Os amigos não mudam mesmo.

Depois de uma semana e meia da estreia do longa em território nacional (menos na minha cidade), finalmente pude assisti-lo. Confesso que acabei lendo algumas criticas negativas que me deixaram com um pé atrás, até porque muitas séries vão parar no cinema mais por motivos lucrativos do que por relevância para a história. E praticamente tudo que lia me passava a impressão de que esse era o caso. Mas sabe que gostei?

Posso não ter a mesma credibilidade para falar a respeito do filme de Entourage que alguém que tenha acompanhado a série em seu período de exibição, uma vez que só a assisti em uma mega maratona entre 2013 e 2014. Entourage não pertence a nenhum dos meus gêneros favoritos (tampouco pertence a algum que volta e meia cogito assistir) e comecei a ver pelo simples fato de que não tinha nada a perder. Não vou dizer que amei de cara, na verdade odiei o início. Mas com o desenrolar da trama acabei gostando e me apegando, mais ou menos como aconteceu agora com o filme. Embora não de forma tão intensa com este.

O ponto de partida do filme se dá logo após o encerramento da série, e do fracassado casamento de Vince que só durou nove dias. Drama, Eric e Turtle vão correndo dar uma força e se deparam com uma baita festança num iate em Ibiza. Logo vem a tona a revelação de que a aposentadoria de Ari Gold durou tanto quanto o casamento de Vince. O antes agente mais estressado de Los Angeles é agora diretor de estúdio e tem um papel para Vince, que ele só aceita com a condição de ser também o diretor do filme. Aí vem a questão: Vince sabe dirigir?

Então dá-se um salto de 8 meses e o enredo começa a se desenrolar. O formato do filme ficou muito semelhante ao da série, o que fez tudo soar como um episódio quadruplo ou quíntuplo. Tem Vince estressando Ari por querer mais verba pro filme, Eric se metendo em confusão por tentar fazer a coisa certa e ainda concertar as coisas com Sloan, Turtle paquerando Ronda Rousey, Drama em sua eterna corrida pelo papel da sua vida, Lloyd casando… E claro, Ari indo a loucura.

Sim, é um filme para quem acompanhou e sente saudades da série e seus cativantes personagens, mesmo daqueles secundários como Billy Walsh, Dana, Shauna e até o querido Arnold. Pois mesmo com a trama do financiador texano que pouco se importa com cinema (interpretado por Billy Bob Thornton) e seu filho mimado (Hayley Joel Osment) sendo interessante penso que não serve como atrativo suficiente para que não tenha acompanhado pela TV as aventuras dos protagonistas regadas de críticas ao universo hollywooodiano. Que a propósito, também se fazem presentes no longa.

Não posso deixar de dizer que Jeremy Piven rouba a cena diversas vezes, como constantemente acontecia na série. Ari Gold foi o responsável por boa parte das melhores cenas e me provocar as mais intensas gargalhadas. Provando porque até hoje diz-se que o personagem merecia um spin-off e lembrando porque seu interprete ganhou um Golden Globe e três Emmys. E creio que se fosse assistir o longa outra vez, seria por Ari.

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