“Hoje alguém me acusou de só me preocupar com o que está na minha frente. Não me defendi, mas... não é verdade. É exatamente o oposto. Em todos os momentos... enquanto como, ou lavo meu cabelo... eu me preocupo com toda a minha família onde quer que estejam. E os levo comigo, sabe. Caso contrário, eles poderiam... escapar.”
Pronto. Ouvimos o que esperamos por 7 anos.
“Object Impermanence” foi um presente fofo para os fãs de Weeds. Nancy teve a oportunidade (ou obrigação) de falar o que há muito seu filho esperava. E ele merecia. Ele não só descobriu que não conhecia o verdadeiro pai, já adulto, como o pai que o criou morreu sem saber dessa verdade. São duas imensas decepções para um filho que é devoto à mãe... mesmo fazendo de conta que não.
Seguinda a linha de “Fingers Only Meat Banquet”, este episódio serviu para fortalecer as bases do relacionamento Nancy-Silas. Surpreendendo (positivamente) a todos, Weeds conseguiu mostrar este plot como interessante e útil. Não me recordo de ver nas temporadas anteriores dona Botwin declarando preferencia por algum filho, mas desde o 7.05 ela vem confessando isso sem remorso aparente.
Não que o outro filho deixe a desejar. Tá. Ele é um assassino. Mais é um poço de inteligência também. De onde esse menino tira todo aquele raciocínio? Na review do “From Trauma Cometh Something” eu comentei o quão “singular” seria Shane dentro de uma sala de aula. E vejam só. O garoto é mais esperto que o professor. É fácil fazer aluno de bobo, mas não este aluno.
“Garoto Enciclopédia”. Ele praticamente dá aula. Para o professor e para o tio.
Tio que, aliás, parece estar completamente perdido. Do poliamor ao “acessório revolucionário que transforma sua bicicleta em um híbrido elétrico” Andy está dando voltas de 360 graus. Desde que chegou não chegou a lugar nenhum. Não foi homem, não foi tio, não foi cunhado. Nem foi suficiente para aguentar uma relação a três. E nisso faltam 7 episódios para acabar a última temporada.
7 episódio apenas. A temporada começou meio morna mais já encontrou seu caminho. Aliás, encontrou seu “pedaço de terra”. Dona Heylia plantando a obra de Silas e Conrad, a MILF, numa fazendinha cheia de armadilhas para personas non gratas, e dando tiros de boas vindas em Nancy, completou o pacote de certeza de qualidade. Ainda acrescenta a história de Conrad fugindo com uma chinesa depois desse pequeno diálogo e todo fã de Weeds sorri de orelha a orelha:
“Quero mais.”
“A: Foda-se. B: Acho bom você parar de ver essa chinesa.”
Não tem como não ter saudades de Heylia. E não tem como escapar de uma ordem dela. Será que Nancy ainda duvidava disso? A condição para voltar a negociar com dona Botwin vai muito além do que essa mãe pode suportar. Longe de Steve, agora longe de Silas. Claro que ela não quer. Mais se a cria diz que sim... o jeito é partir.
Antes de partir ela vê seu outro bebê depois de 3 longos anos. Que vida lastimável é essa que sempre obriga a leoa a ficar longe dos seus filhotes. Mas na verdade, não importa quão imensa é essa distância. Ela sempre os leva consigo. Caso contrário, eles podem escapar.
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