Nem todos os
cães vão para o céu. E também nem todos os episódios.
Gente, tenho
boas e más notícias. A primeira, evidentemente, é a renovação de Supernatural para a nona temporada! Mas eu me referia
a esse episódio com tantos altos e baixos. Como sou um otimista, comecemos
pelas partes boas.
- Foi um episódio necessário. Começamos a
importantíssima parte referente a fechar os portões do inferno e, em se
tratando de três desafios (ou provas, ou trabalhos, como queiram chamar), temos
garantidas muitas emoções para a conclusão dessa trama. Nesse caso, a primeira
tarefa foi matar um cão dos infernos e banhar-se em seu sangue. E aí, quais
serão os próximos desafios? Algum palpite?
- A rotina de Kevin ficou bem desenvolvida
e ele está se tornando um personagem cada vez mais importante. Vemos o rapaz atingir
seu limite e aprendemos os efeitos de apenas três horas de sono e uma saudável
dieta de apenas salsichas, café e aspirinas (o “café da manhã dos campeões”,
segundo Dean).
- Dean se aconchega em sua nova casa, seu
novo quarto, à cozinha. A começar pela decoração de seu quarto cheio de armas,
crucifixos, e até foto da mamãe.
E também passamos
pelos recém-descobertos dotes culinários de Dean Winchster, que só prepara hambúrguer,
mas é um hambúrguer de primeira, haja vista as caras de satisfação que Sam fez.
- Finalmente temos uma ideia da aparência de um “hell hound”, o cão dos infernos, ainda que difusa
(ver primeira figura).
- Uma série de
outros detalhes típicos de Supernatural com o humor de sempre, como o Dean de óculos estilo Clark Kent. Falando
em Clark Kent, só fica uma pergunta. Como Ellie reconheceu o Dean de óculos?
- Dois belos discursos dramáticos, um de
Dean, outro de Sam. Como a mesma pessoa teria que cumprir as três provas para
fechar os portões do inferno, Dean queria fazer as tarefas numa missão suicida.
Seu desejo é que Sam tenha uma vida longa e feliz com família e como Homem de
Letras. Já Sam chamou a si a responsabilidade, com a diferença de que ele
pretende sobreviver. De fato ambos os discursos são muito comoventes. São muito
longos para que eu os coloque aqui como citações, mas sugiro que vocês
acompanhem com atenção no vídeo.
Como falei,
também temos más notícias, Vamos às partes
ruins:
- Dean se
orgulha de seu quarto limpinho. Bem, já cobrimos a questão da limpeza na coluna
da semana passada: é algo inexplicável num lugar aonde ninguém veio por
sessenta anos. Deveria ter um metro de poeira o chão, mais teias de aranhas,
ratos e mofo. Uma situação difícil de levar a sério.
- Foi um
autêntico “bottle episode” (Em linguagem televisiva quer dizer um episódio com
orçamento baixo, pouquíssimos atores, uma locação apenas em que pouco acontece.
O personagem Abed faz referência a isso em “Community”).
- Foi uma
história apática com personagens apagados e desinteressantes com os quais eu
não me importei se vivessem ou morressem. Ou os atores eram ruins, ou o papel
deles não permitia que fizessem um bom trabalho. Uma decepção depois do ótimo
episódio com Nazistas e o Golem.
- Ausências marcantes: Linda Tran, Garth,
e Crowley. (Estes personagens são apenas citados já há vários episódios.) E, principalmente,
Castiel e Naomi. O que aconteceu com aquela trama?
- Os discursos de Sam e Dean foram muito
eloquentes, se ditos separadamente. Umas poucas cenas um discurso depois do
outro, contudo, e ficou com o Dean dando uma lição de vida e, em seguida, Sam
contradizendo tudo o que o Dean falou, num tom igualmente dramático. Depois que
o Sam falou, todo aquele momento dramático de Dean se esvaziou. Os roteiristas pecaram pelo excesso.
- Hell hounds: um dos piores exemplos de
computação gráfica que já vi. Sério, isso foi feito num Commodore Amiga com
Video Toaster? (Quem mexia com computação gráfica nos anos 90 sabe do que estou
falando.)
- Sam “banhando-se em sangue”. Sei não,
mas acho que as mulheres do fã-clube de Jared Padaleki imaginavam algo mais sexy
quando pensaram em Sam “banhando-se” em sangue. Suponho que alguns homens
também esperavam algo diferente.
- Nada de dica musical! Só provocaram.
Citações:
Dean: “Espuma com memória: ela se lembra de mim.”
Kevin: “A Tábua diz ‘aquele que escolher cumprir
essas tarefas não deve temer perigo, morte, ou...’ uma palavra que eu acho que
significa ‘ter sua espinha arrancada através de sua boca por toda eternidade’.”
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