Ora me faz rir com toda sua ternura e delicadeza ao tratar o cavalheiro que lhe traz flores, ora me dá arrepios com seu olhar de receio e insegurança em embarcar em uma relação que para alguém como ela seria incabível.

Artie foi outro personagem que me tocou com seus diálogos. Um grande mérito de “Glee” sempre foi o fato de que a série nunca deixa de explorar sua deficiência em dados momentos e em “The First Time” faz isso perfeitamente. Para Artie, a cadeira de rodas, sua diferença torna ele uma pessoa insegura e, apesar do palpites de moda estar mais errados que o da Rachel, ele realizou o grande espetáculo da noite. Portanto, nada mais merecido que uma bela homenagem.

Já outro drama me surpreende por estar convencendo perfeitamente. Finn descobriu que não faz nada direito: não canta, dança e para completar, não sabe jogar futebol. De quebra Santanão ainda comprova os boatos de que ele não é bom de cama. Talvez por que tudo isto seja a mais pura verdade, pareça tão verossímil tal plot.

Mas e quanto a participação especial do nosso querido Damian? A sensação que tive foi a de que os roteiristas perceberam o quanto o garoto é um ator ruim que gastaram um dos 7 episódios do seu arco em “Glee” com ele cantando apenas um verso de West Side Story. Uma pena que ele não tenha causado o efeito que esperávamos na série.

Já sobre Sebastian não podemos dizer o mesmo. O warbler ateou fogo na relação do casal Klaine, levou os dois a um bar ‘escândalo’ (onde reencontramos Karofsky), e acabou somente contribuindo para, no final das contas, contribuir para um desfecho caliente do casal. E mesmo vale para Finnchel, o casal mais irreal da face da Terra.

PS.: Somente uma coisa realmente não me convenceu neste episódio: COMASSIN, Rachel se entrega de corpo, alma, napa, boca e coração para o rapaz, só faltou abrir a VAGINA pra ele e, Finn a rejeita. Por que ela estava usando ele? ME USA LEA MICHELLE!

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