Pegue o pombo, pegue o pombo, pegue o pombo...

Sobre Fringe, me costumam perguntar como consigo gostar de uma série cuja 1ª temporada houve pouco desenvolvimento e casos isolados. Logo cabe a mim responder que o primeiro ano da série se sustentou nos detalhes, no esmero da produção em deixar pistas e dicas do que iria acontecer no futuro, assim como casos bem de longe mais interessantes. Fato é que "Alcatraz" também pode fazer isso com seus próprios méritos e identidade, como fez neste 1x04, prendendo o público no assento pelos 40 e poucos minutos no ar e ter sua dose de informação para o arco central.

Pelo visto, o principal objetivo é exatamente este. Conseguir conquistar uma audiência estável - já que tramas estagnadas e de fácil entendimento (a abertura serve de exemplo) são as favoritas do público estúpido americano.

Embora já comece a mostrar os primeiros sinais de uma trama saturada, "Alcatraz" apresenta, nesta semana, um caso que conseguiu construir boas sequências de tensão (a segunda tentativa de assalto silencioso), assim como ser bem mais dinâmico do que os anteriores, visto o maior número de cenas de ação (assalto a banco, perseguição, tiroteio, assassinato e batida).

Cal Sweeney foi, até agora, o criminoso mais interessante ao qual nos foi apresentado. Sobre ele, devem ser dados os créditos a Eric Johnson que foi de namoradinho insosso da Lana em "Smallville" a assassino implacável.

Por outro lado, os protagonistas ainda se encontram no ponto mais inodoro (não fede, nem cheira) possível. Rebecca ainda peca pela inexistência de alguma dose de carisma e Soto, sendo o mais verossímil dentre os personagens, ainda não convence como um não-Hurley, detentor de um grande conhecimento.

É bem provável que na semana seguinte a fórmula "pegue o pombo, pegue o pombo..." seja re-utilizada, novamente e outra vez (tanto quanto este pleonasmo). Mas torço que, ao menos, torne-se redundância o fato de recebermos novas informações sobre o arco central todas as semanas, como o andamento da trama das chaves. E que os acontecimentos não voltem sempre ao ponto de origem, como a falta de explicações de Hauser.

E vocês, concordam que "Alcatraz" precisa de um empurrão para poder emplacar?

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