Ficamos uma vez. Comemos lagartos. Arruinei sua vida. O quevocê ainda quer comigo?
Reta final. Hora de confessar todo o cansaço de uma vida. E dereconhecer que tantas coisas supostamente boas vieram de um comportamento não tão bom assim. Não é, Nancy?
É engraçado que nem ela entende o fascínio que causa nas pessoas. Em Andy, que nunca a deixou (mesmo quando pôde), nos filhos que nuncaa deixaram (mesmo quando puderam), e na gente que acompanha suas belastraquinagens por 7 anos sem pensar, por um segundo que seja, em abandoná-la.
O fascínio que ela impõe perseguiu (muitos) homens, duas mulheres(lembra-se de quem a chamou para sair na 1ª temporada?) e isso a levou alugares que, teoricamente, ela nunca deveria ter chegado – alguns bons e outrosque chamamos de “fundo do poço”.
O fascínio dela fez um homem ignorar a verdadeira paternidadede um filho, um agente DEA ficar corrupto em questão de minutos, umpolítico/traficante perder total noção da realidade e acabar assassinado numacadeia, e agora fez um empresário fajuto perder todo o esquema de “enriquecimentoilícito” e sair de cena pedindo a graça de sua companhia.
Como pode?
É para Andy, no final das contas, que ela acaba voltando. É parao lado do cunhado que essa mulher sempre volta depois de embriagar com sua existênciapessoas de todos os lugares. É ele que diz “Welcome home” depois que ela cansade tanta gente zunindo ao seu redor.
Será que chegará o dia em que ele não precisará mais dizer “Welcomehome”? Será que chegará o dia em que ela simplesmente irá ficar?
Zoya ela já dispensou. Klein fugiu para uma ilha (sem saberque Rocktman limpou sua barra!). Cadeia, casa de recuperação, FBI, CVM sãopassado distante, distante. O que falta então para que Nancy descanse? Somenteo bebê Steve. E nós já sabemos, é claro, que mamãe leoa logo pegará seu filhotede volta.
E enquanto um filhote precisa ser resgatado, um outroprocura um jeito de precisar de resgate também. Ora, Shane! Tudo isso pela atençãoda mãe? Tanta inteligência e esperteza foram para o ralo por causa de umaimpressãozinha. Ah, Shane. “Put those handcuffs on”...
Aproveita e põe no Silas também. Gente, quem não viu oquanto era óbvio aquele interesse de Emma no loirinho e seus negócios “pré-Poderoso-Chefão”?Mais como argumentar quando o rapaz não está pensando exatamente com a cabeçade cima, certo? Só que dá no que dá. A Poderosa Chefona roubou tudo – até o amado “cérebro”da operação – porque, bem... alguém tem que mostrar quem é que manda nessa bagunça.
Cats! Cats! Cats! foi perfeito ao mostrar uma Nancycansada. O semblante dela ao perguntar “O que você ainda quer comigo?”, seupuro prazer ao ver a casa de Klein virar cinzas, foram uma excelente atuação de Mary-LouiseParker. Aliás, em todo o episódio ela deixou bem claro como cansada está suaprotagonista – sempre tão animada e sapeca durante as temporadas anteriores.
Porém faltou algo... como ela saiu da ultima cena de Syntheticsafinal? E Demetri? E aquela cara de Silas? Como ela acabou sendo “salva” pelopatrão que parecia estar em choque, paralisado, traumatizado e “bobalizado”?
Nancitchka conseguiu escapulir. Comemorei, é claro. MasWeeds me acostumou mal e eu ainda quero saber como... Pois, além do mais, comepisódios tão bons e surpreendentes como esses últimos três (tá, e todos osoutros da série...) dá uma vontade imensa de pedir para Jenji Kohan e aShowtime prolongarem um pouco mais este prazer.
Porque, vamos confessar, nós estamos possuídos pelo fascíniodela. E não faria mal nenhum, nenhum sermos fascinados só um pouquinho mais...
P.S.1: Foi MARAVILHOSO ver Andy ressussistar e botar Zoya furiosa! Welcome back, Andy!
P.S.2: Um P.S. especial só para colocar a última fala do ressussitado - que resumiu a solução para todos os problemas da família Botwin: "Devíamos ter comprado o urso".
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