“Pelo menos eles estão dormindo e não fazendo uma suruba”
E Falling Skies começa a agradar os mais exigentes. Claro que a curtos passos e vai demorar um pouco ao convencimento total (ou ao abandono definitivo). O quarto episódio ampliou a trama mais cheia de mistérios, que é sobre as crianças sequestradas e os arreios e abriu a discussões sobre como os aliens se comunicam. Tiros, bobagens e agradecimentos marcaram o episódio "Grace", que pode ser o início da ascensão de Falling Skies.
Talvez por já ter gostado dos três episódios anteriores eu já posso me dar ao luxo de desabafar pequenas frustrações, como logo no inicio do episódio. Quando o terceiro acabou com aquele garoto abrindo dos olhos de uma maneira assustadoramente suspeita, imaginei que de cara ele ia abrir a jaula, o ET ia fugir, matar alguém e por aí vai. Isso quase aconteceu.
O episódio também adensou na tentativa de fazer os humanos entenderem os saltadores. Agora sabemos que eles tem um ponto de pressão capaz de fazê-los desmaiar caso você consiga chegar próximo o suficiente para enfiar uma arma em sua boca. Também pudemos acompanhar a tentativa de Anne em se comunicar com o prisioneiro através de fotos e é claro que não funcionou, mas seria mais bizarro se ele começasse a falar articulada o plano de invasão do seu povo.
As bobagens do episódio aconteceram basicamente neste momento, em que compadecida, a pediatra oferece um pouco de água para o alien, abrindo a portinha e tudo mais (eu vendo a hora de agarrar a mão dela) e eis que surge Dr. Harris, o já está irritando, com um meio mais "delicado" de força-lo a dizer algo. Agora me diz, não seria mais sensato fechar a portinha antes de mostrar para o prisioneiro a amigo morto?
Um momento bem interessante foi algo que já desconfiava a algum tempo, quando o ET começa a falar através de Rick (a criança que teve o arreio retirado e o recolocou por vontade "própria”). Outro erro bem básico foi no momento em que dada a tensão do momento, o pai de Rick arranca do arreio à força. Ora, as crianças não morriam se fossem tirados de maneira errada? Acredito que quando ele foi "reativado" a mesma precaução deveria continuar valendo.
Falando agora dos tiros, fico em dúvida se prefiro cenas de ação sucintas, que não se estendem só para mostrar efeitos especiais, como a bem bolada fuga da loja de motos ou se fazê-las mais longas daria série a parcela de ação que ainda falta em dados momentos da história.
E tivemos um final que muitos poderão achar irritante. Particularmente eu achei meloso demais tantos agradecimentos, apesar de que a intensão de mostrar que diante de uma tragédia, o conforto que as pessoas encontram uma nas outras às vezes é a solução, poderia ter sido feita de outra maneira como já foi visto na série inúmeras vezes.
Falling Skies não foge a regra das séries de ficção que precisa de tempo para por as peças mais importantes no lugar e fazer tudo funcionar corretamente. O fato de cada episódio começar a empolgar, mesmo que só um pouco, já é um indício de que está na trilha certa. Basta apenas o mais difícil, manter-se.
Obs.: Perceberam que o roteirista de série gosta de Harry Potter né? Já não é de hoje que há referências da saga. Enquanto funcionar beleza.
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