Reviravoltas explosivas.

É só o segundo episódio da temporada e Hawaii Five-0 já está detonando. Teve muita tensão, todos os personagens tendo seus momentos de destaque e brilhando ainda mais em grupo, a sequência da pior lua-de-mel ever e até boas piadas. Com surpresas e reviravoltas nos momentos certos. Foi um ótimo enredo, mas com algumas ressalvas.

Lehu a Lehu (Cinzas das Cinzas) começou de forma bem promissora, com o Esquadrão Anti-Bombas "desarmando" uma pasta que não passava de uma isca. A verdadeira bomba era direcionada à equipe e resultou na morte de boa parte dela. Quando a Five-0 já estava na investigação, uma segunda pasta foi deixada no estúdio do telejornal Hawaii News Now. Para trazer mais realidade à cena foram usados os verdadeiros âncoras Keahi Tucker e Stephanie Lum, mesmo com Tucker dando vida a piada clichê do âncora que usa terno com bermuda. Enfim, dessa vez a pasta continha uma pista. Bem, na verdade estava mais para uma exigência.


A tal pasta continha um pendrive com um conteúdo não muito animador. Imagens e arquivos sobre Jason Duclair, o psicopata piromaníaco vivido pelo ex-campeão de UFC Randy Couture no 5x16 (Nanahu), e um poeminha pedindo por sua liberdade. Se alguém queria que Jason fosse solto eram grandes as chances desse alguém ser próximo a ele, e como o próprio Jason não quis dizer nada - nem dava para esperar algo diferente - foi preciso analisar toda a correspondência que recebeu na prisão. Devo dizer que por mais óbvio que fosse o fato de que essa investigação requeria o máximo possível de gente, senti uma alegria extra ao ver Cath se voluntariando como consultora para analisar as cartas. Gosto de vê-la trabalhando.

Confesso que estou gostando do destaque que Chin vem ganhando nas investigações. Se no episódio anterior ele foi de grande valor por conhecer a lenda da invasão pirata, aqui ele deu sua contribuição ao descobrir a origem do poema da joaninha e ao trazer a informação sobre as mensagens no verso dos selos das cartas de Tim Richards (John Charles Meyer), ex-colga de cela de Jason. Pesquisei sobre criptografia wila, a arte usada para esconder as mensagens nos selos, mas não encontrei nada além de que o que vimos foi feito pelo escritor do episódio John Dove que se baseou em seu trabalho na aplicação da lei antes de entrar para a série para inclui-la aqui. O importante é que apesar de pegarem Tim, logo descobriram que ele só transcrevia as mensagens de Andre Trout (Rob Welsh). Na verdade foi até sorte de Tim ser pego pela Five-0, uma vez que Trout tentou dar fim nele assim que se tornou inconveniente.


O caso só vinha melhorando, e antes de descobrir a identidade de Trout ainda teve aquele baita susto com as projeções das explosões no estacionamento. Não houve outra alternativa que não libertar Jason, embora não sem toda uma equipe pronta para capturar ambos no local marcado para a entrega. O que diga-se de passagem não adiantou muito. E o fato de que Trout queria na verdade queimar Jason até a morte e ficar com a fama, ainda por cima citando a lenda da fênix, foi uma grande sacada. Genial mesmo. Entretanto, a fuga de Jason que veio a seguir não me convenceu. Digo, como um homem com um tiro na coxa consegue sair correndo para o mato antes que se dessem conta? E ainda ganhar horas vantagem quando toda a área estava cercada por policiais? Já ouvi dizer que em momentos drásticos pessoas são capazes de atos sobre-humanos, mas o cara tinha um tiro na coxa! Fora que deixou pouco ou quase nenhum rastro de sangue. Mas vamos relevar.

Quando estava quase achando que o desfecho do caso seria deixado pra semana seguinte veio outra reviravolta. Já no meio da noite Jason ligou para Steve convidando-o para jantar. Bem, não sou médica nem nada mas tenho a impressão de que uma pessoa com um ferimento daquele sangrando por tantas horas, e que ainda fez coisas que demandaram um esforço considerável, provavelmente nem se aguentaria sentado. Todavia, foi surpreendente ver Jason agindo de tal forma. Suas conclusões sobre Trout e sobre si mesmo. De que, ironicamente, a prisão é sua liberdade. E a entrega da chave da caixa postal, revelando que Trout virou cinzas. Quase poético.


As discussões de Steve e Danno continuam sendo nossa alegria, e nem queremos que seja diferente. Impossível não rir, seja sobre os argumentos a respeito de Jerry merecer ou não um escritório e um distintivo ou a operação pedido de casamento. Me escapou uma gargalhada quando Steve questionou como Rachel disse "sim" à Danno, mas nada se compara a narrativa do tão aguardado pedido. "Você aceita se juntar a minha missão eterna?" Sofri demais! Ainda mais com Danno sendo chamado de Linus. Mas devo dizer que algo naquela cena bonitinha de Steve e Cath no escritório onde se mencionou que para eles o trabalho sempre vem primeiro e ela disse que não há outro lugar onde gostaria de estar me fez pensar que talvez seja mesmo o pedido perfeito pra eles.


Por último mas não menos importante, Kono e seu amado Adam em recuperação. Achei muito amor aquela cena do hospital, mas foi hilário ver Jerry levando-os pra casa. Podia até ser apenas um favor pessoal, mas o purificador de ar de camarão me fez entender ainda mais o desespero de Jerry para fazer seu trabalho com a Five-0 um emprego fixo. Mas já vimos que não será Steve que precisará ouvir elogios por parte de Kono. Enfim, o momento em que ela sentou no colo de Adam para ser carregada para dentro poderia ter sido o desfecho do plot nesse episódio. Só que a coisa tinha que voltar a esquentar, e aí surgiu o carro vigiando a casa. E pra completar, quando Kono decidiu confrontar seja lá quem fossem seus vigias no meio da noite, encontrou os caras mortos. Agora fica a dúvida se eram homens da Yakuza mortos por Gabriel ou homens do Gabriel mortos pela Yakuza. Isso ainda vai render muito.


O terceiro episódio da temporada foi ao ar ontem, mostrando não só o pedido de casamento mas também trazendo de volta o sobrinho de Danno. Vamos aguardar.


Nota: 9


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