Por que você ainda não assiste “Breaking Bad”?
A série está no topo da cadeia alimentar dos seriados e sendo uma das melhores produções da atualidade, se não a melhor, por um elenco brilhante, locações incríveis e um roteiro que consegue ser ágil mesmo sendo executado lentamente, pergunto: por que você ainda não assiste “Breaking Bad”?
Numa trama que traz a magnífica história de Walter White fazendo a combinação perfeita entre drama familiar e a realidade por trás do mundo das drogas, chegou a hora de relembrarmos as temporadas passadas em mais uma série que entra em foco aqui no Canal de Séries para a sua apreciação.
Primeiramente, o grande motivo pelo qual eu assisto e que você deva assistir “Breaking Bad” é o fato de ser estrelada por Bryan Cranston. O ator que já foi premiado em eventos renomados como o Emmy Awards, 7 vezes somente em seu papel de Walter e que deve ainda render tantos outros prêmios nas próximas premiações, faz da série 50% do que ela é.
Cranston faz jus ao título de ‘melhor ator em série drama’. Sua interpretação consegue alcançar altíssimas cargas dramáticas em um realismo impressionante, ora no papel de marido e professor de química, outrora produtor de metanfetamina (crystal meth).
O elenco em geral é acompanhado por outros grandes atores como Aaron Paul no papel de Jesse Pinkman. A meu ver, a atuação de Aaron sempre fora ofuscada pelo genial Bryan Craston, contudo, cenas como a da Season Finale da terceira temporada, episódios como “Fly” e 2 Emmys não me permitem deixar de destacar sua atuação em nenhum segundo sequer.
Walter e Jesse formam uma dupla perfeita, vivendo em dois mundos diferentes, o viciado do subúrbio e o professor de química de colegial nunca pensaram que poderiam ir tão longe juntos. Na 1ª temporada o laboratório de meth improvisado no trailer de Jesse traziam bons momentos de alívio cômico e de correria geral com um sentimento de urgência sempre presente. Quem diria que isso levaria a rumos tão distorcidos?
O ritmo dos episódios é aparentemente lento, tem um estilo “The Sopranos” de contar e isso deve incomodar muitas pessoas, é tanto que levei um certo tempo para acompanhar a série. Porém, a genialidade dos diálogos torneados por metáforas dos dramas dos próprios personagens fazem da série uma obra prima, tudo esta nos detalhes, no realismo e no cuidado do produtor Vince Gillingan, o gênio por traz de sua idealização.
Outro aspecto técnico que é referência de “Breaking Bad” é a sua fotografia, desde a uma simples mosca em foco a locações excelentes, a série transpassa na tela detalhes absurdamente reais, tornando o drama real. O tráfico de drogas e os perigos que rodeiam este mundo fazem da vida de Walter um baralho de cartas, prestes a ser destruído.
Spolers a seguir: Em meio a isso se encontra o DEA, tendo ligação direta a Walter por meio de seu cunhado Hank. Na série, a ironia de um produtor de metanfetamina conviver tão próximo a um agente do combate às drogas cria uma tensão bastante interessante de se ver, principalmente depois que Skyler descobre sua verdadeira vocação, a partir de então ninguém parece estar seguro.
A 1ª temporada mostra erros de desenvolvimento na trama, assim como o início da 2ª. Devo admitir que minha animação pela série aflorava sempre que o roteiro investia em explosões, tanto no sentido literal quanto se tratando de reviravoltas na vida de seus personagens. Arriscar foi o grande feito dos produtores de “Breaking Bad” que fizeram da 3ª temporada da série uma das melhores na história da televisão.
Grandes momentos como o impasse entre os primos de Tucco e Hank no episódio “One Minute” e a opção dos roteiristas em transformar Walter em um personagem frio e calculista, comprovam o que eu disse até então. Um drama surreal de realista. A Season Finale, “Full Measure”, demonstra até onde a série poderá ir, sendo capaz de romper limites e tornando-se a grande produção atualmente no ar.
A 4ª temporada vem aí e se você ainda não acompanha e pretende acompanhar a série em breve, digo e repito: faça isso e vivenciará uma experiência incrível.
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