"Smash" merece mais do que uma callback.

Assim que o piloto elevou nossas expectativas a outro patamar, muito se esperava da sequência de "Smash". Em seu segundo episódio, mantendo a mesma linha de produção soberba da série, dos números musicais e do elenco, "The Callback" foi muito bem-vindo ao que se propoz, escolher a nova Merilyn Monroe.

Karen levou o cargo. Com todos os requisitos (cabelo, corpo, expressão, atuação e voz) seu maior defeito ainda é ser perfeita demais. Engraçado que não consigo sentir aversão alguma a personagem, adoro sua personalidade, seus trejeitos de Marilyn (a cena do lábio que não se move foi ótima), mas ainda assim, o carisma de Katherin McPhee inspira muito mais a torcida do telespectador.

Tenho certeza que os roteiros dará diversos contornos a trama para fazer com que Karen faça parte do espetáculo, como uma duplicata da Marilyn de Ivy, talvez. Afinal, a protagonista da série tem que ser o prato principal do banquete de pirucas loiras. Por isso mesmo acho que Ivy deverá ser cortada do papel por alguma ironia do destino. E que desse modo a disputa entre Marilyns, que a meu ver foi o trunfo do episódio, continue.

Já consigo figurar em minha mente as cenas em que as duas poderão interpretar os alter-egos de Monroe, conforme vimos na performance da belíssima "Let Me Be Your Star". Canção esta que se tornou parte da identidade da série tanto quanto "Don't Stop Believing" foi para Glee em sua primeira temporada.

Aliás, devo ressaltar que os pequenos teases do musical tem sido incríveis, pois servem não apenas para nos dar flashes do futuro Marilyn - The Musical, como nos fazer entrar na mente dos produtores e acompanhar todo o processo criativo por trás de um espetáculo da Broadway. Em suma, estamos vendo a premissa da série sendo cumprida 100%.

Os números de dança também se tornaram foco de "The Callback". Convenhamos, Katherine McPhee é talentosa (tanto na dança quanto no vocal), tem carisma e é linda. Não há como não se apaixonar. Porém, é Ivy quem tem entrado nas calças do diretor Derek. Esta que, a meu ver, foi a peça que estava faltando para que Ivy fosse escalada. Mas o que Derek gosta mesmo é de mulher difícil e de toda a joviedade (tosse... virgindade) de Karen.

No lado dos dramas, este foi o único ponto mediano do episódio. Vimos o velho plot do atraso ao evento se repetir (ele tem razão, ela poderia ter ligado), mas o mais absurdo foi ver Frank abandonando a idéia da adoção após notar que o China Box demora muito em suas entregas, especialmente quando o pedido é um bebê de presente para o seu filho com problemas capilares.

PS.: Qualidade tem sido antônimo de audiência e infelizmente, este episódio sofreu uma grave queda em telespectadores.

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