The Walking Dead

(Bocejo).

Após uma impecável primeira metade, a terceira temporada de "The Walking Dead" está de volta sem o ritmo e desenvolvimento que esperávamos deste retorno. "The Suicide King" é, portanto, uma grande baixa de contraste gigantesco em relação ao fantástico "Made To Suffer", winter-finale do ano anterior que nos deixou completamente sem fôlego sob o nível de tensão que consumou. 

Me senti, inclusive, de volta a amarga segunda temporada da série, em que passávamos grande parte dos episódios diante do clima de marasmo que pairava sob a fazenda. E apesar dos cinco minutos iniciais terem sido, a certo modo, eletrizantes - com Daryl e Merle lutando, o Governador sendo completamente badass, zumbis por todo lado e a chegada do grupo de Rick - não foram o suficiente para fazer deste episódio menos sonolento. 

Acontece que, a partir daí, tudo empalidece. Os diálogos desnecessários e excessivamente longos se arrastam ao longo da exibição, o que faz estes 40 minutos soarem como um filme mudo de 2 horas, e a falta de desenvolvimento das tramas somente intensifica o desânimo do telespectador.

O que me incomoda mais é que este retorno tinha tudo para ser primoroso. O conflito inicial em Woodbury poderia ter sido prolongado, os poucos zumbis que adentraram o vilarejo deveriam ter sido multiplicados e um conflito, ainda que rápido, na prisão com os novos personagens, enquanto Rick e o restante do grupo estava fora, poderia ter nos acordado da longa soneca que este 3x09 nos proporcionou.

Ao invés disso, temos Carol estendendo roupa, Maggie se limpando nas celas e os novatos sendo tão expressivos quanto os próprios zumbis. Ao menos, tivemos um excelente trabalho de direção durante a sequência da discussão na estrada entre Rick e Glenn, onde a série faz um uso completo do enquadramento da tela, colocando walkers em segundo plano que ganham uma proximidade claustrofóbica a medida em que o diálogo se intensifica.

"The Suicide King" também traz uma breve despedida do grupo a Daryl, o qual considero como o melhor personagem da série e, por isso, torço para que o roteiro não o estrague com esta parceria com Merle. Ademais, gostaria que as alucinações (clichês) de Rick passassem o mais breve possível. Nunca gostei da Lori e não é morta que ela irá me conquistar. Sem contar que a cena final, onde a defunta veste um clássico vestido chique-funeral, não poderia ser mais vergonhosa para uma série que clama pelo que diz ser verossímil.

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