"The Hurt Locker" está de volta para uma segunda parte tão insana quanto a primeira. E se o episódio anterior dividiu muita gente - alguns embarcaram na proposta e aceitaram absurdos como "Sue, maior shipper de Klaine", enquanto outros, assim como eu, acharam que tudo aquilo era um pouco demais até para os padrões de Glee - a parte 2 vem no mesmo tom de loucura, o que não é bom, porém (e pelo menos), tivemos alguns momentos de ressalva no episódio.

Como a substância ilícita que os roteiristas ingeriram continua a funcionar, Sue retoma o que é talvez o plot mais wtf que já vi em todos os meus anos vendo séries: o plano para salvar o casamento de Klaine. Dessa vez, ela constrói um elevador falso (com banheiro) no meio do McKinley High e uma marionete robótica a la Jogos Mortais para aprisioná-los durante dias (DIAS!) e forçá-los a se beijarem. É tão absurdo e completamente sem sentido que minha reação durante a maioria dessas cenas foi basicamente... essa e depois essa.

Se serve de algum consolo, ao menos adiantamos o plot de Klaine que, pela primeira vez na temporada, não pareceu rodar em círculos, já que nos últimos quatro episódios tudo o que vimos foi Kurt chorar a barra que é ficar sem seu marido ao som de músicas que serviriam de trilha sonora para qualquer suicídio. Melhor (ou pior) ainda é ver Kurt indo em encontros amorosos com um defunto, enquanto sabemos muito bem que isso não dará em resultado algum. Até porque, com ou sem gás afrodisíaco, com ou sem JigSue, com ou sem banheirão, é óbvio que Porcelana e Gay Blaine irão se atracar e acabar juntos até o fim da temporada. Afinal, é a única coisa que faz sentido dentro do contexto da série.

Enquanto isso, as Invitationals continuam a acontecer e, segundo as regras de Sue, devem durar três dias - o que é tão conveniente e feito apenas para dar tempo suficiente para o glee club encontrar novos membros, que não pude deixar de rir da safadeza e cretinísse desse roteiro. "Você não pode mudar as regras depois de um time já ter se apresentado" questiona um avulso qualquer do Vocal Adrenaline. Sue responde: "Claro que posso". Aparentemente nada disso importa para Glee. E a falta de qualquer pingo de realismo nesse roteiro me faz sentir que não estou vendo uma comédia musical, mas um desenho animado do Discovery Kids. A lógica é a mesma.

Se houve algo de positivo, foi o retorno de Kitty e a entrada de Spencer para o New Directions. O que recupera o espírito das primeiras temporadas e que, como bem pontua Sue, é a única coisa que até hoje é seguido a risca dentro da série, o fato de haver um número mínimo de participantes para as competições. O plano de roubar a lista de músicas emocionais de Sue foi uma boa sacada e até trouxe alguns momentos engraçados, como as audições da coach para diferentes papéis em filmes como Star Wars, Pretty Woman e até Scarface. Confesso que daria tudo para ver Princesa Léia Sylvester ou Sue Montana nas telonas.

Por fim, vamos as escolhas das músicas. Faz dois episódios que uma performance sequer não me empolga em Glee, embora a setlist da competição tenha sido bonitinha (só bonitinha). Os warbleskjds (perdão, caí de sono no teclado) foram tão legais quanto um bando de back vocals avulsos conseguem ser. E Vocal Adrenaline, obrigado por não ferir meus ouvidos novamente.

Observações:

- Rachel falando que jamais aprendeu o nome dos velhos-novos alunos chamando Unique de cross-dressing Mercedes pela primeira vez pareceu completamente idiota. O timing da piada não poderia ter sido mais deslocado.

- E o que houve com Spencer-sou-um-gay-moderno? Se não me engano os roteiristas de Glee haviam dito que a intenção de trazer o personagem era mostrar como as campanhas anti-bullying tem mudado o preconceito em escolas norte-americanas. Pelo visto, não.

- Adoro que Becky tenta questionar os ângulos de câmera das filmagens de Sue. Becky Reviewer.

 - Gêmeos Lannister. <3

Nota: 7

Até semana que vem!

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