“ - Os Sete Reinos precisam de um governante amado por milhões, com um poderoso exército e um respeitado nome de família.
- Boa sorte em encontrá-lo.
- Quem disse algo sobre “ele”?”

Como estamos acostumados, os 60 minutos de Game of Thrones passaram em cinco minutos. A estreia da quinta temporada da atração de sucesso mundial foi abalada pela triste notícia de que alguns dos episódios vazaram na internet e é uma pena porque a HBO aqui tem o cuidado e atenção de passar a série de forma simultânea, deve dar um desânimo gigante coisas assim. Mas voltando ao assunto, o primeiro episódio foi, além de um encerramento do que se passou, uma bela introdução do que veremos no decorrer da temporada. Mostrou um pouco de cada núcleo, com exceção de Arya e Bran (que já sabemos que não será visto).
Logo no início o espectador foi brindado com um flashback excelente, mostrando uma menina arrogante, que visitou uma bruxa para saber de seu futuro. Lá ela descobre que será sim uma rainha, que seu rei terá 20 filhos, mas ela terá apenas três, e a cerejinha do bolo é que ela não será a rainha por muito tempo. Voltando ao presente, não foi surpresa descobrir que aquela menina era Cersei, agora abalada pela morte de seu pai e jurando vingança ao seu assassino. Ela já odiava Tyrion, nem sei como definir o que ela sente depois do que ele fez, ódio³ talvez.
Em Castle Black Jon recebe uma missão de Stannis: convencer Mance a se ajoelhar perante ele e “emprestar” seu exército para que toquem o terror em Winterfell. Mas o Rei Além da Muralha é um cara de princípios e nem a ameaça de uma morte extremamente dolorosa foi capaz de fazê-lo trair seus ideais – confesso que eu achei que ele mudaria de ideia em cima da hora.
E foi então que vimos o queridinho de todas as temporadas, o milorde ou não mais, Tyrion. Ele e Varys são donos dos diálogos mais interessantes da série e, esse em questão, foi espetacular. Quando Varys conta que não é um “ele” que procuram para salvar o país, mas “ela”, é definido que teremos um dos encontros mais bombásticos de toda a produção – só não há certeza de que será ainda nesta temporada, mas espero muito que sim. Daenerys e Tyrion, dois dos mais amados personagens da trama, estão prestes a se encontrarem em Mereen. Isso se o anão não beber até morrer antes.


Dany está numa situação difícil. O que será de uma Rainha dos Dragões sem os dragões? Suspeito que nada. Sem o poder de seus filhos cuspidores de fogo, ela tende a ficar fraca e seus oponentes, com certeza, verão isso. Fica uma dica pra Mãe dos Dragões já que ela não consegue dominar suas crias: assista “Como treinar o seu dragão”. (Piadinha roubada do amigo Leonardo Chaves).
Tivemos um vislumbre também de Brienne e Podrick, que ainda não definiram o que fazer a seguir. Ela só quer que ele siga seu rumo e ele quer convencê-la a ir atrás de Sansa, que passou bem perto deles sem saber onde Mindinho a está levando. 
Para fechar com chave de ouro e deixar todos com o coração na mão, João das Neves, aquele que não sabe de nada, foi lá e diminuiu a agonia de Mance, que queimava na fogueira. Prevejo muitas consequências ruins depois disso. Não foi surpresa perceber que Jon não deixaria uma pessoa morrer daquele jeito, afinal, ele é o Jon. Mas, sassinhora do céu, já estou na agonia pelo que o espera. E nem é pelo que Melissandre safadinha já deixou claro que quer fazer com ele.


Vale comentar que não li os livros, como muitos dos espectadores da trama, e que não identifico se a trama está adiantada, diferente, “errada”, dito isso, achei que a estreia foi excelente em situar quem assiste e que promete – mas nem sempre cumpre – muitas emoções. Também li pela internet que os produtores não devem mais seguir tão fielmente os livros de R.R. Martin daqui pra frente e que pode haver uma morte bastante significativa nesta temporada que não havia nos livros. Agora é aguardar para ver. O segundo episódio da quinta temporada de Game of Thrones será exibido no domingo, dia 19, às 22h na HBO. 

*P.S. O episódio de estreia da quinta temporada de Game of Thrones foi exibido de forma simultânea em 170 países.

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