The Following

"Vingança é primitiva. É um tema universal, e toda boa história precisa de uma."

Se você assistiu ao episódio desta semana de "The Following" com expectativas de que o mesmo mantivesse ou superasse o nível exorbitante visto no 1x02, é muito provável que tenha se decepcionado. Eu, porém, considerei este 1x03 como mais um belo acerto da série, ainda que não tão eletrizante ou extraordinário como seu antecessor. 

Em "The Poet's Fire" a fórmula se repete. Temos o assassino da semana compondo mais um capítulo da obra de Joe Carroll, enquanto a história principal se desenvolve em segundo plano trazendo ao público uma perspectiva ampliada do culto e de seus planos para derrubar Ryan, o herói danificado.

E se no segundo capítulo a proposta de Carroll era fortalecer o protagonista de sua história para assim prepará-lo para batalhas ainda mais temíveis, neste terceiro capítulo o sádico conduz uma vingança contra os críticos responsáveis pela queda de sua carreira, o que apenas comprova minha teoria de que Kevim Williamson tem se personificado na figura do vilão enquanto realiza em tela seus maiores e mais mórbidos desejos, como pôr fogo naqueles que já criticaram seu trabalho como roteirista. Ou seja, só farei elogios a "The Following" de agora em diante, ou me arriscarei a ser queimado vivo.

Brincadeira à parte, tivemos alguns plot twists interessantes ao longo deste episódio, embora outros tenham sido um tanto quanto previsíveis. A revelação de que Maggie Kester, esposa do assassino Rick Kester, fazia parte dos seguidores de Carroll, por exemplo, parecia clara do minuto em que Ryan a encontrou escondida em sua própria residência com uma faca na mão (quem fica em casa quando se tem um marido serial killer que supostamente está querendo te matar?) até o momento em que ela enfia uma faca no queixo do agente que a protegia. Apesar disso, devo confessar que pulei da cadeira na sequência em que o mesmo leu a mensagem com o "AGORA" (mais Pânico 4 impossível) que a autorizava a matá-lo.

Quanto ao triângulo amoroso entre Paul, Jacob e Emma, era de se prever que os motivos dos ciúmes de Paul seriam fruto da paixonite que o mesmo gerou por Jacob durante os anos em que os dois, a favor do plano de Carrol, brincaram de casinha (e de sair do armário). 

Interessante, de fato, é ver como os três assassinos têm reagido a convivência no cativeiro do filho de Carroll: Emma esfaqueia Paul no braço (Bitch!), Paul convida uma garota para um encontro apenas para sequestrá-la, e Jacob... bom, Jacob tem ensinado o pequeno Joey a matar insetos, ratos e a ver a morte pelo âmbito da arte, logo, pela visão de seu pai. 

Sobre isto, vejo que os seguidores de Carroll tem procurado construir, o que acredito ser, um sucessor para seu grande mestre. Ideia esta que soa tão perturbadora quanto têm sido a experiência de ver "The Following". Aliás, maravilhosamente perturbadora.

PS.: Acho válido os roteiristas demonstrarem o poder de persuasão de Carroll, da sua fala e das suas palavras, através dos flashbacks com Ryan, assim como na cena em que o seguidor preso suicida-se por ter falhado com Joe.

Até semana que vem!

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