Um mar de reviravoltas emocionantes.

Ao que parece realmente teremos uma temporada de alto nível. Claro que se comparado com a premiere esse episódio teve menos ação e humor, mas essas características não caberiam no caso. O que era necessário foi feito, grande carga dramática e boas reviravoltas. E ainda deu um pequeno empurrão naqueles que prometem ser os grandes plots da temporada.

Casos envolvendo crianças mechem muito comigo, creio que assim como a maioria. Então logo que a menina Sophie (Marina Fonseca, que por sinal é brasileira) desapareceu em seu recital de Hula mil e uma hipóteses terríveis já vem à nossa mente. E sendo o pai dela um Tenente SEAL, logo se esperou um intricado plano de vingança. E até era, mas não pra ele. Pois o "sequestrador" era tão amador que pegou a menina errada.


O que que não deixou o caso menos interessante, pelo contrário. A cada nova descoberta havia uma reviravolta e um golpe dramático. Saber que o alvo era na verdade a filha do casal Porter fez por um instante parecer que seria algo simples. Apenas um sequestro por dinheiro. Mas como bem observou Danno, por que alguém pediria somente U$ 1,6 milhões para um casal que vale U$ 50 milhões? Segunda opção seria uma vingança corporativa, que foi o que pareceu quando soubemos dos problemas com Alan Pollard (Gareth Williams). E no entanto descobrir a origem desses problemas revelou uma motivação bastante triste.

Creio que Ka Makuakane (Homem de Família) não poderia ter um título mais apropriado, pois foram homens de família que fizeram esse episódio. Tivemos o Tenente Jeff Larkin (Cuyle Carvin), que mesmo longe de casa arriscando sua vida em missões encontra um meio de fazer parte da vida dos filhos. Eric Porter (William Mapother, mais conhecido pelo assustador Ethan em Lost), que sabia que sua filha estava segura em casa mas não se importou em fazer o necessário para salvar Sophie. Danno e Grover, que como pais que já tiveram suas filhas sequestradas acabaram se envolvendo de forma pessoal. E Jason Hollier (Brian J. White), que não queria dinheiro e muito menos mataria a menina. Queria justiça pela morte de sua filha, que os responsáveis sentissem pelo menos por um tempo a sua dor. Mas existe mesmo justiça pra algo assim?


O caso foi emotivo e reflexivo, e permitiu ver todos os lados da questão. Não houve vilões, ninguém fazendo nada por maldade. Apenas pessoas fazendo o que acreditavam ser a única opção dentro do que tinham. Talvez tenha sido o caso mais humano que Hawaii Five-0 já teve, pois por mais que os atos não sejam justificáveis são compreensíveis. Só achei que no fim faltou o casal conversar com Jason, embora não tenha a mínima ideia do que poderia ser dito em uma ocasião dessa.


Claro que não posso esquecer de mencionar o quanto a equipe brilhou resolvendo esse caso. Apesar de ter aparecido pouco, devo dizer que Kono se destacou tanto fazendo perguntas para Maggie (Ocean Reily) - ela tem mesmo um dom com crianças -, ou no momento missão-ultra-secreta fazendo a "entrega" na mansão dos Porter. Bem como Jerry conseguindo a imagem do sequestrador e as informações sobre o processo da empresa. (Mas o que quis dizer sobre entender bem de cláusulas de sigilo?) E Steve, Danno, Chin e Grover foram brilhantes na parte prática da investigação. A propósito, voltando ao início quando Steve e Danno foram questionar o Almirante Rhodes sobre a missão de Jeff e se fez menção sobre o satélite chines do 4x16 (Hoku Welowelo) me fez ter a sensação de que ainda veremos mais sobre isso. Assim como o Almirante e talvez até Jeff.


Voltando a questão do homem de família, Danno está fazendo de tudo pra descobrir mais sobre o tal do Marco Reyes e onde está seu irmão. Ou que fazer para resgatá-lo. Sabemos que Danno não é de meter os pés pelas mãos, mas também faz de tudo por alguém com quem se importa. Sim, ele iria até o inferno por Matt. Mas como vai arranjar tanto dinheiro? Pelo menos acertou em não fazer segredo disso com o pessoal e não embarcar nessa sozinho. Enfim, por enquanto foi ótimo vê-lo ficando invocado e mostrando que não é de baixar a cabeça.


Quanto a Jerry, não duvido que ele acredite em fantasmas mas sinto que fez aquilo só pra espantar os possíveis futuros compradores da casa. Será que Steve vai ter seu colega de quarto de volta? Mas o importante é que continua sendo vigiado pelo pessoal da "livraria". Espero que não demore pra equipe perceber que não é só paranoia.

Nota¹: Jerry chama Steve de Capitão América, talvez eu comece a fazer o mesmo apesar de preferir "Superman Havaiano".
Nota²: Jerry se considera um amuleto da sorte para a equipe. Em contrapartida, Hurley (personagem de Garcia em Lost) se considerava uma fonte de azar para os que o cercavam.

Amanhã é dia de episódio novo, e esse promete ser bem divertido. A não ser pela parte em que Danno continua procurando seu irmão.

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