Se “Community” não consegue ser genial semanalmente, ela ainda se esforça ao máximo para fazer o seu público satisfeito.

Felizmente, ela consegue. Convenhamos, são poucas as vezes que um episódio temático não agrada. Além do mais, “Advanced Gay” trouxe toda a purpurina do mundo à Greendale, para agradar além de nerds, como outro público também.

Logicamente, o antagonismo desta situação estaria por conta do Sr. Pierce. O poço de todo o preconceito e dono das piadas cretinas (e hilárias) envolvendo gays. Os estereótipos dos GLBTS sempre foram motivo de gozação para o personagem que no episódio muda de time, ou somente de lado, para enfrentar um senhor, cuja idade contabiliza cerca de 20 décadas e que se diz ser seu pai.

As piadas com a lógica de que pela idade de Pierce, seu pai deveria estar morto, enterrado e com os ossos sendo cuspidos pelo cão no inferno, parece absurda, mas não poderia deixar de fazer rir. O Sr. Cornelius (considerável uma versão do Abed racista), por incrível que pareça, é interpretado por um ator 12 anos mais novo que o próprio Chevy Chase, que dá vida ao personagem de Pierce. Uma piruca de gesso sequer foi suficiente para esconder a idade, ou torná-la visível. Mas só nos resta rir das situações em que Cornelius fora apresentado.

Como se não bastasse a inversão da figura homofóbica da personagem, claramente fruto do tratamento do pai, Pierce ainda inventa de dar uma festa em Greendale para promover o entretenimento do público alvo do seu mais novo ramo: lenços umedecidos. Em meio à arco-íres, gogoboys e simpatizantes, devo dizer que me decepcionei com toda a discrição do Dean Pelton. Esperava mais dele do que uma simples roupa a la TRON, que sequer sabia do que se tratava e acabou por ser uma fantasia mais macho que a do Jeff travestido de David Beckham no episódio "Epidemiology".

Em paralelo à tanta purpurina, foi Troy que deu o ar (e o esgoto) de nos fazer rir. Tenho que reconhecer que o trabalho de encanador é digno, mas nada se compara ao ramos dos Condicionadores de ar e toda a máfia de John Goodman, com direito a um Hitler negro (ri alto) e de quebra equipamentos que identificam o ser humano, não pela retina, mas pelo hálito.

Todo o aparato conspirativo levou a um único lugar: Troy e Abed como doctor’s spacetime. A gente aprova, certo?

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