O retorno. E que retorno.

Este já é o quarto episódio desta temporada em que "Once Upon a Time" decide focar em Rumplestiltskin e pela quarta vez ela consegue trazer um história interessante que cabe perfeitamente ao que já nos foi apresentado.

O mais incrível é que no piloto da série foi contada de maneira simples e eficaz a maldição que levou os personagens do Reino Encantado para Storybrook e ainda hoje, 19 episódios depois, a série continua a destrinchar histórias e acrescentar acontecimentos que antecedem a maldição e que se encaixam perfeitamente ao arco central da série.

Parece que semana após semana, a trama de OUAT só faz crescer. Do mesmo modo que o poder e a ambição de Rumpels neste episódio foi atingindo um novo patamar, sendo o mesmo capaz de matar camponeses avulsos tranformando-os em caracóis e esmagando-os com suas botas tamanho 40.

Tudo isso desagradava o pequeno Bae que além de cansado de ser curado pela mão de purpurina (ele prefere mertiolate) do pai, teve que tomar um passo a frente e criar seu próprio feitiço. Dito isso, confesso ter gostado da referência a João e o Pé de Feijão quando Bae vai a procura da sa-fada Reul Ghorm em busca do feijão mágico.

Neste caso, o feijão era um portal para o outro mundo, ou seja, para Storybrook, um lugar onde não existe magia. Aliás, isso é algo que o episódio de fato fez questão de ressaltar por diversas vez: não se pode realizar magia em Storybrook. Então eu faço a seguinte pergunta aos roteiristas de OUAT: como que Regina conseguiu matar o antigo xerife com apenas um apertão no coração do rapaz que por acaso estava dentro de uma caixa? Se isso não é magia, só pode ser macumba da pesada.

Incongruências a parte, gostaria de ressaltar algo que a algum tempo venho deixando passar em branco, mas que neste episódio repetiu-se por tantas vez que seria um crime não citá-las. Obviamente estou falando das referências à Lost através dos números: primeiramente, na numeração do quarto de hospital de Abigail mostrando o 42, e no centro de Storybrook onde vemos os números 23 e 15.

A propósito, vale ressaltar o retorno da sem teto Abigail, o que por conseguinte foi responsável pela liberdade de Maria Margaret. Com isso, exatamente o mesmo que aconteceu nos últimos 10 episódios da série envolvendo o relacionamento da personagem com David repetiu-se mais uma vez e parece que até os roteiristas já se cansaram desse conto ser recontado. Como diria Mary Margaret, forças do além parecem dispostas a separa-los e o que torna tudo ainda mais triste não é o amor, é o fato de que quando ambos finalmente podem ficar juntos, desistem.

De volta à trama central, acho que não há nada que deva ser mais elogiado neste episódio do que a atuação de Robert Carlyle, que executa perfeitamente o momento em que Rumples percebe que Bae havia partido e começa a procurá-lo em meio ao buraco vazio. Simplesmente, a melhor cena do episódio.

Outro ponto que só colaborou para que este fosse um dos melhores episódios desta temporada foi a revelação do verdadeiro motivo pelo qual Rumples ajudou Rainha Xuxa com a maldição que levou todos os personagens de contos de fada à Storybrook. Também descobrimos quais são as verdadeiras intenções de August, ou quase, já que apenas soubemos que ele não é o filho de Rumples e que já está com o pé na cova de vidro de Snow White.

Até semana que vem, galera!

PS.: "MÃE QUER FILHO DE VOLTA, RAINHA XUXA NÃO QUER CEDER" - Tema da semana em Casos de Família.

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