American Horror Story

Tão intenso quanto a história de Anne Frank.

American Horror Story é uma das poucas séries que faz o melhor uso possível de seus 40 minutos de tela semanais. São tantos personagens e tramas sendo trabalhadas simultaneamente que me surpreendo como cada episódio consegue balancear as histórias com coesão e ritmo frenético.

"I Am Anne Frank Part 2", continuação do excelente episódio da semana anterior, é um caso exemplar. Aqui ganhamos a resolução do conto de Anne Frank, a qual era simplesmente uma mãe que adquiriu problemas psiquiátricos após ter que trocar fraldas e lido 50 tons de cinza. Confesso que achei a resolução morna considerando o fato que AHS sempre nos surpreende com reviravoltas inesperadas no último minuto, porém só tenho elogios a fazer quanto a produção da série e a escolha de apresentar a história da paciente no formato 4:3 e em baixa saturação para tornar tudo ainda mais crível.

Porém, sabemos que Anne Frank estava correta quanto ao nazista Dr. Arten que, além de ter arrancado as pernas da paciente ninfomaníaca ainda ganhou a ajuda da irmã Eunice, a qual a deixa em uma escola para traumatizar crianças pelo resto de suas vidas. Aliás, a cena é uma das mais assustadoras já feitas nesta temporada e faz a maquiagem e efeito visuais da série merecerem nossos créditos, além do desejo de nunca mais termos que vê-la (pelo bem dos nossos estômagos).

E se a visão da paciente se arrastando escada acima cheia de feridas espalhadas pelo corpo não te afetou, o momento em que o Dr. Thredson revela a Lana sua máscara de Bloody Face composta por pele e dentes humanos certamente deu conta do recado. Reviravolta esta capaz de deixar até o telespectador mais atento boquiaberto diante da surpresa de ver um dos personagens em que mais confiávamos como o grande antagonista da temporada.

Também fica claro que Kit não matou ninguém e que sua confissão foi uma manobra de Thredson para colocá-lo na cadeia. Já Grace teve a mesma experiência que ele ao ver extraterrestres, minutos antes de realizar a operação que a deixara estéril pelo resto da vida. 

Para encerrar, devo dizer que a referência ao "Iluminado" no último frame de episódio, com a câmera aproximando-se lentamente da fotografia e destacando uma presença conhecida, foi a cereja no topo do bolo. Vale salientar que se você ainda não viu este que considero como um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, procure-o o mais rápido possível (e me agradeça depois). Até lá, continuemos com AHS e suas doses semanais de insanidade e suspense.

Até semana que vem!

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