Uma das criaturas mais usadas em qualquer série de fantasia, começando, por exemplo, com Charmed, passando por Angel e derivados, é o wendigo. Já estava mais do que na hora de Grimm aceitar seu fardo e apresentar um episódio com um dos wesens mais queridos de todos.
No final, o saldo do episódio no desenvolvimento dessa criatura peculiar não foi positivo. Um dos atrativos de Grimm sempre foi a aproximação e referência do mundo ‘real’ com o mundo das fadas, então é triste ver uma premissa tão boa ser desperdiçada. Tivemos bastante foco nos dois irmãos e no sobrevivente, mas não era sobre isso o episódio. O episódio serviu para mostrar para Hank que realmente há wesens que são malvados e que necessitam de uma boa porrada.
Tiveram 36 horas para trazer alguma evidência que faria com que o cara não fosse morto, mas esse nem foi o problema. O drama mesmo é que a casa onde aconteceram os assassinatos agora é um supermercado e como a comida é saudável, Hank quer passar longe e não tem como investigar se muitos corpos se encontram enterrados no local.
Bem legalzinho o cara que estava no corredor da morte, que tentou ir embora sete anos atrás, mas os caras já tentaram comê-lo. Se fosse outra situação, com certeza ele acharia aceitável ser comido, mas enfim. A questão é que os momentos finais foram bastante tensos, até porque, não havia duvidas de que eles conseguiriam atrasar o procedimento, mas tudo aconteceu fácil até demais. Já estavam injetando tudo no cara e a DA conseguiu parar com a sentença, por telefone?
O wendigo que sobreviveu agora é um chefe de cozinho, que gosta de produzir pratos suculentos com uma pitada de chulé. No final, ele estava quase sendo morto e só nesse momento que percebeu que Nick era um Grimm. Isso é o que eu chamo de percepção.
Em outro núcleo, Capitão e Juliette começam a tentar fazer a terapia da obsessão acontecer. Pelo menos ambos sabem que não faz sentido essa paixão avassaladora que estão sentido um pelo outro e querem arrumar um jeito de acabar com isso.
Por mais que eu tente, não dá para não comentar sobre a grande depressão que a série se encontra. Começou a sua segunda temporada de maneira bem agradável, mas daí decidiram tirar a Mama Grimm da jogada e até agora não voltaram nesse plot; Nick e Hank com certeza estão evoluindo, mas precisam de casos mais interessantes e claro, o drama de Juliette com a perda da memória, que além de estar demorando muito para passar, ainda fica totalmente irritante quando a coloca chifrando Nick, só porque ele trabalha mais de 8 horas por dia. É uma barra, mas Grimm precisa trazer algo empolgante logo.