Aposto que você não aprendeu nada com
esse episódio e está conectado pelo Wi-Fi.
O que é mais atual que a internet e
pessoas procurando por sinal de W-Fi? Se tem algo que eu gosto em
Doctor Who é a habilidade dos escritores de criarem episódios
inteiros baseados em comportamentos e atitudes diárias, logo, não
preciso dizer que gostei de The Bells of Saint John. Mas é claro,
vamos admitir a grande espera e ansiedade também ajudaram a fazer
os 40 minutos de episódio parecerem apenas 15 e deixar um gostinho
de “quero mais” para a próxima semana. Muitos com certeza
mataram a saudade com os vídeos e imagens liberados nas última
semana, mas eu não gosto muito de ver todo esse material que é
liberado, então nem mesmo sabia sobre o que se tratava o episódio desta semana.
Contudo, por mais que eu tenha gostado
da ideia, ela foi apenas mais uma história divertida do que
memorável. Claro que nenhuma série consegue fazer episódios
memoráveis toda semana, mas aqueles que não são, ao menos precisam
ser divertidos ou não nos decepcionar, como foi feito esta semana.
A ideia de que ao clicar em um sinal de
Wi-Fi você é rastreado e toda sua consciência é sugada para a rede
é completamente crível e combina com o universo de Doctor Who.
Claro que não é a história mais interessante e, em minha opinião,
só realmente importou por Clara ter sido uma das vítimas e eu ter
gostado bastante dela nos episódios passados. Se tivesse
acontecido com qualquer outro personagem ou se fosse o episódio de
apresentação dela, com certeza não teria teria o mesmo impacto.
Por outro lado, também gostei do Moffat não ter criado alguma trama
mirabolante para apenas um episódio, mostrando todos como os mais
importantes do universo, como o acontecimento sendo o mais importante
do ano, na cidade mais importante do mundo... sabem? Esse jeito dele
de ser e tentar fazer tudo na maior escala possível. Claro que se o
Doctor não tivesse conseguido reverter a situação todo mundo
estaria “morto”, mas não foi uma situação completamente
impossível de ser resolvida e que precisou da ajuda de milhares de
pessoas como em algumas tramas da série.
Porém, como a maioria dos episódios
de Doctor Who, não é apenas a história que chama a atenção dos
fãs, também temos pequenos detalhes em objetos no cenário e
simples diálogos. Sendo assim, foi um episódio rico para os que
assistem prestando muita atenção. Não vou falar de todos porque
sei que não consegui prestar atenção em todos, mas vou tentar
falar sobre os que mais me chamaram a atenção.
Um deles, que também lembra o especial
de Natal, é o fato da Clara sempre estar com crianças. Tudo bem que
nesse episódio foi explicado o porquê dela ser babá da família,
mas não explicaram no anterior e conhecendo Doctor Who não pode ter
sido uma simples coincidência. Acredito que essa relação com
crianças tenha algo a ver com o passado da personagem, já que ela
sempre apareceu sozinha e sem nenhuma família mesmo sendo nova.
Outros dois que não passaram
despercebidos foram os livros. O primeiro logo quando somos
apresentados a Clara e a Artie. O livro que o garoto está lendo é
“Summer Falls” por Amelia Williams, sendo esse, claro o nome de
casada da nossa querida Amy. Logo em seguida Clara também fala para
Artie, que está no capítulo 10, se preparar porque ele vai chorar
muito no 11. Não sei vocês, mas eu chorei demais no final do
capítulo 10. E o outro detalhe relacionado a livros e mais
significativo para a temporada é o fato de que no livro de lugares
para se visitar da Clara a idade dela simplesmente pula de 22 para
24. Mais tarde o Doctor ainda pergunta o que é a folha que também
estava na primeira página, mas e a idade? Nada estranho em a pessoa
perder um ano da vida dela, Doctor?
Bem, já que eu falei do livro de
lugares, ficaria muito feliz se o Doctor e a Clara resolvessem viajar
através dele. Tudo bem visitar alguns lugares do passado e fora do
planeta, como sempre acontece na séire, mas seria interessante ver
algum tipo de lista com eles na TARDIS e alguns dos episódios
acontecendo nos lugares dessa lista além de lugares aleatórios
apenas.
Já sobre a Clara em si e não os
lugares, ela é diferente. Disso todos já sabemos, mas o grande
mistério dessa temporada com certeza será quem é a personagem,
afinal, existem três dela: Oswin Oswald, Clara Oswin e Clara Oswald,
mas seguindo essa linha de pensamento, a mesma do Doctor já que ele
confundiu o nome dela no episódio, é bem capaz que exista uma
quarta chamada Clara Oswin Oswald. Ou talvez, essa última seja a
Clara atual e o Oswin de seu nome seja apenas o apelido criado com
“Oswald” e “win” durante o episódio e não de fato um
sobrenome. Ou seja, talvez só existam essas três, mas também pode
ser que exista uma quarta no futuro ou uma primeira que não
conhecemos. Eu acredito que esteja faltando uma na história.
No mais, é basicamente isso. Agora que
o Doctor encontrou sua verdadeira companion que não parece que vai
morrer tão cedo é esperar para descobrir como vai ser essa relação
dela com o Doctor e se ela realmente vai ser isso tudo que está
sendo prometido ou se o Moffat não vai dar conta das expectativas
Além disso, também tivemos a segunda menção a The Great
Intelligence na temporada, a primeira sendo em The Snowmen com o The
Great Intelligence Institute.
Observações:
- Por que Clara ficou metade do episódio com uma caneca vazia na mão?
- Tenho certeza de todos já estão sabendo, mas no sábado antes do episódio ser exibido a BBC confirmou a presença da Billie Piper e do David Tennant no especial de 50 anos da série. Yay!
- A BBC também liberou um prequel de The Bells of Saint John onde o Doctor conversa com uma garotinha no parque sobre suas perdas. Mas o importante não é isso. Logo nos primeiros segundos vemos duas crianças, uma menina loira e um menino, correndo e depois vemos duas mães, uma da garota que está conversando com o Doctor e uma loira, conversando no fundo. Não sei vocês, mas Doctor Who sendo do jeito que é acredito que a mãe seja Jackie e as crianças Rose e Mickey.
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