Assistindo aos dois mais recentes episódios de Glee, você certamente esteve mais do que bem servido de referências à cultura pop, sacadas geniais e números musicais bem executados. Dito isto, não resta dúvida de que Ryan Murphy encontra-se em sua melhor fase, provando que apesar de ter de repetir as mesmas etapas, temporada após temporada, com as Sectionals, Regionals e Nationals, ainda consegue extrair o melhor disto e ter um surtos de criatividade como "Dynamic Duets".
Este, por sua vez, traz uma proposta inspirada nas comic books da DC e Marvel (aproveitando o fenômeno Avengers) e cria heróis que só poderiam ter saído da mente de ninguém mais, ninguém menos que Titia Ryan.
Assim "Dynamic Duets" não perde tempo em nos apresentar a Asiática da Persuasão com um nome que revela poder e etnia; o Camaleão Loiro que é capaz de encarnar qualquer pessoa, especialmente George W. Bush; o Cabeça de tarantula com sua capacidade de bater o cabelo mais forte que travestis no programa da Eliana; a Doce Picante "meu poder é o dinheiro"; o Dr. Y com rodas ao invés de telecinese (já que isto seria violação dos direitos autorais); a Cérebro humano (silêncio); a Abelha Rainha que pica como uma vadia; o Pássaro da noite também conhecido como Vingador noturno e, por último, o Clave de Sol (zzzZZZzzZzz).
E se me perguntarem o que achei da ideia do glee club se vestir em roupas coladas e andar pelo McKinley realizando boas ações, responderei o mesmo que a assistente pessoal da Brittany, Kiki: "You're the machine and I'm alive".
Além da Super Gleega da Justiça, também contamos com a formação dos Duetos Dinâmicos que trouxeram músicas acompanhadas da temática do episódio. Em meio a isso, impossível levar a sério a briga na sala de coral entre Jake e Ryder pelo fato dos dois estarem usando a típica fantasia colada com a sigla no peito. Nesse caso MS, o que segundo consta, tem a grande possibilidade de ser uma revista feminina ou uma DST.
O episódio também abordou o conflito de Blaine, o que me parece natural após o término de namoro com Kurt, uma vez que o mesmo era, como o próprio disse, a sua âncora. Adorei todo o clima de conspiração, desde o roubo do troféu até a introdução do novo líder dos Warblers Hunter ao melhor estilo The Godfather.
E depois de um episódio repleto de alívio cômico, vemos uma versão de "Some Nights" com o New Directions vestindo vermelho, o que me fez recordar da primeira performance de "Don't Stop Believing" já feita na série (reveja aqui). Tão boa de relembrar quanto a imitação de Sam do Bane de "The Dark Knight Rises" com uma cueca no rosto.
Eis que é chegado o momento das Sectionals, a única competição que o New Directions nunca perdeu e devido a isto anexo ao feriado de Ação de Graças contamos com o retorno de Mercedes, Puck, Santana, Mike e Quinn e que já nos presenteiam nos 2 primeiros minutos com um número de deixar o olho de qualquer fã marejado.
A formação das duplas de apoio para as Sectionals é igualmente divertida e acaba por ser a prova final de que Mercedes foi clonada e substituída por Unique, do mesmo modo que evidencia o quão superior é Quinn em termos de piadas auto-depreciativas em relação a Kitty. Já Kurt e Rachel permanecem em Nova Iorque e acabam dando uma festa para os travestis da Vogue, inclusive Sarah Jessica Parker.
E é claro que os roteiristas trariam de volta o drama da bulimia de Marley e que isso seria o grande tropeço da apresentação nas Sectionals, por mais que Santana tenha descoberto a tempo os activias na bolsa da mesma com a ajuda do terceiro olho mexicano. Apesar disto, tenho a teoria de que Marley desmaiou por causa dos agudos de Pikachu, digo, Tina cantando Gangnam Style, a qual só não é tida como a pior versão da música já feita porque latino fez questão de plagiar antes.
Apesar disto, gostei bastante do corte repentino feito ao término do episódio com Marley apagando após a apresentação da primeira música, assim como o diálogo de Kurt e Blaine minutos antes dando-nos esperança de que possam reatar. Ansiedade e expectativa até a próxima quinta-feira.
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