Será que engata ou vai ficar se arrastando até o cancelamento?

Nesta semana, "Revolution" conseguiu apresentar um segundo episódio que trouxe um desenvolvimento um pouco melhor do que seu piloto. Sequências de ação igualmente forçadas, mas algumas nuances e conflitos que começam a surgir como algo de promissor. E a dúvida que fica é: Revolution vai ou não engatar?


Como grande otimista que sou, vejo um futuro promissor para alguns dos novos conflitos que foram apresentados aqui, como por exemplo a luta dos patriotas que desejam reconstruir os Estados Unidos como uma nação e os conceitos distorcidos de anarquismo da Milícia.

Além disso, a atmosfera apocalíptica de "Revolution" se mostrou um pouco mais amedrontadora do que a que vimos em seu piloto. Convenhamos, até então, parecia que os personagens estavam em uma colônia de férias, longe de qualquer ameaça que não fosse a falta de um secador de cabelo. Até que neste episódio, vimos que cada ambiente reserva aos personagens algo de ruim, desde um ladrão de comida até a somente agora assustadora Milícia que finalmente se mostrou uma unidade antagonista a se temer, especialmente após a cena do assassinato de um patriota que portava arma de fogo. 

Em outras palavras, junto a energia, lá se foi a segurança.

Os flashbacks também foram uma bela ressalva. Principalmente porque contaram com a presença de Elizabeth Mittchell e suas expressões faciais invejáveis. Dados os devidos elogios a atriz, os flashbacks que situam-se uma semana após o apagão, apesar de dispensáveis em termos de trama, servem para, assim como em Lost, estabelecer a identidade de seus personagens. 

Os roteiristas fazem isso colocando-os em situações de provação, para mostrar ao público com que tipo de personagem estamos lidando e que decisões ele/ela irá tomar em dados momentos da trama. Nessas horas fica impossível conter as comparações às outras séries de J.J., ainda mais quando consideramos as personalidades de cada um dos personagens. 

Temos a mocinha sem sal, cuja única diferença em relação à Kate de "Lost" é que Evangeline Lily é uma atriz bastante superior. Temos o gordinho que nunca se mostra relevante às tramas e surge apenas nos momentos de alívio cômico. E temos os dramas desnecessários de personagens avulsos, como o da mulher que diz sofrer por ter perdido todas as fotos dos filhos, quando na verdade quer que o iPhone ligue para continuar a jogar Angry Birds Space.

Por último temos todo o paralelo conspirativo da trama que envolve Monroe e o pen-drive que promete religar a energia do mundo. Em meio a tudo isso, vejo, não um mistério caminhando para uma resolução, mas grandes momentos de encheção de linguiça com frases de efeito (- Não tenho medo de você. - Deveria) e diálogos que enganam o telespectador.

Em suma, este episódio teve mais tramas interessantes que o piloto. Agora, quero saber a sua opinião. Vale continuar com Revolution ou desligar a energia de todo o planeta para que ninguém mais a veja? Deixe o seu comentário.




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