“Eles morrem, como nós! Só é preciso chegar… perto.”

Falling Skies nem de longe foi uma série que eu estava morrendo de vontade de assistir, pois não sou um aficionado por ficção científica, mas o gênero me atrai de forma sutil. Então, conforme os dias para estreia foram diminuindo e com as informações por todos os lados praticamente enfiadas goela abaixo, fui começando a ficar ansioso e a querer ver do que se tratava de verdade a série e o que estava por trás da bela edição e efeitos dos traillers, além das sinopses elaboradas para chamar atenção.

Uma das coisas mais interessante que logo de cara me saltou os olhos foi a grata decisão dos roteiristas de contar a invasão de uma forma rápida, utilizando de uma sessão quase psicológica, onde o personagem Matt, conta através de desenhos, como tudo aconteceu, da chegada dos invasores, como perdeu a família e todo básico essencial para se começar a história. Fazendo isso, Falling Skies deixa para trás as cenas da chegada das naves e da destruição das grandes cidades, nos poupando de cenas bem parecidas com Guerra dos Mundos e abrindo margem para eventuais flashbacks que podem vir a ocorrer ao longo da série.

A história começa seis meses após um evento apocalíptico que acaba com a maior parte da humanidade e dizima cidades. Qualquer semelhança com The Walking Dead não é mera coincidência. Ambas compartilham desses acontecimentos que dão origem a trama, contudo Falling Skies tem seu tom e ritmo próprios e envolve uma força maior e mais organizada que zumbis.

Destaco também os personagens e atores que conseguiram ser carismáticos, principalmente o protagonista, Noah Wyle, que se divide hora como um professor de história, hora como um soldado e hora como um pai, preocupado em tentar proteger os filhos Hal (Drew Roy) e Matt (Maxin Knight) além de encontrar forças para encontrar seu terceiro filho, Ben, sequestrado pelos invasores.

Há também Anne, papel de Moon Bloodgood, uma pediatra com muitas habilidades que se torna uma peça importante dentro desse cenário caótico e também Weaver, uma ex-militar líder do grupo de Tom que tem basicamente a função de atrapalhar a vida do protagonista com seu jeito irredutível sobre como lidar com isso.

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No segundo episódio, mostrando a transição da história do plano geral (que é luta efetiva contra os alienígenas) para o plano específico, que mostra a tentativa de Tom encontrar seu outro filho, sequestrado (que é um dos elementos intrigantes da trama, para que os ET's querem crianças humanas?). E nessa tentativa eles acabam sendo capturados por um grupo rebelde, liderado por Pope (Colin Cunningham) uma homem que não acredita na reviravolta humana e não faz muito além de esperar o fim, tentando levar o máximo de invasores como ele.

O foco de Falling Skies não está somente em tiroteios e explosões, apesar disso atrair grande parte dos telespectadores. A sacada da série é, obviamente, misturar os conflitos humanos dentro desse mundo caótico e a guerra da reconquista do planeta. Os dois episódios foram muito diferentes entre si, mais juntos ofereceram uma visão completa do mundo desses personagens e do que podemos esperar deles, apesar de torcer para estar enganado toda vez que pensar que a série estiver entrando no óbvio.

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