E não é que ficou boa?

Prometi a mim mesmo que não faria mais reviews de True Blood enquanto a série continuasse na lama de sangue em que se afundou no ano anterior. Porém, não imaginava que uma sequência de 6 episódios da atual temporada seria o suficiente para recuperar minha vontade de não só assisti-la, como também de escrever à respeito da série. 

Dito isso, podem agradecer a Godric, Lilith, Billith, ou seja lá qual for o vampiro divino que você idolatra, pois True Blood tem feito uma temporada concisa e coerente até o momento, sem muitos deslises e tramas dispensáveis que nos façam querer ver uma bala de madeira atravessar o peito de cada um de seus personagens.

É claro, ainda temos plots como o de Alcide e Sam que são basicamente histórias rasas feitas para manter os personagens ativos na série (pelo quesito fã) e que certamente não fazem e não farão diferença alguma para o plot central da temporada. Mas por outro lado, temos tramas como a dos vampiros utilizados como objetos de estudo que trazem em seu subtexto um discurso interessante sobre preconceito e intolerância, já que as criaturas sobrenaturais da série poderiam facilmente representar qualquer minoria encontrada em nossa sociedade que ainda é, até hoje, reprimida.

Um exemplo interessante disto é o plot da transformação de Willa Burrell por Eric, ato este que fez (seu querido daddy) Truman, a princípio, questionar a postura que adotou em relação aos vampiros e depois encabeçar uma busca pela cura daquilo que o mesmo acredita ser uma aberração. Felizmente, Truman teve um final merecido, já que ter sua cabeça arrancada por Billith acabou sendo um desfecho mais que digno para alguém que já antes não aparentava ter cérebro algum.

Outro arco interessante desta temporada tem sido o do vamfada Warlow, que junto a Bill, Eric e Alcide, completa o quinteto amoroso da já eleita maior danger whore da história de Bon Temps, o que, a propósito, justifica o fato do pai de Sookie tentar matá-la no episódio "Don't You Feel Me".

Vale ainda citar a morte de Terry, um personagem que certamente estava sobrando e, que ainda assim ganhou um desfecho emotivo e condizente com o que foi desenvolvido à respeito do mesmo na quinta temporada da série. Sem contar que a cena de sua morte trouxe um belíssimo easter egg da excelente Six Feet Under: após o falecimento, a cena corta fazendo o uso de um fade out em branco, como era feito na antiga série de Alan Ball.

E o que dizer da terapia de Pam? Certamente, o melhor momento da temporada até aqui. Ainda porque resultou no fantástico confronto de Pam e Eric em um segundo ato do episódio, aonde o psicólogo que a entrevistou coloca em prova os sentimentos da mesma por seu criador.

Em suma, True Blood tem tudo para fazer desta sexta temporada tão boa quanto seu segundo ano, o que só acontecerá se os roteiristas manterem a qualidade das tramas e não decidirem repetir a dose de "piração" da finale do ano anterior. E vocês? O que estão achando da temporada de TB? Deixem nos comentários.

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