O que uma garota de 16 anos, um assassino, um ladrão e um terrorista tem em comum?

E pela terceira semana seguida Hawaii Five-0 veio com um caso arrebatador em um episódio que não foi nada menos do que esperamos da série. Foram surpresas e reviravoltas  uma atrás da outra sem esquecer aquela pitada de comédia que tanto amamos. Ah claro, resgatou a história central. Sim, Hawaii Five-0 mostrou que mereceu a renovação.

Ma lalo o ka 'ili (Abaixo da superfície) não podia ter um título mais propício. Ele remete tanto ao caso, que acabou sendo algo totalmente diferente do que parecia a uma primeira, segunda ou terceira vista, quanto às novas pistas obtidas da champ box por Jerry. Mas como já é de costume, uma coisa de cada vez e vamos por partes. Começando pelo caso.

A introdução mais uma fez foi de arrasar, mas diferente do habitual. Geralmente começa com uma cena agradável e até feliz pra só então o crime acontecer. Pouquíssimos episódios até hoje começaram com o crime já em andamento ou uma situação de tensão. O ponto positivo desses é que ficamos no mesmos barco que a Five-0 sobre as suposições. Ao ver um homem sendo morto e a filha tentando se salvar minha primeira impressão também foi de um roubo que deu errado ou talvez um serial killer. Mas a verdade ia muito além disso.

O caso já foi bastante polêmico mesmo nas suposições falsas. Desde a garota e o namorado matando o pai controlador dela para poder fugir até o rapaz de passado sofrido que precisou salvar a namorada de uma situação que conhecia bem. Qualquer uma dessas coisas acontece no nosso mundo, mesmo que queiramos fechar os olhos pra elas. Mas acabou sendo algo igualmente terrível e que infelizmente não é tão distante da realidade. Kelly (Conor Leslie) que nas duas situações anteriores ocupava o papel de vítima acabou mostrando-se uma sociopata de carteirinha, sem remorso por seduzir o pobre Tommy (Boo Boo Stewart) a matar seu pai para ficar com o dinheiro do seguro.


Devo aplaudir os roteiristas que fizeram um ótimo trabalho em criar cenas que fizessem Toomy parecer culpado aos nossos olhos mesmo com seu chefe Gary (François Chao, também conhecido como "o cara dos vídeos de orientação da Dharma") dizendo que era um bom rapaz. O que foi aquela perseguição com Steve e Chin? Kelly só começou a parecer suspeita quando sorriu maliciosamente ao perguntar se Tommy sentiu medo ao assaltar o caixa. Uma reviravolta e tanto.

No fim fiquei com pena de Tommy, que depois de tudo que sofreu e de ser usado dessa forma acabou morto apesar dos esforços de Steve (mais um pra consciência dele). Certamente o rapaz não merecia isso. E Kelly tão esperta tentou se fazer de vítima até o último segundo, ela só não esperava dar de cara com a Five-0, a equipe que não deixa passar nada. Adorei o discurso de Kono e Steve. Kono que dificilmente vemos nesses momentos foi brilhante ao dizer que Kelly não teria nada. E assim uma garota de 16 anos se torna igual a um assassino, ladrão ou terrorista. A exemplo da brasileira Suzane von Richthofen, que em 2002 matou os pais com o auxílio dos irmãos Cravinhos.


Partindo para os plots principais, começo com Danno. Cansado de ver a mãe ser "atenciosa ao sair de fininho" resolveu dar um basta na situação e montou um plano que podia dar muito certo ou muito errado. Provavelmente inspirado no episódio Isn't it Romantic? da 2ª temporada de ALF, onde o alienígena com medo de que Willie e Kate se separassem resolve fazer o casal relembrar o quanto se ama e recria na casa o hotel onde passaram a lua-de-mel, deu um dia de SPA para a mãe e recriou em casa o restaurante onde os pais tiveram o primeiro encontro. Talvez tenha sido uma decisão desesperada, mas foi divertido demais ver Danno atuando de pizzaiolo e Grace como maître/sommelier que só pode servir pizza e não pode abrir o vinho sozinha. E Danno fazendo pizza, como não amar ainda mais? Mas o jantar de Clara e Eddie (Tom Berenger) foi bonitinho, e parece que o plano deu mesmo certo. Quem não queria ter um filho como Danno?

Foi divertido nessas semanas ver Steve e Danno discutindo sobre Clara. Steve reprimindo as atitudes do colegas enquanto Danno retribua dizendo que o que ele fez não foi diferente. Mas na verdade podemos vê-los discutindo 118 vezes ou mais sobre o modo assustador de Steve dirigir que acharemos graça.


Pra encerrar com chave de ouro temos Steve, Jerry e a Champ Box. Pena não termos podido acompanhar mais desse momento colegas de quarto de Steve e Jerry, mas só o café da manhã de despedida com direito a Steve usando o clichê dos clichês "o problema não é você, sou eu" já foi bem divertido. Todavia, isso rendeu mais que comédia. Jerry como bom observador e cheio de teorias conspiratórias percebeu que a caixa não era da cor que deveria ser (e eu achando que ela só era desbotada), e resolveu raspar a tinta. Encontrou um código e depois de seu momento Mente Brilhante chegou a uma coordenada geográfica no Camboja.

Steve então foi procurar Sam, o homem misterioso que Joe foi visitar no 3x05 (Kupu'eu) e que eu sabia que veríamos de novo. Sam ficou relutante e apesar da persistência de Steve apenas disse que se trata de um túmulo. O que me preocupou foi Sam dizer que sua carreira não é o motivo pelo qual ele não diz mais nada. A questão agora é de quem é o tal túmulo. Uma vez que sabemos que Doris matou o pai de Lorde Fat, essa talvez seria uma aposta certa. Ou talvez obvia demais. Essa história ainda tem muito pra mostrar.

O próximo episódio foi montado pelos fãs e será exibido dia 04 de Abril, daqui a duas semanas. Vamos esperar pelo resultado.

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