É preciso conhecer o passado para entender o futuro.

Se eu fosse falar do nível da produção, fotografia e outros aspectos técnicos do episódio, passaria horas aqui escrevendo, porque chegou a ser brilhante e belo. No somatório foi tão bom quanto “Peter” e com um nível de drama sci-fi altíssimo. Cenas de arrepiar mesmo com toda a mitologia da série seguindo a história após o fatídico seqüestro de Walter a Peter do lado B. Ambos os lados entrando em pauta e as conseqüências do desequilíbrio entre os universos se solidificou em “Subject 13”, o episódio mais dramático da 3ª temporada de “Fringe”.

Como eu amo a “Fringe” dos anos 80, abertura super legal, os detalhes da produção e até mesmo a edição do episódio de luz, gráfico é diferente, coisa de filme, e para quem viu o episódio em alta definição pôde perceber estas características de anos 80 mesmo. Por isso e por muito mais eu não poderia deixar de adorar este episódio. E de fato foi o que aconteceu. Peter se mostra um garoto destruído pela falta de sua verdadeira família e Walter e Elizabeth lutam de todas as maneiras para levá-lo de volta.

E como Walter, ou melhor, John Noble estava incrível no episódio, tenho que reafirmar: brilhante ator. Sua atuação causa impacto quando se trata de drama e nos faz rir quando se trata de comédia. Como no episódio tivemos muito do primeiro foi excelente.

Peter, frágil, sem identidade, encontra aos poucos um relacionamento com sua falsa mãe. Elizabeth se apega ao menino e fica difícil escolher entre mentir e contar a verdade. No fim das contas ela optou pelo mais fácil: mentir. Peter preferiu acreditar em sua doença e agora entendo a sua revolta vista no episódio “The Man From The Other Side” quando Walter revela a verdade.

Falando em Walter, acompanhamos detalhadamente seus experimentos em Jacksonville onde ele reconhece em Olivia sua habilidade de ‘cross over’ pelos universos. Solidão, alegria, euforia, tristeza. O que afetava Olivia era o medo, no primeiro ato, medo do seu padrasto, e com isso pôde Walter descobrir após seus experimentos contínuos e meio que torturantes que Olivia era capaz de atravessar a ‘fronteira’ entre os mundos. Todos os experimentos é claro, com o objetivo de ver os universos novamente em equilíbrio e acima de tudo, ver Peter feliz.

Graças à Olivia isto foi possível, pois ele encontrou conforto em sua compania e covenhamos que foi bem bonitinho ver os dois juntos quando pequenos. E com isso as referências não param. Antes de começar a comentá-las preciso falar da boa atuação das crianças que interpretaram os personagens de Olvia e Peter aos 9 anos de idade. Karley Scott Collins (Olivia) e Chandler Canterbury (Peter), ambos representaram os dramas do personagens muito bem, isso me agradou muito porque, geralmente, não gosto do quão forçado fica quando se coloca atores mirins para interpretar personagens que conhecemos à tempos. E isso não ocorreu. Peter gritando “You are not my father!” para o pobre Walter foi de partir o coração. Atuação excelente de todo o elenco do episódio.


Quanto ao lado B, ficou ainda mais visível aquilo que citei em alguns reviews passados. Nós tachamos o lado B como ruim, como se todos fossem vilões, mas não são. Visto isso em Walternativo que só iniciou o impasse com o lado A devido ao seqüestro de seu filho, como vimos no final do episódio. A propósito reviravolta incrível àquela em que Olivia conversa com Walternativo sem perceber que tinha feito um ‘cross-over’.

Enfim, vamos discutir e comentar as pistas e referências do episódio?

Easter Eggs


  • Começando pelo Observador que foi bem fácil de achar. Ele ficou quase 3 segundos em tela e se você não o viu passando pelos corredores da Bishop Dynamic bem atrás de Walternativo, confira logo a seguir:


  • Agora um bela referência do episódio foi ao livro “Winter’s Tale” por Markin Helprin que vimos pequena Olvia lendo-o. Na história do livro um grande personagem desaparece por anos e retorno muito tempo depois inexplicavelmente, totalmente ileso, transformado e redimido. Seria este personagem Peter? Outra característica interessante é que a história se passa em uma Nova York mítica e visivelmente diferente da nossa. Nesse caso seria no lado B? Ainda mais profundo o livro “Conto de Inverno” também pode ser lembrado na cena do jardim de Tulipas em que começa a nevar. Confira a imagem onde vemos Olivia lendo esta obra baseada na pela de William Shakespeare:


  • E o glyphs code da semana foi ‘SWITCH’ que significa mudar, trocar, agitar. Bem haver com os experimentos de Olivia e seus viagens ao lado B, confira:


Enfim, quero saber de vocês, amantes de "Fringe". O que acharam do episódio? Comentem! E propósito, aviso que episódio inédito da série só daqui a duas semanas. Calma, não chorem. Já foi divulgado o promo de "Os" que você confere logo a seguir:

Promo do episódio 3.16 ''Os''

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