Reuniões de família sempre surpreendem.
Depois de três semanas Hawaii Five-0 voltou com alguns plots paralelos. O formato não agradou a todos, mas vejo positivamente por termos nossos queridos personagens enfrentando situações distintas e até mostrando um outro lado de si. O único problema é claro foi não tê-los juntos em grande parte do episódio, mas podemos tirar bons momentos.
Como de costume separarei os eventos por partes, dessa vez vez deixarei o caso por último, uma vez que este não teve tanto destaque embora ele é que tenha rendido o nome do episódio. Começarei por Danno, que recebeu a visita de sua mãe Clara (Melanie Griffith). Ele esperava ansioso e só um pouquinho (muito) nervoso pela primeira visita dos pais no Havaí, mas ela veio sozinha e com uma bomba: ela e seu pai estão se separando depois de trinta e oito anos de casamento. Foi muita coisa pra ele lidar de repente.
Danno jé é um ser perturbado por natureza, mas a visita de Clara elevou essa pertubação a outro nível. Principalmente quando ela começou a cantar I Saw the Sign do grupo Ace of Base (porque você não canta também Danno?) pela cozinha e levar Grace pra uma transformação. Mas depois de quase arrancar os cabelos e de uma conversa com Steve ele finalmente entendeu o lado da mãe e a apoiou. Foi emocionante ver Clara contando como percebeu que o casamento chegou ao fim e como foi difícil tomar a decisão de se separar. E o que dizer da cena final, quando Danno disse a Grace que entendia como ela se sentiu quando ele e Rachel se separaram, e ela que o entendia por tê-lo ouvido chorar? Um digno momento fofo dos dois.
Quem também emocionou foi Grover, finalmente contando para Steve o motivo pelo qual deixou Chicago. O jornalista Sean Hutton (Ethan Embry) queria publicar a história dele e até foi coletar informações com Steve, que nada disse. Isso fez Grover se abrir. E confesso, nunca imaginaria algo assim. Se o erro foi dele ou não nessa hora é irrelevante. Mesmo que tivesse dado a ordem aos atiradores, o fato de conhecer o rapaz o faria passar a vida inteira pensando se não poderia ter salvo os dois. Iria atormentá-lo do mesmo jeito. Steve entendendo de situações de pressão (a série começou com uma) fez Sean desistir, pela bondade de seu coração ou não. Agora Grover quer saber o que fez Steve voltar pra casa.
Mas nem só de emoção o episódio foi feito, tivemos ótimos momentos McDanno pra nos divertir. Principalmente os que incluíram Clara. Aquela conversa no carro entrou pra história. Seja por Clara questionar o porquê de Steve dirigir o Camaro ou narrar os estágios do nervosismo Danno. - "E agora os resmungos começam. Ele resmunga em voz baixa." - Mãe é mãe mesmo. Também foi engraçado ver Steve querendo fugir daquele momento constrangedor. No aeroporto até inventou de ajudar o carregador, e quando Chin ligou dizendo que tinham um caso ele só faltou soltar fogos de artifício. Acho que nem numa perseguição vi Steve correr tão rápido quanto para o próprio carro e escapar de Danno e Clara.
Campeã mesmo foi a conversa sobre mães no escritório, com Steve pagando de psicólogo. Foi ironia e sarcasmo pra ninguém botar defeito. Claro que Doris ia acabar entrando no assunto, principalmente quando o foco passou a ser não-apoiar-ou-apoiar-a-mãe. E nenhuma frase da ficção foi tão verdadeira quanto "eu apoio a minha mãe, quando ela permite". Até que Steve achou de dizer que uma hora Clara vai arranjar um namorado e que ela é uma mulher bonita. Steve não sabe que não se elogia a mãe alheia? Mas Danno resolveu se vingar dizendo que Doris precisou forjar a própria morte pra se livrar de John, essa doeu. No fim, como sempre. se entenderam e Danno compreendeu que devia apoiar Clara.
Enfim o caso. Pale 'la (Segredos Enterrados) não podia ter um nome mais apropriado. O corpo do corretor de imóveis Guy Ingram foi encontrado dentro de uma parede. Causa da morte: um tiro disparado por uma arma usada em um homicídio há dois anos, que foi retida pela polícia como evidência e deveria ter sido destruída. Claro que não foi o que aconteceu. E uma boa investigação fez Chin e Kono não só descobrirem que o assassino de Ingram era Gerard Burns, que já tinha aparecido no episódio 3x08 (Wahine 'inoloa), que também matou a esposa por não aceitar que ela tivesse outro, como o desvio de armas que deveriam ser destruídas.
Não foi um grande caso, valeu mesmo pra ver Chin e Kono em ação. Principalmente Kono, foi ótimo vê-la entrando de repente na casa e acertando Moku. E achei demais ela tirando o torniquete do braço dele para força-lo a dar nomes. Steve teria orgulho. E assim como Chin, fico feliz em tê-la de volta. Quem também voltou aqui foi a corretora Cheri Tranton, tida como suspeita inicial. Se no 4x07 (Ua Nalohia) ela nos fez rir ao flertar com Danno, aqui foi tentando vender uma casa para os apaixonados Chin e Kono. Um arco desnecessário para o caso, mas divertido.
O que também gostei no caso foram as referências. Os corpos de Ingram e Sally dentro da parede pode ter sido uma alusão ao conto O Gato Preto, de Edgar Alan Poe. Onde um homem narra como teria matado a esposa, escondido o corpo dela na parede da adega e sido denunciado pelo gato. Ou simplesmente ao que os monges da Idade Média faziam com suas vítimas. Também tivemos Max com sua imitação de Leatherface, de O Massacre da Serra Elétrica. Mas nem todo mundo tem senso de humor e Steve disse que ele parecia com alguém que ia levar um tiro.
Duas últimas notas para finalizar. Estranhei a falta de Cath, ainda mais porque depois de sua ausência no 4x12 (O kela me keia manawa) Michelle disse que ficaria fora de apenas dois episódios. Já tinham sido dois, mas talvez fosse aquele e mais dois. A outra diz respeito ao comentário que Clara fez sobre Matt, irmão de Danno, estar viajando pelo mundo. Tive a impressão de que Danno nunca contou pra família a verdade sobre o sumiço do irmão. Será que esse plot esquecido desde a 1ª temporada será retomado?
A boa notícia é que o próximo episódio é essa semana mesmo e com o retorno de Jorge Garcia como Jerry. Quem está ansioso?
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