Girl power.
Um dos fatos inegáveis em Arrow é que, quando a Caçadora aparece,
o episódio sempre é bom. Isso é uma regra e se aplica muito bem para esse
episódio. Um verdadeiro show de girl
power, colocando até a apagada da Laurel para brilhar.
Um episódio com a Caçadora talvez
poderia não ser tão interessante nesse momento por causa de uma única pessoa:
Sara. A aparição da ex-namorada de Oliver com certeza traria problemas de
ciúmes e conjugais até, por ambas gostarem de roupa colada e Oliver também.
Mesmo que tenha acontecido alguns
comentários do tipo “não acredito que você namorava ela” e “eu luto melhor do
que ela”, o episódio ficou mais contido e deixou as mulheres brilhando, fazendo
um contraste tremendo entre as duas personagens. Ambas lutem por seus ideais
(mesmo que o ideal da Caçadora é a forma mais pura de vingança) e podemos até
dizer que elas são parecidas, mas Sara não chegou ao ponto em que Helena está. Sara
diz a Ollie inúmeras vezes que ela vai fazer tudo o que ela precisa para
proteger os que ela ama (com destaque para os flashbacks na ilha). A questão é
se Sara vai abraçar a escuridão e se juntar a Helena no lado negro da força.
Oliver não deixou que Sara descobrisse, mas há um curinga contribuindo para
esses eventos: Laurel, a mulher que Sara está protegendo.
No começo do episódio Sara jogou
o bandido pela janela por ter atirado no detetive Lance, que se salvou por
causa do colete de balas. Imagina o que Sara poderia ter feito se realmente o
safado realmente tivesse sido ferido. Ela faria qualquer coisa pela sua
família, mas até para ela há limites e ela precisa provar isso, principalmente
por causa de Laurel. Ela ainda não chegou no nível de crueldade de Helena.
Helena, por outro lado, não se
importa se alguém é machucado, principalmente quando ela está tão perto de
conseguir encerrar sua vingança. Oliver sempre quer ajuda-la, achando que foi
por causa dele que ela foi “criada”, mas convenhamos que ninguém muda assim da
noite pro dia. O noivo de Helena já havia morrido antes de Oliver a conhecer e
ela já havia iniciado seu plano de vingança antes. Adorei que quando o pai dela
morreu, ela ficou super chateada, não pelo pai ter morrido, mas por ele ter
sido baleado por alguém além da própria.
O Girl Power termina com Laurel, finalmente tendo um destaque maior
na série. A garota, na verdade, deveria ter ficado bem desconfiada com a
proposta do promotor do #CloneClub, principalmente por ter acontecido logo no
dia em que ela abriu o coração na reunião do AA, falando que sentia falta de
advogar. Mesmo assim, foi uma delícia ver a suposta personagem principal da
série em mais cenas nesse episódio do que em uma temporada inteira e ainda
cometendo uma leve chantagem no final.
Mesmo que o episódio tenha sido
ótimo em vários aspectos, houve momentos em que relembrei que era uma produção
da CW. O plot adolescente da série,
ou seja, Roy e Thea, chegaram ao fim de uma maneira muito ridícula. O que Roy
fez foi o cúmulo de tentativa de terminar qualquer relacionamento, até a própria
Thea confirmou que aquilo que ela viu não era de verdade. Mesmo assim, eles
terminaram. Sem contar que para alguém que estava amando a namorada, Roy nem
tentou contrariar a solução de Oliver. Muito fraco e com muitas pontas soltas.
É inaceitável, porém, que
detetive Lance e Laurel não percebam que Oliver é o Arqueiro depois desse
episódio. No caso de Laurel, a Caçadora era namorada do Oliver, os dois trocam
farpas por um momento antes do grande tiroteio e Laurel ainda é salva, com a
Caçadora refletindo sobre o Oliver o tempo todo. No caso do detetive Lance,
porém, é pior ainda: quando ele ligou para o arqueiro, o celular do Oliver
tocou na hora, claramente. Além disso, há vários momentos de episódios
anteriores, principalmente envolvendo a filha Sara, Felicity e Diggle, que
deixam claro que o detetive deveria pelo menos ter alguma dúvida sobre a
identidade do arqueiro. O que mais precisa acontecer para que Lance coloque a
cabeça para funcionar?
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