"O Rei morreu, de novo." - Lou Grover

Como boa fã de Hawaii Five-0 e Elvis Presley sempre vibrei com cada pequena referência que a série fez ao Rei do Rock. Então imagine minha empolgação ao descobrir que teríamos um episódio que seria quase como um tributo. Primeiro que a trilha sonora não seria nada menos que fantástica, e imaginei que de alguma forma seria um prato cheio para Jerry. Acontece que além disso tivemos dois casos entrelaçados e algumas pontas soltas começando a se amarrar.

Ua Helele'i Ka Hoku (Estrela Caída) trouxe um assassinato e a sequência de um caso em que a Five-0 trabalhou recentemente. O primeiro foi um ATE chamado Lane Collins (Peter Dobson) que faleceu durante sua interpretação de Burning Love em uma conferência na qual Jerry e Max estavam presentes. O que poderia ser um caso de Rock 'n' Roll e morte, como citou Grover, foi revogado com a revelação de Max de que os remédios encontrados no camarim eram para alergia e ele não tinha consumido álcool o suficiente para causar tal efeito. Ele foi envenenado com cianeto.

Jerry e Max vestidos como Elvis e seu agente "Colonel" Tom Parker.

Apesar de ter dado umas voltinhas, o caso teve uma solução bem simples. Jane Miller (Calico Cooper), que se dizia tão fã de Collins e sua antiga banda que cantava seu maior sucesso de forma errada, não suportava a ideia dele ter virado um ATE e envenenou uma garrafa de Hartigan. A mulher era totalmente louca e o caso foi divertido de se ver, ainda mais com tantos Elvii dos mais variados tipos sendo interrogados e ver Danno implicando com as mais diversas informações que Jerry disparava sobre Elvis. Mas por ter se resolvido muito rápido e facilmente sabia que nossa equipe ainda teria algo para correr atrás.

Logo no início Jerry chamou atenção para o fato de que o macacão de Collins trazia as cores erradas, o que seria um pecado para um cover proficional como ele. Embora isso não tivesse relação com o assassinato era algo relevante (por mais que Danno se sentisse em admitir) e levou a outro caso. Isso porque o bordado era feito com nada menos que os diamante roubados no 5x17 (Kuka'awale) que estavam desaparecidos desde então. E ninguém suspeitaria que estariam escondidos numa fantasia de Elvis. Então lá foram Steve e Danno fazer uma visita à nada humilde prisão domiciliar de Barry Burns, a única pessoa daquele caso ainda viva.


O cara é uma figura, mas mentiu. Não só sabia onde estavam os diamantes como contratou três mercenários para roubá-los (de novo) e tirá-los da ilha em um macacão de Elvis, mas não contava que Adrian Ivanovich (Ilia Volok) tentasse recuperar o fruto do roubo que levou seu irmão Radomir à morte. Os capangas de Burns já tinham tocado o terror no escritório de Max, e quando ele disse que contou tudo a Adrian e se já não estivessem mortos logo estariam um grande alerta se acendeu.

Nossa equipe e mais um grande reforço policial foi correndo para o hotel onde acontecia a conferência, onde Adrian já desfilava com o macacão e uma metralhadora escondida na caixa de violão. A cena do tiroteio além de incrível foi muito bem conduzida pelo cover de Supicious Mind de Tom Polce, ex-membro da banda Letters to Cleo e que o gravou especialmente para o episódio. Adrian teve seus minutos contados ao fazer uma mulher de refém, o cara não merecia o manto. E Elvis deixou o prédio. Mas morri de rir com Jerry dizendo que Elvis morreu há muitos anos como Paul McCartney, e tive impressão que Kono também acredita nisso.


Esse tributo não podia acabar sem que Jerry desse uma palinha. Como acompanho a carreira de Jorge Garcia há um tempo (leia-se, desde Lost) sabia que ele canta tão bem quanto atua, mas arrasou demais com o cover de Love Me. Foi maravilhoso vê-lo no palco enquanto todo mundo ficava de queixo caído. E concordo com Kono de que foi uma pena Chin ter perdido aquilo. Mas que tal ver de novo?


Bom, disse que o episódio começou a amarrar algumas pontas soltas e não foi só pelos diamantes desaparecidos. Logo no início vimos Grover voltando de Chicago e Steve buscando-o no aeroporto. Ao que vimos, não teve nenhum sucesso em obter provas contra Clay e ainda por cima todos os amigos ficaram contra ele. Parece que a Five-0 teve seu primeiro caso não resolvido para o próprio arquivo x. Certo, a ponta continua solta mas Grover tem esperança de mais cedo ou mais tarde provar que está certo, e fez a viagem valer a pena trazendo seis Malnati's. Pra quem até então também não tinha ouvido falar nessa delícia, parece ser um tipo de pizza super recheada. Tentador, mas assim como Steve acho que não confiaria numa comida que ficou dez horas em uma mala.


Por último e talvez mais importante tivemos Chin voltando a ser importunado por seu cunhado Gabriel. No primeiro "contato" tive receio de que Chin estivesse tendo alucinações resultadas de paranoia, pois parecia uma daquelas cenas de Lost em que se via alguém ao longe e quando chegava lá não tinha ninguém. Mas era real, tanto que no final Gabriel ligou pra tocar um terrorzinho básico. O susto foi maior que o estrago, eram apenas algumas fotos que deixam três perguntas: a) Quem é o cara com Adam? b) Será que Kono tinha razão em temer que seu noivo ainda esteja metido com a Yakuza? c) O que afinal de contas Gabriel ganha incriminando Adam?


O próximo episódio será exibido hoje, com um caso no estilo Se Beber Não Case.

Nota: 9

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