Ao admitir que não ama Will, Alicia pode ter frustrado aqueles que viam os dois como amantes e achavam que ela precisava de um novo relacionamento. Mas preciso concordar com Owen: o sentimento torna tudo bem mais complicado e Alicia necessita, na verdade, de algo mais relax e menos intenso (emocionalmente, não sexualmente) depois de tanto tempo sofrendo em um casamento de fachada, se preocupando com os filhos e tendo que se impôr num novo emprego.

Mais do que servir como alívio cômico (o que eu gosto, tanto com Jackie, quanto com a tutora dançarina da Grace), Owen teve a função de questionar a relação de Alicia, demonstrando preocupação com uma carência que ele vê na irmã e que pode fazê-la sofrer novamente. Só espero que a moça não pense que seu caso tenha obrigatoriamente que ter um futuro e resolva conversar isso com Will. Está sendo bem melhor ver os dois se relacionando de forma descompromissada e surgindo daí, quem sabe, algo mais duradouro.

Quem apareceu para interferir e provocar nossa protagonista foi a ótima personagem da Lisa Edelstein. Tudo bem que foi conveniente o fato de que ela é uma ex do Will, mas entendo que o roteiro precisa desse tipo de coincidência para funcionar. No entanto, faz sentido sua entrada na firma, já que a própria Alicia foi admitida por lá porque também conhecia o Will. A série exibiu pela primeira vez as particularidades do jogo entre mediadores e mediados, utilizando os flashbacks sempre de forma super eficiente. Novamente, os roteiristas mostram sua intenção de sempre trazer elementos novos, evitando que os casos da semana soem repetitivos.

Gostei também da forma como conseguiram ligar os dois casos, indicando os conflitos de interesse e as tensões que podem surgir entre as partes legais e a gestão de crises feita por Eli. Só queria vê-lo mais com a Alicia, talvez envolvidos numa mesma causa e que Kalinda tivesse uma storyline que não fosse a de ficar discutindo relação com o Cary.
 
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