Parenting Made Easy
é a prova de que em The Good Wife nenhum personagem, nem os mais secundários, passam batidos e nada acontece por acaso.

Quem diria que a doce e humilde Martha, aquela que foi preterida pela sobrinha de David Lee, chegaria agora tão confiante e com tanta mágoa pra cima de sua concorrente. Adorei como Alicia não concordou com a falta de meritocracia dentro do ambiente de trabalho mas não hesitou na hora em que se sentiu desafiada por uma recém-formada que fica rindo baixo para desestabilizar a oponente. Além disso, a série consegue fazer com que a gente torça por um personagem oportunista, no caso Caitlin, só porque Alicia está ali do lado e ninguém quer ver a honra dela manchada.

Da mesma forma, a série manipula as nossas convicções quando coloca a firma defendendo uma personagem intolerante. É tudo tão bem-feito que a gente acaba entendendo a moça, mesmo que a figura dela vá contra tudo que a série já pregou, como a questão da homossexualidade e os personagens democratas. Mas, novamente, nós acabamos sempre torcendo para quem está do lado de Alicia, ainda mais quando vemos que a própria consegue separar suas convicções do seu lado profissional.

Mas nada marcou mais que Grace sumindo pra ser batizada numa igreja acompanhada da reação exagerada de todos os personagens, com direito até a Kalinda abandonando o trabalho pra investigar o suposto desaparecimento e Will presenciando o abraço familiar. Foi tudo meio over, mas eu perdoo por causa da cereja no bolo de saber que o Louis Canning se aproveitou da situação pra mexer na bolsa de Alicia. O personagem é tão safado que eu não ficaria surpreso se ele tivesse armado o sumiço de Grace só para obter esse contexto vantajoso.

E achei que Jennifer Carpenter merecia uma participação mais contundente e não uma personagem tão condescendente. E novamente, fica o desejo que Diane tenha uma relevância maior do que ficar sempre dando conselhos a Eli.
 
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