Arte e comida. Uma delícia de episódio.
Quando Hawaii Five-0 resolve fazer um episódio sobre roubo de obras de arte e até uma competição de camarão, o resultado é muito feliz. Tivemos uma história ágil, divertida mas com bons momentos de tensão. Sem falar das reviravoltas e das participações especiais, que sem dúvidas serviram para dar um brilho a mais. Mas vamos parar de enrolar e ir para a avaliação.
O mais marcante de Ua 'aihue (Roubado) foi provavelmente o fator surpresa. Desde o início, pela forma como Bryan Wallace (Gerald Downey) foi baleado e teve a mala roubada, tudo levava a crer que era algum tipo de criminoso e que fora traído. Mas se revelou uma vítima de azar sem tamanho. Desempregado e ainda escolhido no aeroporto por um bandido para levar seu objeto roubado: a obra Vaso com Iris sobre fundo amarelo de Van Gogh. (Uma pintura real, mas que no mundo real está perfeitamente segura no Van Gogh Museum em Amsterdã.) Isso só podia ficar melhor.
Depois teve o fato de que Nicole Booth (Rebecca Mader, a Charlotte de Lost) foi descoberta por Jerry não como agente de uma grande seguradora, mas como caçadora de recompensas. De qualquer forma foi muito útil, uma vez que foi ela quem levou a Five-0 até o facilitador de obras de arte Gerard Hirsh (Willie Garson, Mozzie de White Collar) que foi imprescindível para chegar na ação de verdade.
O que também funcionou muito bem foi colocar Chin e Kono para trabalhar disfarçados. Tanto no leilão onde Kono jogou um charme pro Gerard até que Chin revelasse a armadilha quanto na venda que virou roubo onde viraram reféns. Senti um gelo quando foram descobertos, mas felizmente nada aconteceu com eles. Embora o mesmo não possa ser dito sobre alguns convidados. De qualquer forma, foi muito legal esse momento espião.
A vigilância com Jerry no comando também foi outro ponto forte. Seja por pedir desculpas à Nicole por dedura-la ou por descobrir que os bandidos fugiriam pela porta da frente e ainda impedir a fuga no melhor estilo Lost. Pois como não lembrar de Hurley jogando a kombi contra os Outros? Só digo que Jerry tem razão, ele merece um distintivo. Ou ao menos uma identificação como auxiliar. E senti falta do Danno principalmente nessa hora, para fazer alguma piadinha sobre como todos que se aproximam do Steve se machucam. E como Steve só se oferece pra pagar o almoço quando é de graça. Alias, onde Danno foi parar?
Devo dizer que gostei muito de Nicole, não só por admirar a atriz mas porque achei muito legal o fato de mostrarem uma caçadora de recompensas. Gostei do entrosamento que teve com Steve e arrisco dizer que por um breve momento o Comandante se imaginou na profissão. O que seria quebrar algumas regras pra quem já faz isso servindo a lei? Mas voltando à Nicole, gostei como mesmo trapaceando deixou o Van Gogh para que a família Wallace ficasse com a recompensa. Assim todos tiveram o que queriam. Não seria ruim vê-la de novo. E foi impressão minha ou ela flertou com Steve?
Não pude deixar de ter um pouco de pena de Kono. Primeiro teve Pua dizendo que ela perdeu todas as chances com ele (só imagino ele cantando Love is a Battlefield no karaokê), Aí teve que tirar uma selfie com o garoto tarado, e por fim servir de isca pro Gerard. Apesar de ter rido muito da cara que ela fez quando Steve insinuou isso. Essa Kono tem que aguentar cada uma...
