“And that’s how you kill a mother” - Anna
Em uma Season Finale que obrigatoriamente deveria impactar e explodir nossas cabeças, “V” cumpriu 70% do que prometeu. Em seu ápice o episódio foi primordial, grandes acontecimentos, mas confesso que em partes soou muito incompleto. O desfecho da temporada fechou um ciclo, o ciclo da coexistência falsa entre humanos e visitantes e o início de outro com a possibilidade de diversos arcos e tramas para uma temporada seguinte. Com o cliffhanger desta temporada devo dizer que ele deixou muita gente no ímpeto de continuar acompanhando a série, contudo foi exatamente o que prevíamos. Fico na dúvida se isso é algo ruim ou bom?
Fico feliz por ver que o panorama que imaginei para o fim se tornou realidade, obviamente em partes. O cliffhanger trouxe a guerra para a possível 3ª temporada e cabe aos roteiristas preparem a série para sua um final com mortes, lagartos e muita destruição. No caso, o episódio foi ágil, cumpriu muito do que prometeu e também cometeu erros. Algumas cenas foram sensacionais (sim, me refiro à morte do Tyler! Não poderia haver momento de maior júbilo!), outras decepcionantes.
Portanto, gostaria de iniciar a falar do que me agradou. Em geral tivemos as brilhantes atuações de Morena Baccarin e Elizabeth Mitchell, destaque para a cena de abertura da finale que contou com ambas ‘face to face’ em um sonho de dar pulos e ‘triquiliques’ em qualquer um. A propósito a cena incial já deu cara de Series e não Season Finale ao episódio. Lembram da cena de abertura do piloto de “V”?
Depois somos encaminhados a trama central dos lagartos onde Lisa é encarregada de derrubar a lagartixa da parede, digo, matar Anna. Em mais um jogo de emoções a lagarta conquista o coração de Lisa em poucos minutos, como a personagem pôde ser estúpida a este ponto? A cena foi de pura tensão.
Enquanto todos os olhares se encontram no seqüestro a Lisa e a nova e má tentativa de matar Anna, temos a verdadeira rainha dos calangos Diana tomando seu posto de origem em relação as suas ‘crianças’. Bem, Diana só fez entrar para uma lista enorme de personagens secundários que morreram facilmente neste final de temporada sem propósito ou algum tipo de redenção.
Ademais a cena da ‘rabada’ de Anna em sua mãe que culminou em sua morte de grande impacto, foi chocante e assustadora, se não considerarmos a má utilização de cabos de aço nos efeitos especiais da cena.
Dentre as mortes sem sentido do episódio esteve a de Ryan tendo o pescoço quebrado por calanga-junior. Como Ryan é estúpido suficiente para ficar parado enquanto sua filhote-de-cruz-credo parte seu ‘lombo de lagarto’, não liguei para o personagem, que convenhamos, merecia um papel mais importante neste final de temporada, já que Ryan está desde o início da série.
Ainda no âmbito da matança, vamos a linda cena em que Flisa arranca as veias do pescoço do nosso queridinho (entre aspas) Tyler. Eita coisa boa! Minhas preces foram atendidas e os roteiristas tomaram a saiba decisão de colocar Tyler na lista defuntos do episódio. Aleluia 3x.
Já que citamos ‘Flisa’, tenho que dizer que foi muito bom ver os produtores tomando coragem e mostrando a edição definitiva de um V em pele verdadeira. O ovo chocando e o surgimento da calanga-junior-II não me decepcionou quanto aos efeitos, gostei bastante. E o que falar da verdadeira Lisa? Agora ela recebe o mesmo destino de Vovó Diana, quem mandou não derrubar Anna quando teve a chance.
E por falar em derrubar os Vs, chega de Quinta Coluna, a nova e terceira versão da resistência bem mais organizada, com um poder bélico maior e, convenhamos, uma base bem melhor que o ‘cafofo’ do Hobbes, é o Projeto Ares formado por agentes do governo que trabalham as escuras na resistência contra os Vs. É claro que com isso tivemos mais um grande ator da minissérie original dos anos 80, Marc Singer, mais uma participação especial que deve abrilhantar a 3ª temporada da série (Sim, estou confiante).
Voltando ao lado dos visitantes, vale ressaltar que Anna finalmente aceitou as emoções humanas como uma dádiva que podem sim ser úteis aos seus planos. As principais, o orgulho e a vingança. E acredito que as emoções contribuíram para que o plano de dar a Glória aos humanos ter dado certo. É claro que isso contou com a ajuda de quem? Calaga-junior-II que espalhou sua paz por todo o planeta.
Nesse desfecho fica a mostra que o poder dos V é gigantesco comparado aos brinquedos do projeto Ares. A glória induz o ser humano a se submeter a qualquer ordem de sua rainha e isto é quase com uma derrota deflagrada da raça humana. Ademais, com a chegada das naves fica a perspectiva de uma guerra destrutiva que vamos confessar, é o que mais queremos ver.
Concluindo a minha crítica fico na duvida em relação à série assim como ela está em relação à audiência. Devo dizer que 50% me fez gritar e outros 50% me fizeram temer o cancelamento e acredito que está preocupação é sim algo a qual temer com a audiência de média de 5,30 milhões de telespectadores nessa Finale. Agora, imaginem se a série é cancelada sem um fim? Esse seria o pior dos pesadelos para qualquer fã de “V”. O final da temporada foi eletrizante, só falta agora a renovação.
Agora eu vos pergunto, pois quero muito saber das suas opiniões sobre o episódio. O que acharam? Comentem.
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