“Emoção à flor da pele”

Nem sei o que dizer. Esse episódio foi muito bom! Sem discussão. “Tell It To The Frog” foi excepcionalmente incrível. Essa é a palavra: “Incrível”. É impressionante como a série consegue se aproveitar de um tema, eu diria, meio clichê que é “mortos vivos” para fazer uma produção excelente que consegue brotar em cada um que a assiste diversas reações: medo, pena, angustia e muitas outras. Tudo isso partindo de “Zumbis”, um tema não muito levado a sério no mundo das séries e filmes, mas que vem sendo utilizado como gancho de uma história que merece a audiência que vem recebendo. “The Walking Dead” é sem dúvidas a melhor série da “Fail” Season 2010 e sei que ela continuará com a boa qualidade apresentada até então. Alguém duvida?

Se coloque na posição do Díxon, preso em um telhado de um prédio rodeado por zumbis famintos e esquecido pelo resto da humanidade. Por aí já deu para sentir a tensão, né? É por isso que os episódio de “The Walking Dead” são excelentes, porque eles conseguem nos mostrar (e a série faz isso muito bem) as reações daqueles presentes em uma situação totalmente desesperadora e também as relações de amizade que são criadas em um mundo totalmente diferente do que eles conheciam. Nossos sobreviventes, pessoas que tinham uma vida comum, antes da infecção (se é que isso foi uma infecção), precisam escolher entre a vida e a morte, entre se arriscar para salvar um amigo ou deixá-lo para trás e tantas outras escolhas que testam o caráter de nossos sobreviventes. Tudo que eu posso dizer é que “The Walking Dead” faz isso conseguindo cumprir ainda mais do que a série havia prometido.

Bem, agora vamos falar do que importa, os acontecimentos do episódio. Primeiro vimos o grande reencontro do Rick com esposa e filho (e é claro, seu futuro arquiinimigo, o Shane). Vocês viram a cara do Shane quando viu o colega de profissão saindo daquela van? E a Lori então? Feliz e ao mesmo tempo se sentindo culpada por ter dado ele como morto. É claro que não foi culpa dela, pois foi o Shane que disse que o amigo não estava mais vivo, mesmo assim a Lori se sentiu muito culpada e com razão, pô, trair o cara com o melhor amigo.

No acampamento onde Rick foi muito bem acolhido, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais dos outros sobreviventes (como é bom chamar eles de “survivors” e lembrar um pouco daquela galera do vôo 815). Cada um com sua história, uns mais gentis, outros meio “brutamontes”, mas todos com algo em comum, a luta pela sobrevivência. Entre um diálogo aqui e ali, os conhecemos melhor e até tivemos a oportunidade de rir com as conversas das mulheres lavando roupa: “Sinto falta da minha TV a cabo... sinto falta da minha lavadora... sinto falta do meu ‘vibrador’” A outra: “eu também” (morri de rir). Tudo muito engraçado até que o Ed aparece para dar uma de marido mandão e arrogante. Achei muito bem feito ele ter tomado aquela surra do Shane que se aproveitou da situação para descontar todo o seu ódio no cara. Merecido (PS.: Lembrei logo do Jim quando ele era o maior “mala” com a Sun na 1ª temp. de Lost).

Voltando a falar do Rick, vimos o xerife e seus companheiros retornando à Atlanta para resgatar o racista-odiado-abandonado-brutamonte-Díxon, pois é, ele mesmo... e também a tal bolsa cheia de armas e munição do Rick. Itens mais do que necessários para quem quer sobreviver em tempos “malucos”, diga-se de passagem. Após atravessar toda a cidade repleta de zumbis, o grupo chega até o terraço onde estava preso o Díxon e sabe o que eles encontram? Adivinha... uma mão! (previsível, mas de arrepiar). Pois é, agora resta saber onde está o Díxon (?). Será que ele ainda irá voltar para se vingar? Acho que sim.

Resumindo, episódio excelente, com emoção do início ao fim. Ainda fiquei com a impressão de que o episódio passou rápido demais (como em “Guts”), a série merecia ter episódios de no mínimo 50 minutos. Enfim, “The Walking Dead” mostrou que não é uma série apenas de "zumbis" (eles mal apareceram no episódio) é uma série sobre pessoas e não estou fazendo discurso "Lost" não, a série retrata a natureza humana e faz isso muito bem, sem precisar passar 40 minutos mostrando zumbis nojentos para lá e para cá. Espero que a série continue assim e o Emmy 2011 já é dela (risos).

PS.: Muito bem feita e muito nojenta aquela cabeça de zumbi se mechendo no chão. Maquiagem e efeitos visuais nota 10!

Vídeo promocional do episódio 1.04 - Vatos:


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