Inacreditável.
Ainda estou boquiaberta e passada com o desenrolar do episódio 1.09 – Baelor. Que final foi aquele? Será que é possível ou foi um truque (não, não foi) para nos deixar desesperados até o próximo episódio que encerrará essa primeira temporada excelente de Game of Thrones? Muitas perguntas ficaram com tudo que ocorreu no episódio, um episódio que foi de tirar o fôlego, literalmente.
Ned Stark surpreendeu a todos, tanto os espectadores quanto os seus familiares e amigos. Aposto que até os inimigos. Um homem que mantém a honra acima de tudo, no fim sacrificou-se para salvar a vida daqueles que ama. Aliás, para supostamente salvar porque se já não se sabia o que iria acontecer com Sansa antes, sabe-se muito menos agora.
O episódio começa com Ned recebendo mais uma vez a visita de Varys, que o põe a par de tudo, inclusive do pedido de misericórdia de Sansa ao rei. E o aconselha a ceder, a confessar sua traição e reconhecer Joffrey como rei. A resposta foi a esperada: “Você acha que minha vida é tão valiosa para mim? Que eu trocaria minha honra por mais alguns anos de... De quê?”. Mas o que ouviu de Varys o fez pensar: “E a vida de sua filha é valiosa?”. Bem, que pai não colocaria os filhos acima de tudo? Principalmente um pai como Ned Stark.
Enquanto isso Robb caminha para tentar salvar o pai e suas irmãs. Mas encontra um obstáculo, precisa passar o rio e para isso precisa convencer o zelador Filch de Harry Potter Walder Frey a deixar sua tropa passar. Quem vai para a conversa é Catelyn, que volta com o sinal positivo, mas com algumas condições, entre elas o casamento de Arya e Robb com os filhos do velho. Coitados!
Do outro lado, os Lannisters se prepararam para o duelo contra Robb, que foi bastante esperto criando uma distração. Dois mil homens morreram nas mãos dos Lannisters, mas em compensação, na verdadeira batalha, Robb capturou Jaime, o gêmeo de Cersei, um grande trunfo, com certeza. A batalha com os dois mil mortos não foi mostrada na íntegra, só seu fim, com os bárbaros ainda destroçando algumas vítimas. Antes disso, com medo de morrer na guerra, Tyrion teve um momento “livro aberto” e contou mais de seu passado e o real motivo da enorme mágoa que tem pelo pai. Será que a prostituta Shae vai ser constante na vida do anão?
Outro baque foi a inflamação do corte que Khal Drogo sofreu na última luta. O cara estava praticamente morto e com isso Daenerys poderia se considerar morta também, foi o que alertou Jorah, já que ali a força prevalece e não o legado de sangue. Mas ela não quis largar o marido e foi capaz de mandar a bruxa capturada pelos dothraki fazer uma magia para trazer o seu marido de volta. Algo proibido e totalmente condenado pelo seu povo. Na confusão gerada pelo seu ato, seu bebê decide nascer e Jorah não vê outra solução senão entrar na tenda em que a feiticeira realiza o ritual, tenda que ela alertou para que ninguém entrasse, pois os mortos andariam por ali. Medo.
Diante de tantos acontecimentos bombásticos, Jon não teve muito espaço, mas foi recompensado por salvar a vida do comandante e ganhou uma espada que estava em sua família por cinco gerações. Sua conversa com Meistre Aemon, que ele descobriu ser um Targaryen, sobre honra e amor se revelou uma bela ponta para amarrar ao fim do episódio. Jon apostou que o pai faria o que fosse certo, que a honra prevaleceria. Mas como escrevi no início, Ned surpreendeu a todos e passou por cima da honra.
Xingado pelo povo, acusado de traição, ele passa pelo corredor humano até onde se encontra Joffrey, Cersei e Sonsa Sansa, que o encoraja a confessar. Não acreditei quando ele o fez, diante do olhar de Arya, que conseguiu sobreviver até agora longe das garras de Cersei. Joffrey, por sua vez, mostrou que é filho de quem é e pôs suas garrinhas de fora, garoto nojento, contrariando sua mãe e chamando ela e Sansa de menininhas de corações moles, ele pede a cabeça de Ned, pois nenhum traidor terá misericórdia. E quando todo mundo esperava um milagre, algo que salvasse Ned, ouviu-se o barulho horrendo da decapitação e nosso herói passou desta para a melhor, comprovando o que escrevi no meu texto de estreia aqui no Canal de Séries, não podemos nos apegar a ninguém. Só me resta esperar que Arya vingue, mas vingue bonito, a morte do pai.
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