13 sobreviventes contra um exército de zumbis.

É inegável que a segunda temporada de "The Walking Dead" caminhou a ritmo de zumbi. Foram inúmeras as trama lentas que custavam tempo demais em tela sem qualquer necessidade. É certeza também que houveram grandes momentos, daqueles de deixar o telespectador inquieto no assento e fazer o ritmo cardíaco acelerar, como: a procissão de zumbis que abriu a temporada, a morte de Otis, a morte de Sophia, a morte do Dale, a morte do Shane e a morte do veado na Season Premiere.

Agora pegue todos estes momentos, compacte em um só episódio e verá que essa Season Finale de "The Walking Dead" foi simplesmente fantástica. Se a temporada inteira tivesse a metade da tensão e do senso de perigo que teve esse episódio final, teriamos perdido menos tempo, dormido menos e ficado satisfeitos por completo com essa temporada na fazenda. "Beside the Dying Fire" traz, portanto, o evento da temporada. Um apocalípse zumbi de fato com direito a tiros, gritos, mortes e muitos walkers.

As câmera rápidas em contraste com os zumbis lentos posicionados sempre ao redor dos personagens (não a frente) deram o tom perfeito de tensão a toda a cena do ataque a fazenda. Desde já só tenho a agradecer ao nosso querido amigo helicóptero que guiou o exército de zumbis para o lugar certo, na hora certa de ouvir o tiro e fazer a festa de quarta do reality da Record.

Outra sábia decisão do roteiro foi colocar o grupo de sobreviventes completamente dividido em meio ao apocalípse da fazenda, o que não só dividiu nossa atenção em diversos pontos como ampliou toda a atmosfera de tensão daquela sequência.

Em meio a isso, Hershel decide por um momento ficar e lutar até o fim pela sua fazenda, Andrea mata mais zumbis do que qualquer um e por isso acaba ficando para trás, Carl e Rick colocam fogo no celeiro após ficarem encurralados, Glenn fica tentando controlar o esterismo de Maggie e por último, Carol mata o zumbi e mostra o pau.

Foram tantas cenas e cortes em meio a essa salada de zumbis que o senso de urgência não poderia ser maior. Mas ainda assim, não foi durante a batalha da fazenda que o sentimento de apreensão tomou conta, e sim depois, com cada um dos sub-grupos em rota de fuga, sem destino e sem saber se os outros estavam vivos.

Nos acostumamos tanto ao ambiente de tranquilidade e segurança da fazenda que a primeira coisa que senti quando vi todos os sobreviventes fora dela foi apreensão. Parecia que a qualquer minuto os zumbis encontrariam o grupo e mais uma leva de personagens seria levada, entretanto, o roteiro deciciu dar uma pausa para terminar os conflitos da noite anterior, onde Rick mata Shane e depois confessa para o grupo o quão caridoso ele foi por matar a única pessoa sensata daquela fazenda.

Essa finale também deixou vários ganchos interessante para o seguimento da trama na (já garantida) terceira temporada de "The Walking Dead". Vimos pela primeira vez a Michonne, rosto conhecido das HQ's, que surge em tela ao lado de dois zumbis acorrentados e sem braços. Já a primeira vista Michonne mostra ser uma personagem extremamente forte, em todos os sentidos da palavra e promete ser alguém de suma importância para o futuro da série.


Porém, o maior gancho de todo o episódio é também o cliffhanger da temporada: eis que surge por detrás da represa o imponente presídio (locação mais adorada pelos fãs das HQ's) e que pode soar como um cliffhanger genérico para quem não conhece a história dos quadrinhos, mas que arrepiou a todos que tem conhecimento a carga dos acontecimentos que ali virão a acontecer.

Desde já aposto que a 3ª temporada de TWD será a melhor de toda a série. Basta os roteiristas apertarem o ctrl-c e o ctrl-v para terem em mãos uma quantidade enorme de tramas mais que interessantes para se explorar.
Mais dead:

  • Se os zumbis quebraram as paredes do celeiro com tanta facilidade, por que os outros zumbis que "moravam" lá antes não fizeram isso?
  • Os zumbis sendo guiados pelo helicópero me lembrou bastante a cena do filme Land of The Dead em que os zumbis são atraídos por fogos de artifício.
  • Ninguém chorou a morte do Shane. (riso maléfico)

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