Haja fôlego para Person of Interest!

Depois de quase enlouquecer com o 1x15 – porque Person ofInterest simplesmente colocou mais um vilão na história – eu vi o 1x16 meiodesacreditada. Pensei: mas com tantos plots na trama principal eles vão fazerum episódio com apenas mais um caso semanal? Daí, caros amigos, esta que vosescreve ficou totalmente pasma: tudo não passava de um prelúdio para trazerElias de volta.

Ah, Person of Interest!

Agora, leitores, me digam: como os roteiristas e produtoresesperam dar conta de tanta trama paralela? Como eles pretendem dar fim a tantovilões? Estamos no 16º episódio já. Faltam exatamente 6 para acabar atemporada. Seis!

Mas sem dó nem piedade, lá vem mais um vilão. Vamos ver comoestá a lista? Elias, Snow, Root, (que foi bem clara sobre a "próxima"vez), e agora HR. Quatro vilões.

É clara a relação entre “bad guy” e “good guy”. Snow, porexemplo, apesar de mirar Reese, usa Carter para chegar até ele. Tanto é queagora que ele voltou, ele já foi direto nela avisar que sabe sobre acolaboração de John com algum policial. Já Root foi direta sobre quem é seuoponente, no caso, Finch. E Elias, como eu já disse antes, teve sua experiênciacom John e terminou sendo ameaçado por este depois de tentar matar Carter.



HR se relaciona com Fusco. O novo vilão marca a volta"oficial" do detetive à corrupção, justamente quando ele estavagostando de ser um good guy. Aparentemente, HR tem tanto ou mais poder queElias, controlando policiais como maestro numa orquestra.

A pedido de John, Fusco se alia à HR e passa a"pertencer à ele". Isto prova, mais uma vez, a lealdade que agora odetetive dedica à John. E vale ressaltar que o inverso também acontece,especialmente quando Reese chega para salvá-lo... nem que seja convenientementealguns milésimos de segundos antes de Fusco levar um tiro.

O CPF do 1x15 foi o do policial Daniel Tulley, que trabalhavainfiltrado como Michael Cahill na gangue do contrabandista Vargas (José Zungia). O perigo queele corria era o de ser, claro, descoberto. Com a CIA como traficante dedrogas (sim, a CIA) e controladora da polícia, seu disfarce acabou sendorevelado, levando Reese a assumir seu lugar.

Novamente Carter e Fusco colaboraram com o caso e, inevitavelmente,se esbarraram no meio das ordens de Finch e Reese. Está chegando a SeasonFinale e acredito que eles se descobrirão ainda nesta temporada. Ou, paracomplicar um pouco, Carter pode descobrir do envolvimento de Fusco com HR e resolverpersegui-lo. Só para complicar um pouco.

Os flashbacks voltaram nos levando para 2008 e mostraramcomo era o relacionamento de Cara, Reese e Snow. Os três trabalhavam juntosbasicamente na “clandestinidade”, seguindo ordens que muito provavelmente ogoverno faz de conta que não deu.

Além de ficarmos completamente surpresos por eles estarem emNew York (falando como se estivessem numa ilha fora do mapa), ficamos maisembasbacados ainda quando vemos John perseguindo o marido de Jessica – sefazendo de amigão numa mesa de bar.



E lá estava Cara, lembrando John da vida que eles têm, davida que eles não podem ter. Atualmente Reese é considerado culpado pela mortedela, e Snow o persegue para saber o que realmente aconteceu em Ordos (China),como ele afirmou antes de atirar no ex- melhor amigo (1x10). Então quando asérie mostrou os três juntos, já imaginei que eles estavam em Ordos, lugar que,suponho, foi onde Cara morreu. Mas Person of Interest não deixa por menos e,com certeza, ainda tem muita história para ser mostrada até chegar aoassassinato dela.

O CPF do 1x16 foi o de Adam Saunders (Matt Lauria), umnegociador de ações que acabou no meio de uma armação de Elias. O grande vilãovoltou usando nada menos que 300 milhões de dólares para iniciar uma guerrapessoal. O episódio serviu para mostrar, essencialmente, que sua influência nãotem limites. Órgãos do governo, senadores, dinheiro, tudo está a seu dispor.

Carter percebeu que tudo estava bem planejado demais e resolveuverificar as evidências do crime depois que Doug Rasmussen, (Scott Cohen, o EverettHenson de Pan Am), o agente corrupto da CVM, se “suicida”. É aí que ela vê a“grande cartada” quando um policial que trabalha para Elias aparece nasfilmagens da prisão de Rasmussen.

Olha, esta já é a terceira vez que John e sua trupe se intrometemnos negócios do vilão que, a esta altura, deve ter mais munição paraenfrentá-los. Ele atendeu a ligação de Reese sabendo com quem ia falar, dandopistas de que ele sabe, ou pelo menos tem ideia, de como (e tirar) colocar John no seucaminho.

Apesar de ter gostado deste episódio (como sempre), admitoque ele não faria falta. O caso foi interessante e as reviravoltas inesperadas.E, claro, ver Finch dando uma de alfaiate foi impagável. Contudo, se a intençãoera trazer Elias de volta, somente a última cena foi necessária. A série podia simplesmenteter feito um episódio focado na volta dele. Seria mais simples e mais direto.

Outra coisa que me incomodou um pouco foi a atuação deCaviezel no 1x16. Não sei se foi porque ele estava fora do ambiente a queestamos acostumados, mas parece que ele não se encaixou, não estava à vontade.Já Taraji Henson (Carter) foi ótima junto com Michael Emerson (Finch) quando elarecebe um terno masculino da lavanderia, os dois conversam dentro do táxi, elecobra a “corrida”, e ainda exige gorjeta. Típico de Person of Interest.


Observações:

- Quem será o “pacote”do 1x15? Segundo Snow, ele estava tentando vender um software americano para oschineses. Seria alguma coisa a ver com a Machine? Sugestões para quem seria opacote? Nathan? Denton Weeks?

- Reese foi baleado de novo. Já passou da hora de usar umcolete, não?

- Você está aí se perguntando qual é o nome da música queencerrou o 1x16. Maravilhosa, né? O nome dela é Down Boy, do Yeah YeahYeahs.

- Diálogo of Interest:

Cara: Quantas vezes vai limpar isso aí?
Reese: No exército nos ensinaram que o jeito mais rápido deser baleado é não limpar a arma direito.
Cara: Na Marinha ensinaram que o jeito mais rápido de limparsua arma é atirar nas pessoas com ela.

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