Começou: 100%, decorreu: 70%, terminou: quero mais 100%.

“True Blood” dá aula de como deixar o telespectador ansioso pelo próximo episódio. Sendo que essa ansiedade, sentida durante toda a semana de espera, só vem ser aliviada nos primeiros cinco minutos de episódio quando temos a resolução do cliffhanger, depois, é claro, personagens como Andy entram em cena...

A impressão que tenho é que Allan Ball deve ler e escutar críticas sobre sua série semanalmente. Não quero ser prepotente a ponto de dizer que ele lê minhas reviews, pois disso eu já tinha absoluta certeza. Porém, a meu ver “True Blood” tem se livrado de suas tramas secundárias (e irritantes) a cada episódio.

Para começar, Andy Bellefleur abandonou o V (por hora) e nós abandonamos o trabalho árduo de acompanhar suas trapalhadas de drogado. Foi uma decisão tão sabia quanto encerrar a trama de Tommy, enquanto ainda havia tempo de dar um final digno a um personagem que nem mesmo merecia. Reconhecendo o Merllote’s como sua única casa e Sam como sua única família, quem diria, a morte de Tommy chegou a emocionar.


No entanto, algo que ainda me atrai em “True Blood” (além de Jessica), é a forma como os episódios são bem amarrados. Não há um final de episódio que não possa ser conectado diretamente ao início do próximo, por isso talvez a espera seja tão dolorosa (#waitingsucks). Para início de conversa, o banho de sangue (que só TB sabe fazer) na abertura de “Burning Down The House” prova que ação não está em falta nesta 4ª temporada. Porém, de substancial, tivemos Eric recuperando sua memória.

Acabou. É o fim daquela química inocente entre Eric-desmemoriado e Sookie-safadinha. Aliás, era de se esperar que o relacionamento dos dois caísse por terra no segundo em que o loirão lembrasse de que suas rixas se resolvem com true-death, porém, eis que o alicerce da relação mal-resolvida ainda se mantém: o amor recíproco. Já isso não parece ser o bastante para Sookie, a típica mocinha indecisa que ama os dois rapazes. Afinal, como ela ainda pode amar Bill? Além do mais, no segundo em que Eric diz: “Você é minha!”, é possível ter a certeza de que ele mudou, mas será que isso é realmente ruim?


De volta ao banho de sangue, devo dizer que acho estranho os sentimentos de Antonia e sua repentina culpa pela carnificina humana no Festival da Tolerância. Ainda mais pelo fato de Marnie ter de convencê-la a continuar com a guerra contra os vampiros. Diante disso, já podemos prever uma espécie de redenção da fantasma no final da temporada, quando o grande momento da batalha entre vampiros e bruxas chegar. Daí um final que não queremos para esta Season 4.

Ainda mais estranho foi ver Sookie, Laffayette, Tara e Martonia aparatando minutos antes do final de “Burning Down The House”. Porém, o episódio não acaba neste exato ponto, por que a cena que o intitula ainda estava por vir. Bill, Eric, Pam e Jessica (só faltou Nikita) completam o Esquadrão Classe V, onde precisaram de muito coro para ‘explodirem o terreiro’ de Antonia.

Outros comentários:
  • O brujo Jesus e sua coisa latim (como diria Laffayette) tomaram a liderança do time Sookie e tietes. Impressionante vê-lo atravessar a barreira de Hogwarts com o poder do seu demônio.
  • Jason continua sendo o dono das melhores frases do episódio: “Ele bebeu 11 das minhas cervejas, desmaiou e começou a peidar continuamente”.
  • Marnie é puro humor negro: “Isso é maravilhoso. Eles (vampiros) farão o que eu quiser. Irão massacrar seus amigos, matar uns aos outros, comer chocolate, ir a praia...”
  • Alcide além de bom para carregar peso, é bom para carregar chifre.
  • Um episódio sem peito e sem bunda? "True Blood" provou que não precisa disto para fazer um episódio foda.
    Até semana que vem!

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