Acabou a solidão do Arqueiro.

Mais cedo do que a gente esperava, Arrow tratou de arrumar companhia para o Green Arrow. A série faz questão de mostrar que vários personagens estão desconfiados do comportamento de Oliver e que isso pode logo revelar a identidade do vigilante. Portanto, nada mais natural do que fazer com que já no terceiro episódio alguém pudesse compartilhar o segredo.

E ninguém melhor do que Diggle. Tommy não é de confiança, Laurel ainda precisa acertar seu fuso sentimental com Oliver-homem, e Thea não consegue cuidar nem de si mesma. Diggle por outro lado, será de grande ajuda para o patrão nos seus "negócios noturnos", vide seu treinamento e experiência militar. Não sei se ele vai aceitar de imediato o acréscimo de função em seu trabalho, mas mal posso esperar para ver os dois lutando como parceiros.

Falando em luta de parceiros, a cena de Oliver e Tommy apanhando dos seguranças de Max foi o máximo. Claro, Queen se deixou levar pela diversão de apanhar na frente do melhor amigo para evitar olhares especulativos, mas, com isso, ri da entrada triunfal de Laurel achando que salvou o traseiro dos dois rebeldes. Tirando o fato de ela não saber que seu querido ex poderia derrubar todos os homens em questão de segundos, foi bom ver que as aulas de auto-defesa dela estão em dia. Quem sabe aí está a deixa para uma futura participação dela na parte vigilante da série -- de preferência ao lado de Oliver.

Outra pessoa que atraiu a atenção para fazer parte do que seria o grupo do Green Arrow é a funcionária que o ajudou com o notebook baleado: Felicity Smoak. Assim que ela apareceu em cena, me lembrei da Chloe de Smallville, e associei a moça à (futura) Watchtower de Oliver. Daria uma boa combinação, certo? Além do mais, ela engolir a cara de pau dele dizendo que as balas do note vinham da má vizinhança da cafeteria que ele frequenta foi maravilhoso. A presença dela será, sem dúvida alguma, nossa fonte de alívio cômico (e fofura).

Quem não está nada fofa é Thea. Ela conseguiu bater recordes de chatura no terceiro episódio. Que dilema o dela, hein? Ninguém se importa com ela, sua mãe não é sua mãe, seu irmão não é seu irmão e blá blá blá... todo mundo já entendeu o sofrimento da moça e ainda assim ela faz questão de repetir minuto após minuto. Existe o detalhe de que ela é adolescente e isto tem duas implicações: 1) para a CW, ela seria a "pegada teen" de Arrow, que tem como essência uma trama adulta, 2) ela é uma adolescente e, como todos os outros adolescentes do universo, ela tem o direito de ter sua crise de identidade.

Mesmo assim, esses ataques de mimimi são bem cansativos. Por exemplo, vide a cena dela contando para Oliver sobre o rolo de Tommy e Laurel... Vamos dar um desconto para Thea desta vez porque nós bem que queríamos que este momento acontecesse, mas que foi embaraçoso foi. Aliás, adorei a cara de tacho de Laurel. E ela ainda jura que superou o peitoral de Oliver Queen.

Os pombinhos-traíras acabaram resolvendo que vão dar uma chance para o relacionamento, depois de Ollie jurar que não se importa com nada, e Tommy jogar aquele charme básico para Laurel. Obviamente, este namorico vai até o ponto onde Ollie e Lau se lembrarão dos "sentimentos" que ainda existem. A pergunta que fica é: quem vai dar o primeiro passo? Vai ser ele com aquele papo de "preciso de um ombro amigo"? Ou será ela que encontrará seu caminho de volta para ele?

Nesta mesma sintonia, duas pessoas da série parecem estar acertando seus ponteiros: Thea e Moira. Thea, como sempre cheia de birra, conseguiu com suas proezas fazer sua mãe protegê-la de seus próprios atos. A partir daí, acabamos descobrindo que papai e mamãe Queen chegaram a encobrir um assassinato do filho, provando até onde a família está disposta a ir pelos próprios interesses. Neste contexto, dá para lembrar também da descoberta de que o irmão de Diggle morreu, o que me fez pensar se de alguma forma estas duas histórias estão interligadas. Vamos torcer para que não.

No caso da semana tivemos Deadshot, o assassino que usa balas envenenadas. Com isso, tivemos a razão de Green Arrow buscar a ajuda de Lance e de mostrar à Diggle quem ele realmente é. Gostei demais de ver o detetive sendo forçado a colaborar com o Arqueiro, sem contar que aquela "abordagem" que Oliver usou para convencê-lo foi impagável. Queria ter visto Lance narrando o encontro dos dois para seus funcionários.

Quentin também já tem um perfil -- positivo! -- definido do Arqueiro em sua cabeça, vide a certeza dele de que não foi o vigilante que atirou em James Holder, primeiramente porque este não é seu "modus operandi" e porque ele é um justiceiro, não um assassino.

Dentro do caso ainda tivemos Queen se passando por membro da Máfia Russa -- e sendo reconhecido como tal. Aparentemente, ele consegue se passar por Capitão Bravta sem maiores dificuldades, o que espero que seja revelado com mais detalhes o mais cedo possível. Como será que ele conseguiu isto?

Nos flashbacks da ilha deste episódio vemos o encontro, se é que podemos chamar de encontro, entre Oliver e aquele que seria seu mentor. Mais uma vez, é nos confirmado que a ilha não é uma ilha qualquer, chegando a ter até mesmo armadilhas e soldados. Agora não temos que saber apenas como ele sobreviveu em meio hostil, mas também como, neste ambiente, ele pode aprender tanto e se tornar quem é agora. Com certeza, conteúdo para que a série se expanda e cresça não falta. De preferência sem enrolação, como ela está fazendo tão bem agora.


Observações:

- Foi ótima a ideia de Oliver de ter uma boate como álibi para sua vida dupla. Melhor do que inventar que vai ao banheiro e nunca mais voltar...

- Oliver escalando o prédio com aquela facilidade: por que ele não vem fazer o mesmo no meu? Só uma sugestão...

- Bratva é uma das denominações da Máfia Russa e significa "broterhood" (irmandade).

No Universo da DC Comics:



Deadshot (Pistoleiro), codinome de Floyd Lawton, é um mero assassino de aluguel, contratado pelos vilões para matar seus inimigos. Inicialmente ele surgiu em Gotham City como um vigilante, mas foi revelado que, na verdade, era um criminoso quando tentou assumir o lugar de Batman. Quando seu plano deu errado, ele tentou ser um chefão do crime. O Comissário Gordon descobriu seus interesses, e ele acabou sendo preso. Recentemente, foi recrutado por Amanda Waller para fazer parte do Suicide Squad (Esquadrão Suicida), junto com o Capitão Bumerangue, Plastique e outros supervilões que estavam à serviço do governo. Numa das missões do Esquadrão, o filho de Floyd foi raptado, estuprado e assassinado por um pedófilo, com quem mais tarde Floyd reencontraria e mataria. Provavelmente, seu traço mais característico é o de querer morrer em grande estilo: enquanto ele não cometer suicídio, ele simplesmente não se importa se vai morrer.


 
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