“It only takes one person, one
patient, one moment, to change your life forever”. YANG, Cristina.
Owen e Cristina: nunca darão
certo. Essa frase não é necessária, pois isso é algo que qualquer pessoa que
assiste Grey’s Anatomy sabe, mas esse
episódio serviu como o ponto final no relacionamento dos dois. Confesso que
sempre quis ver os dois juntos novamente, afinal quando estavam no começo do
relacionamento, tudo funcionava. Entretanto, com os vários obstáculos que foram
colocados nos últimos anos no caminho deles, é claro que Crowen é uma realidade
que nem um futuro alternativo consegue arrumar.
O episódio focado nos dois é a
primeira forma que Shonda Rhimes criou para que consigamos nos despedir da personagem.
Com essas duas narrativas diferentes, vemos que o lugar de Cristina não é com
Owen e muito menos em Seattle. Afinal, como vimos na segunda narrativa, mesmo
separados os dois tentariam um relacionamento casual que também não daria
certo.
Não é a primeira vez que Grey’s usa de um caso médico para
desenvolver um episódio, mas essa é a primeira vez que vemos várias narrativas
alternativas apresentadas de maneira rápida e dinâmica. Na primeira realidade,
vemos Cristina e Owen fazendo concessões um pelo outro, o que acaba
desencadeando decisões precipitadas, e no caso de Cristina, um futuro médico
não muito interessante. Cristina desistiu daquilo que queria para ter uma
família, mas nem dois filhos foi o suficiente para deixá-la feliz. Vê-la
abrindo mão de tudo, ser mãe, e ainda mais infeliz não foi fácil.
Mesmo mantendo um relacionamento
e morando em casas diferentes, a segunda narrativa consegue ser ainda pior do
que a primeira, nesse caso, para Owen. Problemas com bebida com certeza foi um
pouco pesado demais, mas vejo que eventualmente o médico precisaria de algo
para suprir a falta da amada. Além disso, o desapegamento entre os dois seria
inevitável, pois as diferenças são tantas, que nunca conseguiriam encontrar um
meio termo.
Claro que não precisávamos deste
episódio para concluir sobre o futuro dos dois, mas a narrativa fez com que
essas ideias se tornassem mais palpáveis. Algumas coisas, porém, poderiam muito
bem ter sido cortadas: o problema da mão de Avery (#DerekFeelings) em todas as
realidades alternativas, Bailey como apresentadora de um programa de saúde na
TV e a existência de Ross em todas as narrativas.
Foi bem desconfortante assistir
esse episódio, principalmente por perceber que Cristina realmente está indo
embora. Não há mais futuro em Grey’s
Anatomy, não do jeito que está. É chocante ter achado que as diferenças irreconciliáveis
entre Cristina e Meredith no começo da temporada poderia ser o motivo para a
personagem ir embora, mas pelo menos Shonda Rhimes manteve-se fiel à melhor
amizade da série e consertou essa burrada. Ver Cristina ir embora por causa de
Owen é mais do que provável e é a única coisa aceitável.
A contagem regressiva para o fim
da temporada começou e já fomos bombardeados com o primeiro episódio final marcante
da única personagem que sempre foi consistente nessa série. É triste porque Grey’s Anatomy já perdeu toda a magia
que antes tinha e continua se mantendo viva, ao invés de finalmente aceitar o
fim e desligar os aparelhos que a mantém viva.
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