Conversa com a minha mão.

Sem dúvidas, é garantia de segurança o fato de Dexter estar renovada por mais 2 anos; para o protagonista, porém nem tanto para o seu segredo. Em meio a tantos conflitos e horas gastas em tela com a dualidade de Debra, começo a entender as intenções dos roteiristas da série e a maneira como estes tem movido peças para culminar no final da temporada.

Primeio ponto: para que tornar Deb tão recentemente tenente da Miami Metro? Segundo: para que levar Deb à tantos questionamentos sobre seu relacionamento com o irmão por meio da sua terapeuta frígida e aquele incesto nojento? e por último: por que questionar a moralidade de Deb ao por Matthews na linha de tiro?

Creio que exista só uma resposta. Tudo isto foi feito para direcionar a personagem a revelação final de que seu irmão é um serial killer. Acredito fielmente que este será o final ousado que os roteiristas nos reservam para a 6ª temporada. Afinal, seria covarde por parte deles novamente armar toda a artilharia e no final sequer puxar o gatilho, como foi feito na final da 5ª. De uma coisa podemos ter certeza: o terreno está preparado e, o que vimos ocorrer com Matthews neste episódio pode estar por vir em breve para Dexter.

Seriamente, eu não duvidaria que Debra descobrisse o segredo do irmão e o perdoasse por isso, fizesse o mesmo que fez com a figura paterna do seu chefe, deixasse de lado sua moralidade e seguisse os conselhos de Dexter sobre não ver as coisas como preto e branco". A julgar por todos estes fatos, a "paixão" que Deb começa a sentir pode ser o gatilho para esse perdão. Mas para isto, Scott Buck (showrunner) precisa por sua bunda gorda na cadeira e escrever logo este roteiro, pois ninguém quer ver mais o assassino da temporada morrer e Dexter jogar sacos plásticos no mar como se fosse imultável.

Porém ainda há meros momentos em que a série peca pela execução do seu roteiro. Logo, cito o Absinto. Fomos levados a uma grande tensão na espera pelo momento em que o "ataque terrorista" de Travis culminasse em algo menos anti-climático que um simples empurrão. Mas então tudo se resolve em segundos. Nessas horas sou a favor do "shock value". Em cenas do tipo, era de se esperar maiores proporções, até mesmo algumas mortes. Porém tudo se perde e o roteiro segue em frente, como se nada daquilo havia acontecido.

Entendo as intenções de fragilizar Dexter, mas me digam vocês leitores se não era previsível o fato de que o "nosso herói" não conseguiria capturar Travis devido a falta de sua completa saúde? A meu ver, no segundo em que Dex sangra na cozinha do apartamento, estava definido o final do episódio. Isso não é nada bom. Sobre este desfecho, havia um tempo em que a série criava estes momentos que chamamos carinhosamente de momentos "fudeu" de modo mais cabível que não se perdesse pela previsibilidade.


Era óbvio que Dexter sairia vivo da explosão, era óbvio que Deb não morreria no absinto, era óbvio que aquele beijo (Eeewww!) era um sonho, era óbvio que Batista não morreria, era óbvio que aquele quadro com o rosto de Dexter pintado com chifres me faria rir. Ok, não tão óbvio assim, mas digno de risos. Sei quando uma série fica ruim pelos momentos em que se torna risível e disso cito tal cena do quadro do "Lake of Fire". Fica a pergunta: o que está acontecendo com a produção da série?

Ainda fico ansioso para ver a resolução de outros ganchos como a possibilidade de Louis ser mais do que um simples creepy e, sim um verdadeiro assassino copiador do ITK. Me pergunto quais as suas intenções ao enviar a mão pustiça para Dex e mais, como ficará Laguerta no final dessa temporada? Já sugeri e sugiro de novo. Matem a personagem e dêem a ela um belo pijama de madeira. Ou acharei quem faça, como diria a mesma a sua subservente Deb.

Postar um comentário Disqus

 
Top