Fangtástico.
Dividindo dois lados de diferentes propósitos, vampiros e bruxas dão um show de sangue em "True Blood". Os primeiros se dizem em autodefesa, à procura de paz, vemos isto na figura do Rei Bill. As segundas anseiam vingança, à procura de justiça contra os crimes que os primeiros cometeram, vemos isto na figura de Marnie (Antonia). A audiência também se divide, entre os que vêem que a série não poderia estar melhor e os que preferem não apreciar esta trama eletrizante. Estou com os primeiros. E você? Já escolheu de qual lado está?
Primeiramente, devo dizer que este episódio, como esperado, não chegou a superar "Cold Grey Light of Dawn", mas classifica-se como ótimo. Também era de se esperar que o gancho do episódio anterior tivesse a seguinte resolução: a salvação da “mocinha” graças ao herói homérico (Jason). O que não previamos, é que tal resolução viesse tão rápida quanto a morte imaginária do Hoyt, a cena mais bela do episódio, quebrando um pouco da tensão que se construiu no episódio anterior.
Aliás, Jason não desempenha bem o papel de herói, prefiro ele como alívio cômico ("Vem para o papai!"), embora Jessica de mocinha também não tenha nada. Apesar disto é de partir o coração ver a nossa ruiva chorar depois de ser des-convidada duas vezes pelas duas pessoas que ama/amou. Enquanto os recém separados Jessica e Hoyt, foram de felizes para sempre a ‘quero partir sua testa no meio’ e para Hoyt: 'mereço alguém que não seja uma fucking virgem pelo resto da eternidade'.
Interessantes mesmo são Sookie e Eric. Ambos parecem viver em um paraíso, literalmente. Afinal, não há nada mais romântico que uma ‘transfusão de sangue’, um passeio pelo mundo de Nárnia e caricias na lua cheia alheia. Aliás, que fetiche é esse dos produtores de “True Blood” que insistem em mostrar a lua cheia do Alexander Skarsgard (Eric)?
Como previ na semana passada, Laffayette ganhou uma importância gradual dentre as tramas secundárias agora no posto de médium. Depois do menino Jesus, foi a vez de um fantasma-fêmea possuir o corpo do rapaz. Conseqüentemente, Renezinho é seqüestrado. Para completar, Andy, que se diz um xerife, deixa sua ‘pistola’ a vista para qualquer um passar a mão, incluindo Laffa.
Outro problema também poderia ser facilmente resolvido se alguém decidisse trancar suas portas, não é Sra. Fortenberry? Tommy fez a limpa na casa da velha e segue com o plano de venda da casa. Seria do meu agrado que Tommy ficasse rico para pegar o mesmo avião que Laffayette usou para ir para o México, mas somente com passagem de ida. O mesmo vale para Andy, cuja trama prefiro não comentar.
De volta a trama dos ‘fang-bangers’, vale salientar o quanto me agrada ver o distanciamento de Bill em relação ao melodrama romântico da série. É bom ver esta nova versão, eu diria imperial. Olha a classe com que ele empurra a moça. O personagem parece estar contornando magistralmente toda a guerra dos vampiros ao mundo humano, sem poupar mentiras e discursos como um típico político, com o único propósito de tornar a situação pacífica.
Por outro lado, Antonia brilha! Controles remotos podem retardá-la (Tara ajuda!), já os vampiros, nem tanto. Ela uma vilã de primeira, inextricável, capaz de sacrificar todos pelo erro de alguns, me lembra bastante Russel Edington. Eis que chegamos ao grande clímax do episódio, reservado para os minutos finais de “Spellbound”: o grande confronto entre vampiros e bruxas.
Em meio a isso, mortes são indispensáveis. No entanto, Sookie, claramente, deve estar cortada da lista mórbida de Alan Ball. Como protagonista, a morte da personagem seria incogitável, esta é uma pequena inconsistência deste cliffhanger, mas isso não impediu de que ela levasse um tiro. Pretendo denunciar os roteiristas por maus-tratos a pobre fada. Qual é o número do IBAMA? Brincadeiras a parte, sabemos que ela não morre e não há motivos para se preocupar, pelo menos, não com Alcide por perto. Já este não se convence de que a loba-Shakira e sua alcatéia não são o melhor para ele. Vamos ver como Alcide resolverá este impasse com Debbie(loide) e o macho-alfa de sua tribo que recusa-se a entrar na batalha dos vampiros.
Ainda vendo a trama por um panorama de lados, amizades como a de Sookie e Tara se dividem. E por falar nela, Pam está de volta recuperada do mal uso de produtos Ivone. Os roteiristas ainda deixam Tara passar incólume em meio aos conflitos da moça. Aparentemente, ninguém é páreo para Tonhão! Desta vez, esta foi salva com a ajuda de Bill. Estranho.
Alcide, Bill e até Jason salvaram donzelas, Eric, porém, sucumbiu a sede de sangue sendo a melhor arma do team-vampiro. Menção a cena em que o loirão arranca a garganta de uma das bruxas, perfeita. No entanto, em meio à névoa, seu destino é acariciado pelas mãos de Antonia Gavilán de Logroño, a quem reside seu futuro. O que acontecerá com Eric? Espero que sua memória não retorne com o encantamento de Marnie. E vocês? Deixem suas opiniões nos comentários.
Até semana que vem!
PS.: Jason é um gênio:
"Pense em coisas boas... sol quente... churrasco".
Uma excelente maneira de se traquilizar um vampiro.
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