Medicina e espiritualismo: avanço ou regresso?

A diferença da nova série da NBC - Saving Hope -, para as outras tantas séries de medicina é a sua mistura de cuidados médicos/hospitalares e um homem em coma com experiências extracorpóreas. O pilot da série foi cansativo, mas esclarecedor: Temos em cena médicos do Hospital Hope Zion, onde temos Shahir Hamza, um neurocirurgião (que quase não gosta de repertir isso), Maggie Lin, residente em cirurgia muito esperta mas “desligada” ao mesmo tempo, Gavin Murphy, residente em psiquiatria que auxilia em casos, Joel Goran cirurgião ortopédico, e por fim, os principais Alex Reid e Charlie Harris, ambos cirurgiões, se preparando para o casamento.

Com apenas dois minutos e o acidente acontece, Alex e Charlie então em um taxi indo para seu casando quando são surpreendidos por um violento acidente de carro. Em primeira mão, Charlie e Alex ficam bem, podem se mover e vão ajudar os passageiros dos outros carros que aparentemente estavam piores. Charlie ajuda a moça e logo abraça Alex, o qual em poucos minutos desmaia. Cenas de Alex sobre a maca de Charlie, e ele “pensando alto”. Logo então já vimos o homem de gravata borboleta olhando para seu próprio corpo sendo medicado. 

Então voltamos doze horas e vemos como fora o dia de Charlie e Alex intercalando entre uma breve cena “quente” e  tratamentos e visitas aos pacientes. Avançando um pouco conhecemos o cirurgião ortopédico Joel Goran, com quem Alex teve um relacionamento. A série em si é meio confusa, o que somente acontece no pilot, nos outros episódios já estamos mais familiarizados com a rotina e comportamos. Algo que me chamou a atenção é como eles explicam as cirurgias, mas quem já é fã de séries médicas sabe muito bem o que é uma craniectomia. Isso é um fato que a difere de Grey’s Anatomy, o que de resto é muito similar. 


Para não estender mais, temos apenas dois casos relativamente importantes neste primeiro episódio, o caso Shawn que teria de amputar seu braço por ter um tumor próximo ao ombro, em estágio III. Sua cirurgia é adiada muitas vezes o que lhe faz ficar nervoso. Por fim, temos Goran encarregado para a cirurgia, onde Shawn fica aflito. Então Goran descobre um meio de fazer a cirurgia sem amputar o braço, mas Shawn não concorda por sentir uma “culpa” de ter perdido amigos em suas mãos no Afeganistão. Porém Shawn não queria fazer esse novo procedimento, porém durante a cirurgia, Goran não liga e faz do jeito que preferir. E o caso de Angela que está grávida e não queria contar para seu namorado, onde no fim, Angela tem complicações e infelizmente não resiste aos ferimentos e seu namorado põem a “culpa” da morte de Angela no inofensivo bebê, dando-o para adoção. Temos também o caso de uma garota que faz uma poção do amor para um menino e que no final não dá certo, mas são curtas cenas.

Por fim ficamos com cenas de Alex e Charlie. Em palavras próprias e de primeiras impressões, a série é comovente, porém parece ser meio cansativa. O que nos próximos capítulos fica percebível a pequena mudança interna o que melhora na compreensão da série para um melhor entendimento de seus telespectadores. Como sabemos, é difícil a integração de mais uma série de medicina dentre tantas outras (que já conquistaram o público), mas é como coração de mãe... Bem, você sabe a continuação deste ditado... A audiência foi razoável para o Pilot, 3.124. Ok, não foi grande, mas nada começa do alto, com o tempo a série conquista seu lugar (ou não). 

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