Dois episódios, dois dias de investigação e um excelente piloto.
Com uma proposta já conhecida em milhares de novelas, filmes e séries, somos apresentados ao piloto duplo de “The Killing” novo thriller da AMC, canal com séries premiadas como “Breaking Bad” e “Mad Men” e que nos propõe este drama onde as pistas e os assassinos em potencial puxam toda a trama da série com uma única pergunta: “Quem matou Rosie Larsen?”. Completo essa intodução dizendo que estou muito satisfeito com o que vi.
Com diversas tramas paralelas ligadas a um único assassinato, visto em partes na cena de abertura do piloto, conhecemos personagens (e possíveis assassinos) com seus defeitos, suspeitas e personalidades. A principal delas Sarah Linden (Mireille Enos), uma detetive que está de malas prontas para partir de Seattle com sua família e que é pega no meio dessa investigação intrigante.
Já seu parceiro/substituto é Stephen Holder (Joel Kinnaman) que não mede esforços para alcançar a resolução do caso e não segue em momento algum o politicamente correto. Destaque para a cena em que Stephen dá um cigarro de maconha para duas garotas do colegial com o objetivo de descobrir ‘algo’ a mais. O que realmente foi feito com a descoberta do porão.
Temos também, é claro, Rosie, ou melhor, seu cadáver. A garota é dada como desaparecida no início do episódio, aparentemente, na casa do ex-namorado Jasper, mas que no fim das contas estava realmente morta. O mais interessante é que em momento algum vimos à garota viva e mesmo assim somos tocados pela descoberta do seu cadáver e pelo sofrimento de sua família.
Cenas de arrepiar, principalmente na sequência em que o corpo de Rosie é encontrado confirmando sua morte no exato momento em que seu pai chega no local da retirada do carro, cujo Rose havia sido colocada no porta-malas para afogar no esquecimento. Cena paralela ao desespero da mãe da garota, Mitch interpretada pela ótima Michelle Forbes.
O carro. Este é o único objeto que liga uma série de suspeitos ao crime. Dentre eles, o político Darren Richmond (Billy Campbell) cujo veículo era parte da sua campanha eleitoral e que supostamente foi roubado com a chave ainda na ignição. Suspeito. Sua equipe de ‘cabras’ eleitorais também não fica atrás, tenho minhas desconfianças com todos e o melhor não é isso.
Todos, repito, todos os personagens tem de alguma maneira a possibilidade de ter matado Rosie Larsen e quando digo isso incluo a própria protagonista da série. Para vocês verem o nível de desconfiança desse que vos conta.
Em suma, minhas primeiras impressões foram ótimas. A série cumpriu até mais do que sua premissa prometeu e gostei muito de ver como ela liga o drama da família Larsen a investigação do assassinato. Excelente.
Outras considerações:
- Abertura simples no estilo "The Sopranos", legal.
- Alguém aí entendeu o que era àquele porco morto logo no início do piloto?
- Gostei também dos atores mirins filhos do Sr e Sra. Larsen. Boa atuação.
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