The Vampire Diaries

A arte de enganar o telespectador.

Depois de duas semanas de um hiatus tão adorável quanto o Jeremy, The Vampire Diaries está de volta, acertando na dose de verbena e fazendo de um episódio revelador o exemplo perfeito de como o roteiro de Kevim Williamson e Julie Plec se tornou especialista em fabricar plot twists.

A reviravolta vinha sendo construída desde o início da temporada, quando Elena não conseguia manter no estômago sangue de animal e das bolsas de coleta, expelindo mais "O negativo" do que em seu período menstrual. Bastávamos juntar os fatos, como fez Vambarbie ao término do episódio, para enxergar o que estava nítido desde o início: Elena está ligada a Damon como um vampiro está ligado ao seu criador. 

Essa habilidade de tornar pequenas evidências parte de um plano maior é algo que poucos roteiros consegue concretizar, o que TVD faz em um arco de 7 episódios quase de maneira casual. Elogios a parte, devo dizer que não vejo mal algum em Elena estar ligada a Damon dessa forma, apesar do leve clima de incesto com que Caroline descreve esse laço.

Ao contrário de vambarbie, prefiro a Elena que opta pela liberdade do vermelho ao invés daquela que insiste na segurança do azul. A propósito, a analogia dos vestidos é perfeita para descrever este triângulo amoroso que a série estabeleceu nas últimas 3 temporadas, sendo ainda reforçada por Damon quando diz que Elena vestia azul no último concurso e perdeu.

Aliás, o pano de fundo para este festival de conflitos foi o Miss-ericórdia Mystic Falls 2012, a competição vencido por vambarbie há três anos atrás e que aqui coroa April (como maior avulsa da temporada), basicamente por três motivos: 1 - O vestido vermelho, 2 - Rebekahchorra não competiu e 3 - As outras concorrentes eram figurantes que só apareciam a uma distância de 20 metros da câmera.

No lado substancial da trama, tivemos Pastelfan encarnando o wriper e caçando prisioneiros no hospital de Mystic Fall para fazer deles cobaias de Jeremias (a nova Buffy), obviamente no intuito de avançar no plano de cura para Elena (zzZZzzZZzz, eu sei). A necessidade de tornar Virgelena humana, por outro lado, tem mantido Klaus na série e, por conseguinte, os excelente diálogos de Klaroline que tem sido em dispara o melhor casal da série.

Devo dizer, porém, que toda a atmosfera de urgência criada em cima do preceito de Jeremy estar sonhando em matar Virgelena acabou sendo quase nula, já que é tão óbvio quanto a preferência de Stefan por adagas o fato de que nada aconteceria a protagonista. Ademais, ainda haveríamos de ganhar a cena de sexo original entre Virgelena (que agora é Safadelena) e Damon.

Notas do diário:

- A cara de "verbena ardida em olho de hibrissexual" de Tyler no momento em que ele vê Klaus conversando com Vambarbie é indescritível.

- Empata foda do dia: Professor Boring.

- Caroline anda perdendo meu respeito com todas essas campanhas anti-Delena.

- A Faye deixou de ser a bruxa bitch em The Secret Circle para tornar-se a hibrissexual bitch em Mystic Falls. Grande evolução. (não esquecendo que antes disso ela era sereia em H20, não que eu já tenha visto essa naba...) #SeuPassadoTeCondena

- Os papos de Faye e Tyler são mais dolorosos que transformação de hibrissexual. Por mais que a última consista em quebrar todos os ossos do corpo.

- Não vi nenhuma boca torta nesse episódio, cadê a Bonnie?

- Concordam que o Jeremy ficou bem mais legal depois que encarnou a caçadora de vampiros? Eu achei...


Até semana que vem!
 
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