Agora falta só um desafio para fechar os portões do Inferno.

Olá, pessoal. Estamos de volta. Desculpem-me pelo longo atraso dessa review, mas estive combatendo meus Próprios demônios. Mas com o hiatus de Supernatural, agora estamos em dia em aguardando com ansiedade o retorno do programa nessa semana. Eis aqui alguns destaques do episódio:

O protagonismo de Sam


Até então Dean estava vivendo as situações mais interessantes, recebendo as melhores falas, enquanto que Sam estava relegado a um segundo plano como um personagem apagado e chato. Agora, pelo menos, ele exerce papel decisivo no final, como já aconteceu em outras temporadas. Confesso que achei que ele ficaria em piores condições físicas ao final do segundo desafio, mas é certo que sentirá maiores consequências já no próximo episódio.

Participações notáveis


Bobby teve uma sobrevida como personagem e Benny teve um final bem mais digno e positivo do que eu imaginava que os roteiristas lhe reservariam. Ficaram de parabéns! Por outro lado, estou cansado da ausência de Garth. Kevin estava escondido no navio de Garth, mas ele nunca está lá e, cada vez que os irmãos W. visitam o Kevin, alguma desculpa tem que ser dada sobre o porquê de Garth não estar por lá. Será que o ator ainda tem contrato com a produção do show?

A paranoia de Kevin


Não é de surpreender que Kevin entre em parafuso com tanta pressão, e ele não parece ter a estrutura de Sam para suportar um ser maligno em sua cabeça tirando-lhe o juízo. Está certo que Dean não sabe usar de meias palavras, mas achei que Dean, apesar de ter razão em seus argumentos, foi, digamos, honesto demais com alguém a ponto de enlouquecer. Talvez o Sam tivesse tido mais habilidade de tranquilizá-lo mais.

E, convenhamos, Dean exagerou um pouco sua própria falta de escolha. Ele disse que pessoas como eles engolem o sofrimento e, simplesmente, prosseguem na luta contra o mal. Mas Dean já tirou um tempo para viver uma calma vida suburbana, e Sam fez isso por vários anos. Os Winchesters estão nessa porque querem, principalmente depois que seu papel decisivo no Apocalipse, previsto no Céu e no Inferno, foi cumprido, mas o caso de Kevin é diferente. Ele é um Profeta de Deus. Foi o chefão lá de cima que o escolheu. Aí não tem escapatória. Esse é um compromisso vitalício, assim como foi o de Jimmy Novak, hospedeiro de Castiel.

Sobre Crowley, é engraçado, mas achei, como Dean, que tudo se passava na cabeça de Kevin. Por isso não estou convencido que Crowley o tenha capturado realmente. Ele pode ter tido uma alucinação, como havia sido o Diabo na cabeça de Sam. Vamos ver o que acontece. A propósito, achei irônico que nenhum guardião de Tábua confia em Dean. Castiel sentiu que deveria proteger a Tábua dos Anjos até de Dean, e Kevin não quis revelar-lhe onde escondeu a Tábua dos Demônios.

O Inferno é uma dimensão física e parece bem pequeno


Parece-me fazer bem mais sentido que tanto o Céu quanto o Inferno sejam dimensões espirituais e, não físicas. Quando Sam e Dean foram ao Céu, eles tiveram que morrer, logo seus corpos não os acompanharam. Quando Dean foi condenado ao Inferno, idem. E tanto os anjos quanto os demônios precisam de hospedeiros (“vessels”) para viverem em nossa realidade. Quando Dean comentou que Castiel era baixo (afinal o “baixinho” Misha Collins tem só 1,80m), Castiel lembrou-lhes que em sua forma original ele é do tamanho do Edifício Crysler. Mas quando os anjos se encontram no Céu, parecem levar seus hospedeiros juntos, e quando Sam foi levado à gaiola de Lúcifer, foi com corpo e tudo. Assim, Sam foi ao Inferno de corpo e alma, e até levou uma faca, que Bobby, o espírito, agarrou... Isso tudo fica um tanto confuso.

Ah, sim, e Bobby foi a quarta pessoa que Sam encontrou no Inferno. Deu a impressão de que o Inferno é minúsculo. Mas para a história toda ser contada em apenas 42 minutos, detalhes assim têm que ser desconsiderados.

E vale mencionar que os roteiristas de Supernatural são sempre criativos no uso de um orçamento muito baixo. Assim, com uma floresta e um filtro de câmera, pronto, temos o Purgatório. E o Inferno é uma simples galeria de celas escuras. E que me lembrou um pouco de uma casa mal assombrada de parque de diversões. Mas o efeito foi convincente.

Benny, o anti-herói heroico até o fim


Eu estava prevendo que, após ter provado sangue humano com a morte de Martin e estar sofrendo tantas tentações, Benny acabaria deixando uma trilha de corpos e Dean e Sam teriam que caçá-lo, deixando Dean em um grande dilema. Mas, como já disse, o final que lhe deram foi bem melhor. E fica de parabéns o ator Ty Olsson por interpretar um dos vampiros mais humanos que já vi.

Mas tudo isso me leva a pensar: os vampiros são maus porque querem? Pelo menos em Buffy, Angel era um vampiro diferente porque era o único que tinha alma.

Naomi, a salvadora


Nossa, do jeito que a Naomi salvou a pátria no final, e falou com Dean, quase que me convenceu das intenções honestas dela. Deve ser porque gosto muito da Amanda Tapping desde os tempos de Stargate e mesmo num papel cheio de segundas intenções, ela parece sempre simpática. No final acredito que desde que os objetivos de sua facção do Céu coincidam com os objetivos dos Winchesters, ela pode até se tornar uma aliada poderosa. Mas se eu fosse ter alguma associação com ela, sempre me preocuparia de levar uma facada de uma faca de anjo pelas costas.


A propósito, gostei de ver como Crowley fez pose e tentou intimidar Naomi, mas quando viu a luz interior da anja brilhar tão forte, fugiu na mesma hora. Isso levanta uma questão interessante sobre o grau do poder de anjos e demônios. No início, anjos eram descritos como infinitamente mais poderosos que os demônios, mas Crowley, tendo aprisionado tantas almas, tornou-se o Rei do Inferno, e é poderosíssimo (tanto é que o anjinho Alfie não teve chance alguma contra ele). Mesmo assim, ele evitou enfrentar Naomi pela alma de Bobby. Será que foi porque Crowley não quis arriscar, ou porque Naomi tem um grande poder que ainda não demonstrou?

Melhores falas


Crowley, como sempre, ganha no quesito melhor diálogo:
“Paciência não é uma de minhas virtudes. Bem, eu não tenho virtudes, mas se eu tivesse, paciência não seria uma delas.”
“Você está testando minha não-paciência.”
“Quero Kevin Tran e sua metade da Tábua. Aparentemente sua metade tem todas as partes boas, enquanto que a minha tem as seções Agradecimentos e Sobre o Autor.”

Expectativas


No final, eu diria que tivemos um ótimo episódio. Resta saber agora como Sam está resistindo em termos subatômicos, ou como sua aura magnética foi alterada, como diria Castiel. E se antes ele cuspia sangue, agora o que fará? Em que condições vai enfrentar o terceiro desafio? E por falar em Castiel, pode reaparecer com a Tábua dos Anjos a qualquer momento e, é claro, terá que ter presença no final da temporada. E ainda temos o paradeiro de Kevin e de sua Tábua, as maquinações de Crowley e Naomi e, quem sabe, mais alguma participação inesperada. O melhor é que esse final de temporada que está chegando pode seguir qualquer caminho e as coias estão longe de estar definidas.

 




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