Melhor impossível.

Uma história épica e medieval que envolve reinos, disputas por poder e dragões já merece a atenção de todos nós e quando traz um roteiro magnífico, fotografia impecável e em todos os aspectos técnicos alcançando a quase perfeição, merece ainda mais uma 2ª temporada. Renovada desde o piloto, “Game Of Thrones” traz uma saga baseada nos livros de George R.R. Martin, cuja obra principal é "A Song of Ice and Fire". Até então, meu interesse pela série era unicamente pelo gênero e pelo nível que a produção apresentou nos vídeos promocionais divulgados na espera por sua estréia. Após dar uma conferida neste piloto completo do início ao fim e de histórias intrigantes me martirizo por ainda não ter lido tal obra.

Logo de cara, somos apresentados ao inverno pesado das terras medievais de “Game of Thrones” e seus respectivos personagens vão sendo apresentados de modo que ao fim saberemos que as histórias não são isoladas. A princípio, temos Lorde Stark, pai de seis filhos, sendo um deles bastardo. Temos uma bela noção de início de saga quando vemos por exemplo todos os Starks sendo presenteados com filhotes de lobos.

Apesar da trama ser ainda um tanto confusa para mim, particularmente, que até então havia assistido ao piloto com pouca noção do que veria na trama, embarquei nesta história a procura de uma saga que mostra por meio de suas conspirações entre reinos que tem muito a oferecer.

Vale a pena destacar que os misteriosos Outros utilizados como recurso narrativo para atrair o público que curte um bom mistério (como eu) na cena de abertura do piloto, me atrai bastante pelo clima de perigo constante que ronda o reino de Winterfell. Desacreditando na história dos desertor, o rei Ned o mata em prova de que o poder vem em primeiro lugar na trama e sacrifícios não seram poupados durante a jornada de sangue que a série trará.

Como gancho da trama, temos o enterro de Jon Arrynda, mão direita do Rei Robert que foi possivelmente assassinado pelos irmãos Lannisters – como foi dito na carta a esposa de Ned – e que levou Robert a buscar o apoio do Lord Stark. Em meio a isso temos os filhos de Ned. O menor deles, Brandon foi o que ganhou maior destaque que durante todo o episódio foi recebendo os ensinamentos de seus irmãos e pai. Em exemplo a isto temos uma das cenas iniciais do episódio, onde o pequeno Satark é obrigado a presenciar a morte do desertor.

A peraltice de Brandon alertada por sua mãe o leva a descobrir a traição da esposa do Rei Robert com um dos irmãos Lannisters, cuja crueldade é explícita pela tentativa de matar o garoto com uma frieza que deixou a mim de boca aberta. Tenho certeza que Brandon não morreu, até porque ele me pareceu ser um personagem mais que recorrente na série, cujo desenvolvimento mostra que veremos muito mais do pequeno Stark.


Logo a trama de Winterfell é colocada de lado para sermos apresentados ao cruel Viserys que oferece sua irmã Daenerys ao assustador Khal Drogo como esposa, cuja aparência medonha se mostra ainda mais temerosa na cerimônia de casamento entre os dois. Cena bizarra. Viserys é mais um que busca o poder e cobiça o trono do Rei Robert, em prova ao que falei anteriormente: as histórias não são isoladas.

Me parece que a série consegue realizar com louvor uma narrativa intrigante e que tem tudo para ser a melhor estréia de 2011 em tempos onde a TV se apresenta fraquíssima em termos de inovação e criatividade. Essa nova proposta da HBO com certeza ostentará inúmeros prêmios e o nível das atuações, locações e tramas deste piloto vem em prova de que a renovação de “Game of Thrones” não foi NADA precoce.

PS.: Abertura linda, animação caprichada com a apresentação dos reinos em jogo.

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