The Vampire Diaries

Surpreendentemente ruim.

Na semana anterior, escrevi uma review mais que otimista sobre o rumo da 4ª temporada de "The Vampire Diaries". E ao trazer um episódio como a "A View to a Kill" os roteiristas (lê-se Julie Plec) realmente me fizeram acreditar que estavam prontos para acelerar a trama, dar uma resolução ao arco da cura e, principalmente, parar de ficarem sacudindo verbena na cara do telespectador para nos distrair da falta de ritmo e coesão da temporada.

Acontece que, assim como Bonnie (em tudo o que faz), eu não poderia estar mais errado. "Into the Wild" é, inclusive, a maior prova de que algo está faltando em "The Vampire Diaries", ou melhor, alguém cujo nome começa com Kevim e termina com Williamson (para os desinformados, o showrunner que junto a Plec comandou as 3 primeiras temporadas da série).

Isto porque Williamson sabia como trabalhar a mitologia da série, desenvolvê-la, distribuí-la, usá-la a favor dos personagens e produzir grandes momentos. Já Plec tem uma mitologia promissora em mãos (com a cura, Silas e os caçadores) que não sabe conduzir. Incapacidade esta mais exposta em "Into The Wild" do que os próprios mamilos de Jeremy. 

Então o que ela faz... Coloca todos os vampiros (além de Bruxa Isqueiro e Professor Boring) em uma ilha, com os Outros e os outros-Outros (Lost, é você?) e conduz a história da maneira mais estática possível. E não se enganem quando digo que, mais do que ninguém, eu desejava ter gostado deste episódio, especialmente pelas respostas que ele nos concede sobre os massacres da temporada, Silas e, majoritariamente, sua origem.

Entretanto, a forma como tudo foi apresentado, de maneira didática através dos flashbacks de Professor Boring (desencadeados cada vez que um personagem o fazia uma pergunta, como no diálogo com Damon), me fez sentir mais como se estivesse vendo a um documentário da History Channel sobre cavernas com propriedades sobrenaturais (para não dizer poço mágico) do que a The Vampire Diaries que amamos e queremos de volta.

Além disso, tivemos Jeremy sendo sequestrado por um dos Outros - neste caso, um aliado de Professor Boring - e Bonnie sendo levada pelo feitiço GPS ao encontro dos mesmos. Assim, Shane agora possui uma bruxa de boca torta o suficiente para fazer o feitiço que libertará Silas e um caçador cuja tatuagem a guiará (mesmo que este possa ser substituído a qualquer momento pelo celular de Bruxa-Isqueiro com todas as fotos que ela tirou da tatuagem).

Já em Mystic Falls, tivemos Klaus servindo de jarro para a sala-de-estar dos Gilberts, enquanto Caroline era estúpida o suficiente para se aproximar, ser penetrada pelo cabideiro e levar uma mordida do híbrissexual. E apesar de previsível que Klaus daria o sangue para curá-la, gostei de ver a relação do casal, que há algum tempo parecia esquecido pelos produtores, voltando a ser explorada na série com a força de um Carvalho Branco. E que venha mais Klaroline para apimentar o ritmo pacato de TVD.

Notas do diário:

- Rebekahchorra, como sempre, farejando o perigo antes que os outros e salvando Santelena de levar inúmeras estacas. Quase como um método contraceptivo.

- Apesar de não gostar do episódio, devo confessar que os cenários estavam maravilhosos.

- Ah, mencionei que os outros-Outros são os Cinco?

- Bruxa-Isqueiro faz magia GPS pondo fogo na floresta... qual é o número do Ibama?

- Adorei ver que Damon ama mais sua imortalidade do que à Tédiolena.

- Só eu achei que Bruxa-Isqueiro estava tirando aquelas fotos da tatuagem a uma proximidade anormal?

- Concordo com Rebekahchorra. Não se vai para uma ilha sem levar alguns marshmallows originais.

Até semana que vem!

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