Enquanto isso, Kamekona treinava com Masaharu Morimoto por indicação de Steve para aperfeiçoar sua técnica e vencer Sam Choy no Shrimpapalooza. Os dois chefes são reais e aparentemente a competição também, ou pelo menos existe uma com esse nome na Flórida. Todo esse plot foi muito divertido com as referência a Karate Kid (põe cera, tira cera) e ainda competindo ao som de Eye of the Tiger, tema do filme Rocky III. Mas principalmente foi legal sabermos mais sobre Kamekona, como ele aprendeu a cozinhar na prisão e viu ali sua segunda chance. Vitória merecida, apesar da trapaça de Morimoto.
Esse episódio arranjou maneiras sutis de no fazer pensar em algumas coisas. Como o papel das obras de arte em nosso mundo, mais do que belas disposições de cores elas nos lembram de como mãos humanas podem fazer coisas magníficas. De como cozinhar pode ser mais do que colocar comida no fogo, mas uma verdadeira arte para quem o faz com sentimento. E como pessoas podem fazer coisas estúpidas por suas famílias, até mentir. Como disse Grover, é o orgulho.
O episódio 5x12 já foi ao ar e logo que sair a legenda farei o review. Essa sexta-feira não terá episódio inédito.
Nota: 9
A vigilância com Jerry no comando também foi outro ponto forte. Seja por pedir desculpas à Nicole por dedura-la ou por descobrir que os bandidos fugiriam pela porta da frente e ainda impedir a fuga no melhor estilo Lost. Pois como não lembrar de Hurley jogando a kombi contra os Outros? Só digo que Jerry tem razão, ele merece um distintivo. Ou ao menos uma identificação como auxiliar. E senti falta do Danno principalmente nessa hora, para fazer alguma piadinha sobre como todos que se aproximam do Steve se machucam. E como Steve só se oferece pra pagar o almoço quando é de graça. Alias, onde Danno foi parar?
Devo dizer que gostei muito de Nicole, não só por admirar a atriz mas porque achei muito legal o fato de mostrarem uma caçadora de recompensas. Gostei do entrosamento que teve com Steve e arrisco dizer que por um breve momento o Comandante se imaginou na profissão. O que seria quebrar algumas regras pra quem já faz isso servindo a lei? Mas voltando à Nicole, gostei como mesmo trapaceando deixou o Van Gogh para que a família Wallace ficasse com a recompensa. Assim todos tiveram o que queriam. Não seria ruim vê-la de novo. E foi impressão minha ou ela flertou com Steve?
Não pude deixar de ter um pouco de pena de Kono. Primeiro teve Pua dizendo que ela perdeu todas as chances com ele (só imagino ele cantando Love is a Battlefield no karaokê), Aí teve que tirar uma selfie com o garoto tarado, e por fim servir de isca pro Gerard. Apesar de ter rido muito da cara que ela fez quando Steve insinuou isso. Essa Kono tem que aguentar cada uma...
Enquanto isso, Kamekona treinava com Masaharu Morimoto por indicação de Steve para aperfeiçoar sua técnica e vencer Sam Choy no Shrimpapalooza. Os dois chefes são reais e aparentemente a competição também, ou pelo menos existe uma com esse nome na Flórida. Todo esse plot foi muito divertido com as referência a Karate Kid (põe cera, tira cera) e ainda competindo ao som de Eye of the Tiger, tema do filme Rocky III. Mas principalmente foi legal sabermos mais sobre Kamekona, como ele aprendeu a cozinhar na prisão e viu ali sua segunda chance. Vitória merecida, apesar da trapaça de Morimoto.
Esse episódio arranjou maneiras sutis de no fazer pensar em algumas coisas. Como o papel das obras de arte em nosso mundo, mais do que belas disposições de cores elas nos lembram de como mãos humanas podem fazer coisas magníficas. De como cozinhar pode ser mais do que colocar comida no fogo, mas uma verdadeira arte para quem o faz com sentimento. E como pessoas podem fazer coisas estúpidas por suas famílias, até mentir. Como disse Grover, é o orgulho.
O episódio 5x12 já foi ao ar e logo que sair a legenda farei o review. Essa sexta-feira não terá episódio inédito.
Nota: 9
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