"O único dia fácil foi ontem."

Que episódio! Essa semana Hawaii Five-0 apresentou um enredo tão sensacional que fica difícil encontrar um termo para definir. Daqueles que a gente mais gosta, onde o caso da semana quase se mistura com a trama central. Teve ação, emoção, tensão, humor e Steve mostrando que não nasceu pra ser feito de bobo.

Em Lā Pōʻino (Dia do Juízo Final), Tio Joe voltou trazendo consigo um Comandante do Exército infectado com o vírus H5N4, uma mutação da gripe aviária muito contagiosa e letal, que receberia o tratamento no Havaí. Steve foi recebê-lo e não perdeu tempo em querer esclarecer o que pudesse. E justiça seja feita, Tio Joe pareceu sincero dizendo que não ia mais esconder nada agora que a ligação entre Doris e Wo Fat não é mais nenhum segredo. E estaria fazendo o possível para encontrar Doris.

O acerto de contas parecia promissor, até que uma bola de demolição atingiu o comboio. E não a música da Miley Cyrus, mas uma grande, pesada e destruidora bola de demolição de verdade. O que além de resultar em um momento John Locke para Tio Joe com a perna presa e uma porta que não abria, transformou um simples transporte de paciente em uma questão de segurança nacional. Pois mesmo com a orientações de Chin, Steve não encontrou a ambulância a tempo. O vírus agora era uma arma em potencial.



Essa não é a primeira vez que a Five-0 lida com bio-terroristas, isso aconteceu anteriormente no crossover com NCIS: Los Angeles  no 2x21 (Pa Make Loa). Naquela ocasião o vírus usado foi a varíola hemorrágica, mas dessa vez tivemos a presença de Steve. O que permitiu que Danno zombasse do fato do amigo ser um frequentador assíduo do hospital. Todavia, ter Joe e Grover com seu treinamento da SWAT foram auxílio suficiente e não deixaram nada a desejar. O que foi necessário, já que ninguém entrava ou saia da ilha.



A questão era como usar o vírus que a principio só era transmitido por contato como arma. Lange estava doente demais para que simplesmente o colocassem pra andar pelas ruas. O que levou a Five-0 a descobrir sobre a necessidade de laboratório com nível 4 de bio-segurança. Só existem quinze nos Estados Unidos (fato aparentemente verdadeiro) mas nenhum no Havaí. O que por sua vez levou ao Dr Howard Rennick (Braddoc DeCaires), que havia comprado o material necessário e não aparecia no trabalho há três dias.

Dr Rennick não era exatamente o vilão da história e nem era amigo dele. Depois de enfrentar parte do grupo de terroristas na casa do Dr, Steve, Grover e Joe descobriram que Rennick foi sequestrado e sua esposa era mantida como refém para obrigá-lo a fazer o serviço. A cena também valeu para ver Grover dizendo que Steve não nasceu um louco filho da mãe, foi ensinado. Embora eu ache que ele provavelmente mudaria de ideia caso conhecesse Doris. Na verdade, isso continua sendo um dilema.



A situação não melhorou quando Danno e Kono foram ao trabalho do Dr Rennick descobrir como transformar um vírus em arma biológica e que se existia alguém capaz de fazer isso seria ele. O fato de ser um vírus que age tão rápido e com uma altíssima taxa de mortalidade gerava perspectivas nada agradáveis. Poderia ser o causador da extinção humana. O que tornou compreensível (e triste) Danno pela primeira vez não querer ligar para Grace.



Quem assistiu The X-Files provavelmente lembrou da série ao ver o laboratório no meio da plantação e com as abelhas sendo usadas como modo de espalhar o vírus. E ao descobrir isso, Chin fez mais um brilhante trabalho de inteligência para encontrar o local onde os terroristas estavam situados. Mais brilhante ainda foi a abordagem da Five-0, que com apenas seis pessoas cercou e dominou o local. Bom, talvez tenha sido um pouco exagerado, mas ainda assim foi legal.



Mas dois conseguiram fugir com uma van carregada de abelhas. Joe deu conta deles, mas infelizmente as abelhas acabaram ficando livres dentro da van. Nesse momento entendi o que Joe faria - ele treinou Steve, certo? - e já comecei a ficar aflita. Será que mais uma vez ele não cumpriria uma promessa? Ainda mais com aquela conversa que mais parecia uma despedida, com direito a menção do lema dos SEAL "o único dia fácil foi ontem". Mas foi tocante e ao mesmo tempo engraçado ver Steve correndo para a água enquanto Joe submergia. E Danno não perdendo a oportunidade de comentar que o amigo faria algo igualmente estúpido.



O final foi bonito com a família de Lange indo agradecer Joe na quarentena por tê-lo resgatado. Logo chegou Steve, e também foi bonito ver Joe dizer que no momento em que jogou a van na água não estava pensando nas vidas que e estava salvando mas em Steve. Que ele é o mais próximo que já teve de um filho e que faria de tudo para protegê-lo. (E de repente começo a pensar na remota possibilidade de Tio Joe ser pai biológico de Steve.) Infelizmente a informação de seus contatos que Doris não apareceu quando combinado e está fora do mapa outra vez tenha murchado um pouco essa beleza.

Apesar de ter concordado com Joe ao aceitar sua ajuda para encontrar Doris, vimos que ao voltar para o carro e encontrar com Danno esperando-o com um tablet que Muld... Digo, McGarrett não confia em ninguém e colocou uma câmera pra vigiar Joe. Qualquer visita que ele receber, Steve saberá. Assim que se faz! Mas como Tio Joe só voltará no 5x18, teremos que esperar até lá pra saber no que isso vai dar.



Vale nota: Achei muito tocante o momento em que Kono olhou com pesar o carro capotado com sangue de Steve e Joe, mas assentiu quando Chin disse que seria necessário muito mais que uma bola de demolição para deter o amigo. Bonito de ver quando se preocupam uns com os outros.

Essa sexta tem outro episódio que promete ser bombástico, e com muita enfase em Kono.

Nota: 10

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