Perseguições e acerto de contas com o passado.

Mais uma semana e mais um episódio fantástico de Hawaii Five-0. Não me canso de dizer o quão incrível está essa leva de episódios da séries. Casos concisos, dando espaço pra todo mundo e desenvolvendo um pouquinho de cada vez partes da vida do personagens que vinham sendo esquecidas. E sinto que muito mais vem por aí.

Nānahu (Cinzas) mostrou a caça a um psicopata incendiário, onde a Five-0 teve o auxílio da Agente da ATF Kathy Millwood (Melina Kanakaredes, de CSI: New York). O homem havia incendiado várias casas e prédios em Orange County, e depois de um longo tempo em silêncio voltou a agir no Havaí. Mas o pior é que o criminoso gostava de matar com seus incêndios, ver as vítimas queimarem até a morte. O que requeria um planejamento intricado, incluindo ganho de confiança.


A forma de agir de Kathy e as queimaduras em suas mãos logo me fizeram ter a sensação de que para ela isso não era apenas um caso, era pessoal. Dito e feito. Seu marido morrera por causa do incendiário. Mas que moral Steve tem para dizer que ela não deveria procurar o homem em busca de vingança? Todavia, a caça de Kathy ao incendiário - junto com temperamento firme da Agente, seu primeiro contato com Steve e o depoimento para a imprensa - me lembrou um bocado a caça de Stella Gibson à Paul Spector em The Fall. Exceto que Kathy precisou perder muito antes de vencer.

Embora não soubéssemos seu nome, o rosto do criminoso nos foi revelado ainda no início em um flashback em que inspecionava a casa das vítimas do episódio. Até que seu disfarce foi justamente o que o entregou, pois uma vez que Charlie encontrou resíduos de pesticidas no gel antifogo significava que ele trabalhava em uma empresa de controle de pragas. Como Grover mencionou, o fato do incendiário ser um exterminador é bem irônico. Mas tão logo descobriram que se chamava Jason Duclair e onde morava, também descobriram que estava prestes à atacar um grande hotel.


Tudo bem que a cena onde Jason captura Kathy pode ter sido um grande bola fora. Em que mundo um homem usando um uniforme de resgate amarelo dos bombeiros (que diga-se de passagem, é tudo menos discreto) ataca uma mulher e a arrasta para dentro de um elevador que fica de frente para um saguão enorme e lotado sem ser visto? Mas a sequência em que vimos o confronto cara a cara entre Kathy e Jason enquanto a Five-0 a procurava foi eletrizante.

O cara era realmente louco, chegando a culpar a Agente por ter estragado a chance dos dois de ficarem famosos com aquele depoimento à mídia. Imagino se isso não seria um sinal do baixo QI que ela mencionou. Senti um arrepio quando Jason jogou o combustível em Kathy e acendeu o isqueiro. Mas mais uma vez o timing de Steve foi perfeito, entrando pela sacada na hora certa. E a entrada triunfal de Grover, Kono e Chin completaram mais uma apreensão perfeita. Gostei de Kathy dizendo na cara de Jason que ele terá o que quer e um dia queimará no inferno. Mas vê-lo na cela (coisa que raramente chegamos a ver) com a caixa de fósforos usurpada do guarda me deixou um tanto aflita. Seria sinal de que conseguirá fugir e voltar atacar para a Five-0?


Enquanto isso, Danno tinha seus próprios problemas. Dos quais graças a Kamekona seus amigos já tinham uma certa noção. Bem, os planos de Danno eram passar uns belos dias na casa de praia de um amigo com sua namorada Amber que não víamos (e ao que parece, nem ele via) desde o 4x19 (Ku I Ka Pili Koko). Mas Frank Simpson (David Hoflin), o ex-marido violento dela não tinha planos tão felizes assim. E as coisas tiveram que ficar feias antes de acabar bem.

Quando Kamekona avisou Steve que Frank foi ao seu trailer procurando por Amber, e Chin descobriu que na verdade ela se chama Melissa e fugiu do marido dominador, tinha esperança de que o pegassem antes de estragar o fim de semana do nosso Detetive. Afinal, ele já sofreu tanto né? Mas o fato de que Danno e Amber/Melissa resolveram desligar os celulares não ajudou. O que acabou sendo um daqueles momentos "Nunca fique incomunicável. Seus amigos podem querer avisar que tem um sociopata atrás de você mas não saberá até que seja tarde". E o casal teve que enfrentar mais esse obstáculo.


Gostei de ver esse confronto ao passado. Certo que nunca é bom ver um dos membros da equipe ser ferido, mas Danno já passou por coisas piores e não seria uma facada que acabaria com ele. Mas gostei mesmo foi de ver Amber (ok, vou passar a chamá-la de Melissa) tomando uma atitude e passando com o carro por cima de Frank, no lugar dela faria o mesmo. Agora sim posso dizer que gosto da moça. Também gostei de ver a cara do Steve chegando ao hospital e descobrindo que Danno ficaria bem. Bem, isso foi bom para que o casal expusesse suas bagagens e talvez enfim poder ter um futuro de verdade. Mas isso não será tão fácil, descobrimos também que Danno anda tendo problemas pra dormir e tendo pesadelos com Marco Reyes. E sabemos que o que ele fez logo voltará para atormentá-lo ainda mais.


O alívio cômico ficou por conta da competição de golfe entre Steve e Grover. Foi pura comédia ver nosso Comandante ganhar novas formas de ser chamado de Neandertal. E a disputa ficou ainda mais acirrada com a entrada de Michelle Wie, campeã mundial de golfe que apesar de ser ídolo de Grover auxiliou Steve. A cena final foi a melhor de todas, com todo mundo zicando Steve e aclamando as provocações de Grover. Até Danno fugiu da recuperação pra azucriná-lo. Ri quando Michelle disse que se aqueles eram os amigos ela preferia não conhecer os inimigos. Achei que Steve perdeu a oportunidade de dizer "eu matei meu inimigo". Mas os conselhos da campeã funcionaram, e todos acabaram dando o braço a torcer e comemorando a vitória do Comandante.

Amanhã tem episódio novo, marcando a estreia de Daniel Dae Kim como diretor. E ao que parece, com ótimos momentos McDanno.


Nota: 9

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